domingo, 20 de diciembre de 2015

Um Brinde à Amizade





Sou carioca de Goa, de Angola e da Guiné
Cabo Verde, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé
Macau, Portugal mas vim pela Galicia
Que a vida é uma delícia temperada nesse sal
Cabral descobriu muito menos do que eu
Os meus descobrimentos não estão nos museus
Nem nos livros de História mas estão na minha memória
E na dos meus amigos que navegam comigo

Há coisas na vida que não se esquecem
Os amigos são aqueles que permanecem
Relógio não tens asas mas o Tempo voa
Lembro-me desse show no pavilhão em Lisboa
Cantámos, curtimos, ficámos roucos
mil novecentos e noventa e poucos
São fotos gravadas no coração
Eu brindo com sumo mas conta a intenção porque...

Mano o Tempo voa
Vem mais um copo
Tira uma foto
Um abraço para matar a saudade

Mano o Tempo voa
Vem mais um copo
Tira uma fota
Esse som é um brinde à Amizade

Te conheci a gente ainda era moleque
Um ideal em comum em uma roda de rap
O meu chapéu na cabeça, o teu boné pra trás
Muitas ideias na mente, quanto tempo isso faz!
O tempo voa... e a gente nem vê
E tanta coisa acontece e deixa de acontecer
Se navegar é preciso, se é preciso viver
A amizade é a bússola para eu não me perder
Com amigos como você, eu sei que eu posso contar
Sempre ao meu lado mesmo estando do outro lado do mar
Por isso eu quero brindar à nossa boa amizade
E a todos os meus amigos que são de verdade

Refrão

Sou palavra, melodia, sou de onde tu fores
Lusofonia de todas as cores
Sou Tuga do Mindelo, angolano de Bissau
São-tomense de Maputo, brasileiro de Portugal
Língua Portuguesa com sotaques diferentes
As nossas gentes no fundo são todas parentes
E na diversidade vamos convergindo
Quem vem em paz é sempre bem-vindo
Há sempre espaço para mais um
E só vendo as diferenças percebemos o comum
Que um estranho é um amigo que não conhecemos
Amigo é a família que nós escolhemos
E mesmo ao longe, o sentimento perdura
Enquanto houver música ninguém nos segura
Passado,presente, o Tempo passa veloz
Venha o futuro , cheio de coisas boas para nós...

Refrão

Conheço bem a solidão pois sou um nômade
Mas sei também que a vida é uma soma de...
Instantes, minutos, que podem ser eternos
Olhares, sorrisos e abraços fraternos
O Inferno eu não sei mas o Céu são os outros
E para eu entrar no céu só não posso estar morto
Então eu sinto o coração das outras pessoas
E assim eu sei que eu 'tou vivo e que eu não 'tou vivo à toa
Quem é vivo aparece, então eu sempre apareço
E conhecendo um estranho, eu também me conheço
Anota o meu endereço que ele agora é o nosso
Não tenho tudo que quero mas faço tudo que posso
Para dividir o que eu tenho e multiplicar o que eu ganho
E conhecendo um amigo, eu fico menos estranho
Anota o meu endereço que ele agora é o teu
Não sou o dono da casa mas Ele nos acolheu.

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