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martes, 11 de enero de 2022

Um galego no camiño Portugués. ( De vez em quando um livro)

 

        Caiu  na minha mam este livro, como sempre digo por um acaso o olhar ou pesquisar na biblioteca pública de Ourense,  que vem a ser a minha despensa ou celeira de livros ou  literaria. Apanhei, sem duvidar,  o livro pelo tema em si mesmo mas especialmente, pela curiosidade,  o ver o  nome do autor.

      Este  é  XOSÉ BENITO REZA. Conheço o autor, ainda que não de trato personal ou direto, pela prensa, pela sua profesão, pela sua atividade cultural con artigos nos jornais e pessoa  habitual no ambente cultural geral ourensan  e especialmente na defensa do patrimonio, a historia  e a lingua galega. Outrossim  é me conhecido por pertecer a directiva de  permanente da Asociación de Amigos do Couto Mixto ( do Couto Mixto,) que todos os anos celebra  a sua conmemoração e nomea persoeiros novos como xuizes honorarios. Tenho assitido alguns anos  a esta linda e emotiva efemérede que acostuma a ser no verão,  no mes de julho,  na localidade de  Santiago de Rubiás, na raia seca, 

      Por isse motivo,  além do tema, como já dixem,  pensei que o livro resultar-me-ia interessante. Percorrer de bicicleta o caminho de Lisboa a Santiago de Compostela para fazer o caminho de Santiago  português, já é em si interessantissimo. Fai-no ainda mais interessante se o autor nos diz que   vai seguir um  roteiro medieval  dum frade , do que não recordo o nome,  que deixara escrita a mesma  aventura num livro,  no que relatou a viagem, feita a pé e de cabalo. Reza imitando o frade vai ir relatando o que ve, o que sinte, os monumentos, as pegadas da historia, as gentes, a presença cativa ou ampla de Galiza e Santiago que tehem as populações pelas que vai passar.  O relato de Reza vai-nos ir trasladando o relato medieval do frade co qual da o percurso um  motivo historiográfico , além de turístico e nostálgico.  Em Reza está presente, isse punto nostálgico,  como em qualquer galego que anda por Portugal, de descovrir o cheiro e ar de  Galiza  em Portugal. A medida que vai ir subindo  cara acima, como é lóxico, irá  vendo cada vez mais os reflexos do seu pais. 

        O tema realmente é moi atraente para un leitor que guste  de conhecer lugares, monumentos e  paisagens ligados a historia de Portugal para o fim desembocar na Galiza como se fosse um caminho cultural. Pareceria um  caminho feito o revês do percurso guerreiro de Afonso Henriques e os seus galegos, por vezes complementados  cos  aliados templarios e cruzados,  que dende o condado portucalense chegariam  Lisboa  capital do futuro reino, tal como seria reconhecido por  quem punha e quitava reinos, ou seja,  Roma.  

      O livro é moi interessante. Para o meu gusto está moi bem escrito num galego culto e literario. A sua leitura fai-se agil, bonita coa descripción de lugares e as circunstâncias e imprevisives propios dum roteiro tão interessante. 

      Recomendo a leitura do livro para quem guste deste tema e para , coma mim, goste em algúm momento de ter  ocasião de fazer um roteiro tão interessante.  Parbens o escritor pelo livro e pelo desfrute diste emocionante viagem. E uma enveja  por elo. 

 

Este texto foi escrito com a ajuda : 

Dicionário Estraviz. Inicio

 

martes, 13 de julio de 2021

A PARANÓIA DE PORTUGAL ou a história mitológica.

     

Fernando Venâncio, no facebook, comenta algo bem interessante que eu sempre percibí  muito evidente em Portugal e sempre andive a buscar explicações. Sim há uma paranoia o respeito sobre a sua identidade e lugar na historia.


A PARANÓIA DE PORTUGAL
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Eduardo Lourenço, sempre lúcido, escreveu (e eu cito dum artigo de Luís Faria, no "Expresso" da semana passada):
«Todos os povos vivem mais ou menos confinados no amor de si próprios. Mas a maneira como os Portugueses se comprazem nessa adoração é verdadeiramente singular».
Não se duvide. Portugal nasceu com uma "missão" para o Mundo. Portugal teve, desde todo o sempre, um "destino". Portugal tinha, à viva força, de aparecer em cena... Ou o Mundo soçobrava.
Uma das características da paranóia é a convicção íntima de que tudo, mas tudo mesmo, tem um sentido. Não foi por acaso que alguém me olhou como olhou. Não foi por acaso que sussurrou uma meia frase. Ou que deixou de fazer isto, aquilo ou aqueloutro.
Assim pensam os ocultistas portugueses, com António Quadros e António Telmo à frente. E dizem-no com todas as letras: o Acaso não existe. A marcha do Mundo esteve condicionada desde a eternidade, e coube a Portugal, sempre, um papel central nisso.
Afonso Henriques esteve destinado a ser rei, Aljubarrota destinada a ser ganha, Alcácer-Quibir destinada à catástrofe. Tudo tem um sentido, tudo esteve desde sempre predestinado.
E tudo isto vende. Oh, se vende! A malta péla-se por forças ocultas, que - tão queridas - nos desculpam alguma falta de vontade, alguma preguiça de tomarmos o tal destino pelos chifres.
Senhores & Amigos: que seja esta a última geração de "condicionados".

 
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[ na ilustração: batalha de Alcácer-Quibir ]
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