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martes, 5 de octubre de 2021

Praxes. Humilhação e impunidade.

    Praxes: humilhação e impunidade | Esquerda

 Por um acaso encontrei recentemente uma informação no Twiter  na que se  relatava como a ativista e política  Joana Amaral Dias    fazia-se presente em Lisboa, no Campo Grande,  diante dum grupo de estudantes que estavam a  começar  uma praxe  com todo o seu boato de caloiros e  doutores.Estes bem fardados com trajes negros e gravata negra. A Joana estava subida numa árvore para grabar o acontecimento. 

       Como não gosto de praxes, nem "novatadas" como dizemos aquí, já fez no seu día um post aquí relatando brevemente a minha posição:    Os merdas das universidades, neste blog.  . Foi pois estimulante para mim a postura da Joana Amaral Dias o respeito, pois partilho com ela  a minha oposição este ritual ridículo, pasado de onda, que não é outra cousa que um subterfúgio ou ardil pra produzir humillação  com toda a impunidade. Tenho noticia de que estão prohibidas as praxes em varias universidades portuguesas pelos acontecementos que têm ocorrida  com lamentavéis circunstâncias, incluida a morte dum calorio em Lisboa, faz uns anos. Recentemente , neste ano,  em Coimbra um caloiro de Medicina foi ferido nos testículos despois de que uns doutores decidiram rapar-lhe os pêlos púbicos. 

      Bom, a minha capacidade de pasmo e assombro não ficou ainda plena até lêr os comentarios contra a Joana no Twiter. Digamos que No Twiter trabalharam abondo.   os defensores das praxes e ficaram admirados, orgulhosos e felizes de verem  como os  merdas dos senhores doutores contestavam a Joana com toda a elegância e educação do mundo para dizer-lhe que não tinha direito a fotografar aquelas praticas humilhantes pois as pessoas, caloiros, que   ela estava a vèr, estavão ali de forma voluntaria. Eles faziam finca-pé nos direitos de imagem e no respeito o honor e a fama das pessoas que estavam a ponto para denigrarem. Que paradoxa e caricata situação de banalização dos direitos da pessoa. Repetiam com ênfase  que ninguém os obligou a  chegar ali para  lamber o chão, recever cintaços, ensinar o cu etc. Não havia causa pois,   a questão ficava resolvida com a sua voluntariedade. Quem recevia toda a esterqueira de insultos no twiter era a Joana, embora as felicitações erão para os prometedores doutores que para compensar a sua autoestima estavam a vingar-se em praticas que eles ja sofriram uns anos antes. O ciclo  não costuma a parar. Eu fui humilhado e só se eu humilho e faço o mesmo que a mim me fixeram posso ficar liverado de esa humilhação. 

      No meio desta sinfonia de vinganças e complexos varios, adubado dum ambente académico  com fato elegante, movem-se muito bem certos psicópatas  ou meio psicópatas, desconhecidos e ocultos , os quais nestas ocasiões saltam a palestra e desenrolam a sua liderança arrastrando consigo os coitadinhos que por ali andam rindo e fazendo de massa necessaria. 

      A minha experiéncia diz-me que  as coisas venhem sendo mais ou menos assim. Por isso não acredito na bondade e na finalidade integradora destas cousas. No meu cometido professional,  como militar,  e sempre em contato coa tropa e nas academias militares, ainda que não fosse popular,  sempre persegui estas praticas e estive em contra de forma ativa. Numca me quis submeter quando podia ser alvo e numca permiti,  até onde eu podia, que ninguém sofrisse tales praticas. Longe de mim vi verdadeiras barbaridades que não tinham sentido e que o único que causavam era dor, resentimento e pessoas mais hostis e violentas.  E neste  ambente militar de faz já uns cantos anos havía, em geral,  quem mirava para outro lado,  deixava pasar estas praticas como uma parte da  formação ou treino do soldado na sua nova vida de quartel. Deixar que o veterano eduque o recluta sem vixiar os dereitos deste e sem ter em conta os tremendos prejuizos  psíquicos e tal vez físicos que se podem ocasionar o novo membro, e uma bomba de relojoaria que pode dar pê a mundos ocultos  paralelos de sometemento e tortura. 

      Há melhores formas de integração num coletivo que a denigração da pessoa para deixar-lhe sentada uma certa autoridade de veterano. O ensino, a amizade, a recepção agarimosa do novo que chega a um ambente que não controla, deixa uma pegada de formação na pessoa muito mais positiva  na sua futura relação social. 

      Há  quem possa pensar que estas reflexões são um exagero quando menos. Que tudo é mais tranquilo do que se pensa, que tudo é brincadeira, juventude, alegria. Que tudo isto  é uma forma de integração e de travar conhecemento entre uns e outros membros do coletivo. Não vou repetir mais argumentos dos ditos , so engadir que brincadeira é brincadeira, alegria é alegria, festa é festa e se assim fosse  nesa seara sempre estarei eu  à lavrar  como o primeirinho.  Mas a questão está em delimitar bem onde acaba a brincadeira e empeça o abuso o ultraje a  prática injusta, eis a questão. Como a cousa não parece fácil de delimitar, para algúns, pois não tenho dúvidas de que  se debem prohibir as tais merdas das praxes. Ainda que para algúns, em Portugal, esto é santa tradição não está demais recordar que a tradição está cheia de armadilhas, nas que trás uma aparência de divertimento há muita burrice, sofrimento e sadismo. 

  

Praxe suspensa em Coimbra depois de agressão a duas alunas de Psicologia |  PÚBLICO

6 de janeiro do 2021. 

 Como este blog é um rascunho, um borrador vivinte, pois é também moi imperfeito, por um acaso fiscando e guichando no JEITO MANSO, magnífico blog, encontrei um post bem melhor explicativo que o meu sobre a merda das praxes e o que significa esta trapalhada.

sábado, 20 de enero de 2018

Os Merdas das Universidades - A propósito das praxes.






   Este post ja não é actualidade. Tem , a actualidade está ultrapassada,  talvez dois anos. Tal vez.   No programa o Eixo do mal  da SIC, onde uns comentadores  políticos fazem ou faziam destripamento da  actualidade política e social , cada qual  com a  mirada que lhe da  o  seu olho ideológico, normal.  Num dos debates habituais, uns dos  membros do painel de  comentadores, O Pedro Nunes,  expresava assim com este empolgamento, tal como  se ve  no vídeo, com força e veèmencia o que ele opinaba sobre as praxes nas Universidades portuguesas. Gostei do comentário do Nunes. 

      Para pormos  o carro antes dos bois, é precisso dizer que para quem leia este poste, pensando en espanhois principalmente galegos,  se calhar não ouviu falar ou não recorde o que são as praxes e qual foi a polémica que se produz em Portugal depois de  repetidas acções humilhantes e  de violência que  acabaram com dois estudantes  mortos por  acões de  praxes  na praia do Meco.    As praxes, são os mandados ou ordens  que recebem os caloiros, estudantes recem chegados a universidade, por parte dos chamados "veteranos" ou estududantes de mais anos já.  São práticas muito arraigadas na universidade Portuguesa que têm  os seus origens  na Universidade de  Coimbra, cerne do ensino universitario português. São as tão conhecidas "novatadas" de Espanha, só que em Portugal  está couberto de ritos e tradiciões,  como as das fitas , a recepção os caloiros etc. Como tudo, e entre o respeito a tradição e os fatos e falcatruas vistas há algúns que fazem perguntas e porquês. Porquê nesta altura ainda há coisas como estas , Porquê esta juventude tão bem coidadinha na sua infancia e tão preparada faz estas coisas ainda. Em Portugal há gente universitaria que defende muito as praxes como a integração do caloiro na Universidae, que é a melhor maneira de que se converta nun mais, que   através da praxe produz-se a  rotura do fio da desconfiança e através de um facto caricato,  incluso humillante o caloiro seja convertido num amigo mais. que será un veterano a continuar também com a praxe. A humilhação do calorio vai ser sanada, vengada e curada mais lá quando ele chegue ou passe a praxar, ou fazer praxes. Ele é praxado mas um día  praxará.

                      Bom, talvez seja, um debate interessante pensar que tudo o mundo vai fazer as praxes tão bonitas e elegantes que até gostem o caloiro. Não acredito que assim seja nem em Portugal nem quantas jogatadas se façam em Espanha. ESTOU TOTALMENTE EM CONTRA destas praticas chamem-se como se chamem. Esteve toda a minha vida em contra e persegui as mesmas todo o que pude nas minhas possibilidades e não cometi a ninguém a esta prática humilhante nunca . Penso que é bom gostarmos da broma, brincadeira, bródio, chalaça, que não deixe feridas e faça a risotas do que faz e do que recebe, bom. Embora, isso existe muito pouco e menos nas idades mais jovens o que acho é que é uma ocasião muita boca para florescerem lá do fundo os psicopatas os que gostam de humilhar os cabrões e os cobardes que estão acochados no matagal e aqui têm uma grande eira para desfrutar sem pagar custos nem render contas. São a legalização da cobardia mais mesquinha. E assim fica dito. 
                 Por isso fez a escolha desta intervenção do Nunes, porque eu houvesse dito o mesmo. Porque eu penso o mesmo que ele. Porque gosto que haja gente não politicamente correcta para denunciarem trapalhadas e humilhações que rematam na morte de dos jovens, sem contar os danos físicos e psíquicos os demais. Realmente é precisa esta merda no século XXI para integrar os alunos na Universidade?.  Deixa-me dar uma gargalhada que soe dende o Reino de Leão até o Algarve já pertencente o Reino de Portugal. 

Nota de actualização. 
    16 de agosto de 2020. Volvendo por acaso a este post encontreime que Youtube tinha apagado o video de referência que deixei citado acima. É magoa pois o post incide mais na opinião de Pedro Nunes que do problema das praxes mesmo. Alías atingi un novo video de anos há, neste caso da RTP. No "Pros e Contras" debatese  se as praxes são positivas e servem para a formação dos universitario ou não. Debate estéril, diría eu, pois concordo coa a veemência da explicação dada pelo Pedro Nunes, com o qual fica tudo dito. As praxes são uma boa ocasião para manifestarem-se os merdas, os malucos, os covardes, e tal vez os psicopatas que andam pelas aulas das universidades. Fica dito.