Nunca falei do Paraiso. É uma horta que trabalho lá no lugar chamdo Val do Regueiro, na estrada que vai a Santiago , na saída de Ourense. Com o confinamento e o medo a sair, levo catro semanas sem visitar a horta. Hoje fui de carro fez o percurso de tres kilómetros e lá cheguei, meio fuxindo e escapando. Encontrei-me cos meus vizinhos o Jesus e o Manolo. Saudos rápidos, distancias entre nós, e a explicar que não vinhera já muito tempo por cumprir coas regras do confinamento e mais o medo a que reprendam a um. Eles vão tudos os días pois vivem perto e a lei permete trabalhar nas hortas a quinientos metros da casa.
Apalpei entre as hedras já crescidas da entrada onde fica agochada a chave da portinha de ferro que da a tres escalons de pedra que vão dar a terra da horta. Com ansiedade di uma olhada geral para percever uma impresão da situação. As patacas já nasceram, já estão bem fora da terra e pedem já uma mau de sulfato, uma alegría. Dende o Carnaval que foram plantadas a hoje já a natureza fez o seu trabalho como Deus manda. Querem uma cava, paresce. As hervilhas muitos grandes, precissam de uns paus para agarrar-se na sua crescença. Os alhos também mostraram um forte pulo desde que os deixei daquela ainda agromando na terra.
Moita alegría levei no reencontro de ver a recompensa do trabalho feito, primeiro de gaviar com enxada toda a terra e despois fazer os plantios.
Nesta altura precisavase de fazer ainda mais trabalhos, como gaviar, plantar cebolas, leitugas, tomate, pemento etc. e dar coidados. Mas as fatais circunstâncias não ajudam. Também o campo chora connosco e sente o abandono. Esto que nos está a pasar, numca tal se pensou. Parece que tudo está a mudar, mas melhor não pensar, ser confiantes e otimistas.
Cando tudo acabe pisarei novamente o Paraiso e alí emtre o sol, o regueiro e as folhas das videiras, acordarei dum mal sonho.
Este texto está escrito,seguindo a norma do dicionário Estraviz.