miércoles, 16 de julio de 2025
jueves, 12 de junio de 2025
E ti sabias isto?. Numca tal ouvira, e é uma historia bonita. 1719: Um batalhom galego loita na batalha de Glheann pela liberação da Escocia.
Para situar-nos um pouco nas longas guerras dos Jacobitas de Escocia podemos irmos a ver a serie "Outlander" que nos trasladara a aquelas datas.
jueves, 25 de abril de 2024
Fernando II de Galicia e a opinião de Alexandre Herculano
O Galego (Vida, Ditos e Feitos de Lázaro Tomé)
"É assim que historicamente o galego é ovo; ovo desta monarquia de Portugal. Afora o nome, ela herdou de Galiza bom quinhão de território, parte da população, os mais ilustres nomes da sua velha aristocracia, muitos costumes, e finalmente a língua, que hoje senhoril e desdenhosa olha com sobranceria para o antigo dialeto que lhe deu origem, falta de piedade filial mais que muito repreensível, e que eu quisera ver bem zurzida pelos atravessadores, espevitadores e esfoladores da moral pública destes remos e senhorios, onde nenhuma criatura, que saiba o nome aos bois em história, pode volver os olhos para o extremo horizonte do nosso passado, que não enxergue, ao cabo lá, a Galiza. [...]
Mas se o valor da palavra galego como expressão do mito mourisco e do ovo português desperta as cogitações do filósofo, a que graves e profundos pensamentos nos não conduz como representante de um fenômeno social dos tempos modernos!?, que maravilhas nos não faz suspeitar!?, que estudos substanciais e indefessos não exige de nós para sondarmos os seus arcanos!?, em que pélago de meditações ilimitadas nos não deixa absortos!? Não sei se alcançarei alçar ama ponta do véu que encobre tantos mistérios, mas o que sei de certo é que só por havê-lo tentado o meu nome não morrerá, e a minha sepultura será coberta de flores pelas mãos da posteridade respeitosa e agradecida."
Alexandre Herculano.
jueves, 28 de marzo de 2024
A identidade Galego-Portuguesa na Idade Media
Para entendermos só um bocado desta ideias, demos uma vista de olhos sobre uma personagem que sintetiza bem o momento histórico. Teresa de Portugal, para outros Teresa de Leão, também Teresa da Galiza e a mãe de Afonso Henriques o primeiro rei de Portugal e vencedor na batalha de São Mamede em Guimarães.Teresa naceu em Povoa de Lanhoso, casou com Henrique de Borgonha, era a senhora da Galiza até Coimbra. Teresa não distinguia terras de origem lusitana de outras de além Minho. Todo era um mesmo magma cultural e social e político no rexime feudal daquela altura controlado ou coordinado dende o Reino de Leão. Poderíamos avançar mais na historia para vermos a evolução da criação do reino de Portual, o papel da Igreja católica romana e o papel de Cluny abadía protegida por Alfonso VI de Leão o emperador. Todo eso e a separação política dos territorios e o papel da Reconquista contra os mouros,os reis católicos, a batalha de Toro etc. seríam pontos importantes para fazermo-nos a ideia do que aquí se tenta explicar.
fonte.
jueves, 15 de febrero de 2024
Galegos pela historia. Reimundo de Borgonha.
imaxe de Reimundo no Tombo da Catedral de Compostela.
primeiro Parlamento no pazo de Xelmírez, 19 de diciembre de 1981
Tras ser la sede provisional del Parlamento de Galicia —desde su constitución el 19 de diciembre de 19811 hasta que se trasladó al pazo de Fonseca, en verano de 1982
Ley 8/1985, de 13 de agosto, de elecciones al Parlamento de Galicia.
- Publicado en:
- «DOG» núm. 156, de 16/08/1985, «BOE» núm. 248, de 16/10/1985.
- Entrada en vigor:
- 17/08/1985
- Departamento:
- Comunidad Autónoma de Galicia
- Referencia:
- BOE-A-1985-21380
- Permalink ELI:
- https://www.boe.es/eli/es-ga/l/1985/08/13/8/con
lunes, 8 de enero de 2024
Galegos pela historia. Um comentario do senhor Ibn Hawqal
Este senhor árabe do século X, escreve como era o mundo naquela altura. Os galegos estavamos num dos momentos do topo da historia. Asim o acredita ele.
"Configuración do mundo" de Ibn Hawqal

sábado, 30 de diciembre de 2023
Reino medieval Galiza. A toma de Almería.

miércoles, 22 de noviembre de 2023
Notas de historia. A Casa dos Castro e a Galiza do século XIV.
Representação do século XIX de Inês de Castro, no teto da Sala dos Reis, Quinta da Regaleira, Sintra, Portugal.
Fernando Ruiz de Castro nun cadro do século XVII no Pazo dos condes de Ficalho, en Serpa, Portugal. Foi o último Castro que morreu no exilio em Bayona, Francia, despois de pertecer o bando perdedor na guerra entre Pedro I e Enrique II Trástamara.
Já se falou diste tema no blog: aquí. E Aquí.
Alguns nomes da época que andavam por alí, neste século XIV.
Fernando Rui de Castro,Pedro Fdez de Castro, Alfonso IV de Portugal, Pedro I de Portugal, Joãao de Avis, Fernando I, Inês de Castro, Joana de Castro, Pedro I de Castela, Enrique II Trástamara, Duque de Lancaster, Alcobaças, , Conde de Andeiro, Conde Arraiolos, Casa de Trava, Casa de Trastámara, Avignón, Cisma de Occidente, Braga, Santiago, Conde de Lemos, Sarría, Ribeira e Cabreira, Guerra dos cem anos, Duguesclin, Comendeiro de Santiago, Adiantado maior de Galicia, Pardo de Cela, Os Andrade, Santa Irmandade de Galicia, Irmandinhos, Pardo de Cela, Pedro IV o ceremonioso de Aragón, casa de Bercelona, Joán I de Aragón o cazador, Martimho Ide Aragón o humano, Alfonso IV de Castela, Alfonso XI de Castela.
Fazendo fição, podíamos dizer, que um jornal do Reino de Portugal, dava no seu manchete esta notícia no ano 1355 no día sete de janeiro:
Ontem na Corte em Coimbra foi assassinada dona INÊS DE CASTRO, dama da corte, namorada do herdeiro a coroa portuguesa, o infante Dom Pedro. O casal teve dous filhos, bastardos, pois por oposição do seu pai o rei Dom Afonso IV e certa parte da nobreza cortesa não permitirom o casamento oficial ou legítimo, que Dom Pedro desejava fazer com Inês.
A dama receveu varias coiteladas por parte de duas persoas da nobreza cando esta nos seus aposentos privados, no lugar da Quinta das Lágrimas . O príncipe moi apenado acusou ò seu pai do assassinato e prometeu que cando for rei faria jurar a toda nobreza lealdade a Inês e considerâ-la rainha de Portugal. Dona Inês vai ser enterrada no mosteiro de Alcobaça no lugar do panteão dos reis de Portugal.
Inês era galega, nascida na Limia, e filha de Dom Pedro Fernádez de Castro, o da guerra, senhor da casa dos Castros , a familia mais importante da nobreza galega. Dom Pedro Fernádez de Castro é o senhor de Lemos,Sarria, Ribeira e Cabreira e conde de Trastámara. É mor-domo maior do rei de Castela Alfonso XI, adiantado maior de Galicia, pertigueiro de de Santiago e comendeiro de Lugo. Era neto por parte materna do rei Sancho IV de Castela e tataraneto do último rei de Galiza e León Afonso VIII. D. Pedro coa morte do seu pai no 1304, cando ainda era un neno, foi trasladado a corte de Portugal para educar-se. Educou-se e criou-se co infante Pedro Afonso, conde de Barcelós, e filho ilegítimo do rei D. Dinis. No 1320, con dezaseis anos retornou a Galiza pra ocupar o dominio da casa de Lemos. Morreu faz dez anos desta noticia, em Algeciras em 1343, em combate comtra os mouros.
Até aquí a noticia dos feitos. Esta fição de noticia é , mais ou menos, o que nos chegou por parte da historiografia oficial portuguesa e espanhola. Embora surge-nos pronto umas perguntas:
Inês de Castro, além da sua relação romántica e amorosa, jogava um papel político, ou a sua morte tem mais que ver coa geopolítica da época e a influências que a simples relação do príncipe Fernando?
A resposta é um sim. Detrás do que significava que a galega Inês de Castro pudesse ser a mulher oficial do rei de Portugal da-nos pé pra investigar e, deixando a um lado a historigrafia espanhola e portuguesa, que elementos de poder político e partidos políticos da nobreza estavam envoltos em todo este sarilho que chega a que um rei mande assassinar a mãe de dous dos seus netos e namorada do seu filho. Tal vez, sem dúvida, no rei D. Alfonso IV pesou mais a política estratégica de evitar un casamento cuma nobre galega que o facto de ser ela quem era na sua familia. Na idade Media os matrimonios jogam um papel fundamental nas confluências políticas. A política exterior e os equilibrios de poder faziam-se por medio de matrimonios.
Como é que uma familia nobre galega, que na historiografía espanhola nem conta pra nada, salvo menção colateral obrigada, e sendo a familia nobre mais forte da Galiza, cual é a relevância de Galiza para a corte portuguesa que consigue que uma filha de D. Pedro Fernández de Castro vaia casar co herdeiro português?.
É evidente que a resposta só pode ser uma. O poder quase real dos Castro como nobreza que dominava Galiza.
Ainda mais, como é que esta casa da nobreza galega, além de ter uma filha pra ser rainha de Portugal, tem outra mais Joana de Castro irmá de Isabel, que casa co rei de Castela D. Pedro I, que pasou a historia dos perdedores com o nome do Cruel. Certo que Joana só foi casada com Pedro uma noite da que quedou prenhada e tuvo um filho.?
Pois uma prova mais da importância e o poder da Casa galega dos Castro. Situando-nos na Idade media, ainda que só fosse uma noite pra que houver casamento co rei tinha que haver influência política da casa de Lemos. Sem dúvida foi um selo de lealdade que Pedro I buscou na casa nobre mais forte da Galiza.
Então estamos ante a casa de nobreza rectora do Reino de Galiza. Fora teima de Fernando II,(1157-1188 reinado) rei galego enterrado em Compostela, buscar ou potenciar una casa nobre que sustituira a dos Froila na liderança da nobreza galega.
Os Froila, conde de Traba e Trastámara acabarom extinguindo-se em outras familas da nobreza. Antes disso a sua relevância histórica é fundamental. Só recordar que um Traba vai educar o neno , futuro Afonso VII, que sera coroado rei de Leão por Gélmirez na catedral de Santiago. Este Traba casaria com Dona Teresa de Portugal, mai de Afonso Henriques primeiro rei de Portugal, depois de estar enviudar do seu marido Henrique de Borgonha.
Neste caso, século XIV encontramos em pleno apogeo a Casa de Lemos regida polos Castro. Os seus territorios extendiam-se dende a fronteira coas terras do Reino de Leão, já Terra de foris, e comprendíam o Bierzo até meia Galiza de hoje, chegando as terras dos Andrade que abrangiam Vilalba, Pontedeume e Ferrol.
Seminario de Estudos Galegos.
- Sección de Filología, coordinador Armando Cotarelo Valledor.
- Sección de Arte y Letras, coordinador Alfonso Daniel Rodríguez Castelao.
- Sección de Etnografía, coordinador Vicente Risco.
- Sección de Historia, coordinador Cabeza de León, presidente del Seminario de 1925 a 1934.
- Sección de Prehistoria, coordinador Florentino López Cuevillas.
- Sección de Geografía, coordinador Otero Pedrayo.
- Sección de Historia del Arte, coordinador Xesús Carro.
- Sección de Historia de la Literatura, coordinador Xosé Filgueira Valverde.
- Sección de Pedagogía, coordinador Díaz Rozas.
- Sección de Ciencias Aplicadas, coordinador Manuel Gómez Román.
- Sección de Ciencias Naturales, coordinador Luis Iglesias.
- Sección de Ciencias Sociales, Jurídicas y Económicas; coordinador Lois Tobío.
domingo, 15 de octubre de 2023
Vermudo II, un rei galego desde o Cantábrico até o Mondego
Vermudo II, un rei galego desde o Cantábrico até o Mondego.
Hai 1041 anos, concretamente 15 de outubro de 982, Vermudo II foi coroado na catedral de Santiago de Compostela como rei da Galiza. Membro do círculo familiar dos Goterres e pai de Afonso V, actuou como instrumento do partido galego na delicada conxuntura de finais do século X.
A loita pola hexemonía entre os distintas territorios vai cruzar a vida do reino cristián peninsular na segunda metade do século X. Se tras a morte de Ramiro II, criado en Celanova e membro do clan dos Goterres, o seu fillo Sancho I xoga a carta de Castela e León, o que provoca o enfrontamento cos galegos que impoñen como monarca ao seu irmán Ordoño III, unha situación semellante vaise vivir cos fillos destes Ramiro III e Vermudo II. Un é outro defenden intereses contrapostos, sintetizando a súa presenza no trono o predominio dunha ou outra facción no Goberno do reino cristián peninsular.
As novas circunstancias xeopolíticas na península, como consecuencia da debilidade do reino navarro e da ruptura do pacto entre Ramiro III e o califa de Córdoba, levaron os galegos a impulsaren unha nova candidatura ao trono. Neste contexto, produciuse o 15 de outubro de 982, na Catedral de Compostela a coroación oficial de Velasquita e Vermudo II, quen xa actuaba desde finais do ano anterior como monarca galego á vista do recollido nunha doazón ao mosteiro de Guimarães, fundado por Mumadona Dias, a matriarca do clan dos Méndez e “irmá de sangue” de Ramiro II.
A entronización de Vermudo e Velasquita
O acto de entronización de Vermudo e Velasquita foi toda unha declaración de intencións do programa político do monarca e do novo núcleo de poder no reino. A presidencia do mesmo correspondeu a San Rosendo, que volveu a Compostela após ser apartado da cadeira episcopal por Rodrigo Vasques, home de Ramiro III na Galiza, para impor o seu fillo Paio Rodrigues como bispo. Ao tempo, estiveron presentes os membros do núcleo central da oligarquía galega como Gonzalo Mendes e os seus fillos, Goterre Osorio, Aloito Fernandes, Rodrigo Ordoñes ou Froila Vímaras.
O novo rei non conseguiu o control efectivo do reino até finais de 984. Se desde 981 a área galega portuguesa xa estivo rexida polo novo monarca, este atopou resistencia nunha parte das terras leonesas e castelás. Así as cousas, Vermudo actuou durante tres anos como rei privativo da Galiza, asumindo o control doutras zonas da coroa a partir de mediados de 984. Malia que a historiografía españolista retrasa até 985, data da morte de Ramiro III, a entronización de Vermudo en León, á altura de 984 as terras de Saldaña xa estaban baixo o seu Goberno, resistíndose até o final o condado de Castela, en mans de García Fernández, fillo de Fernán González, co apoio das tropas musulmás.
Vermudo vai actuar en política como un instrumento do partido galego. O seu círculo familiar está formado polos Goterres, destacando entre estes Mendo González, conde de Portugal, titor do fillo de Vermudo, Afonso V e pai da súa esposa, a futura raíña Elvira Mendes. Ao tempo, o monarca liga lazos con esta familia ao casar con Velasquita Ramíres membro da saga dos Guterres, como filla de Adosinda, irmá de San Rosendo e da raíña Goto e filla de Santa Aldara. O propio Vermudo fai parte tamén deste grupo familiar, na súa condición de neto de Ramiro II, fillo de Elvira Mendes.
Os Goterres
O circulo dos Goterres significa o núcleo central de poder da monarquía hexemónica no espazo cristián peninsular e evidencia a orixe galega de todos os reis e raíñas desde finais do século IX até comezos do século XIII. Unha viaxe pola rama paterna de Vermudo , neste caso a dos Goterres, onde San Rosendo xoga o papel de cabezaleiro, certifica que sete mulleres desta familia, rematan como raíñas, Elvira Mendes, Adosinda Goterres, Aragonta Gonzales, Goto Nunes, Teresa Ansures, Velasquita Ramires e Elvira Mendes.
A historiografía españolista non adoita a ser xusta con Vermudo. Coñecido como o Gotoso, por sufrir da doenza de gota, alcume imposto polo seu inimigo Paio de Oviedo, o seu cronista, o bispo Sampiro cualifícao de “prudente”, porén o relato maioritario colócao como un monarca incapaz, seguindo a liña argumental aplicado a aqueles reis que se teñen caracterizado durante a súa vida polo enfrontamento con Castela. Ao tempo, as circunstancias políticas marcadas polo grande vigor do Califato de Córdoba e dunha endiañada situación interna non van facer doada a súa xestión.
A valoración negativa sobre este monarca galega está condicionada polo
sentido da súa acción de goberno. Precisamente, toda a súa vida política
está cruzada cun duro enfrontamento co partido castelán, que tentaba o
control dunha parte do Reino da Galiza,
naquela altura conformado por un amplo territorio, cuxos lindes
chegaban desde o Cantábrico até o Mondego e desde o Atlántico ás terras
de Araba e Castela.
Sétima Legião - Reconquista
Banda portuguesa dos anos 80. Curiosa esta canção de letra histórica e mitológica na que fala dos celtas, da Galiza e das conquistas dos nossos reis e a Reconquista contra os mouros.
Vão partir velas ao Sol
Há bandeiras desfraldadas, torres, lanças, brilham espadas
Vão reconquistar o Sul
Os Celtas que vão partir
Quando o Sol nascer...
Grinaldas nas ameias, ardem as
Que não nos podem queimar
Gaiteiros enfeitados, vão tocar cantos passados
Por aqui vai começar
E vem dançar, vem dançar
Até o sol nascer
Das ribeiras da Galiza, através da Ibéria antiga
Em nome dos nossos Reis
Retomar as fortalezas, "Sant'Iago e aos Mouros"
Para impor as nossas leis
Os Celtas que vão partir
Quando o mar crescer...
Ignorem-se os presságios que nos falam de naufrágios
Vão partir velas ao sol
São guerreiros enfeitados que ao som de cantos passados
Vão reconquistar o Sul
Mas vem dançar, vem dançar
Até o sol nascer...
Gaiteiros Guerreiros
Bandeiras Fogueiras
Castelos Reconquista
jueves, 10 de agosto de 2023
Nin atraso, nin illamento: así era Galicia antes da romanización. Unha visita o Castro de San cibrão de Las.
"Galicia sempre navegou nas marxes do mundo, vestida con
este traxe da fin da terra. Aínda non foi quen de sacar o dengue do
illamento e a camisa do atraso. Pero aos poucos, vaise espindo de
tópicos. Non. Galicia non é a fin do mundo. Xa era o centro mesmo antes
de ser Gallaecia. O noroeste funcionaba como unha rótula cultural,
articulación entre o mundo atlántico e o mediterráneo. Un pobo entre
dous mundos. Os galaicos que habitaban o castro da Lanzada estaban a
catro días de navegación de Cádiz e a outros catro de Cardiff. Era máis doado ir de Sanxenxo
a Andalucía que a Madrid. Alá vai o mantelo: nin illamento, nin atraso,
nin economía de subsistencia. «Esas influencias que chegan primeiro do
norte e logo do sur conflúen aquí e dan lugar a que se desenvolva unha
cultura máis avanzada do que pensabamos» en contacto directo con altas
culturas, como o mundo púnico, «que teñen moita influencia no
desenvolvemento dunha expresión cultural propia como é o mundo dos
castros»".
Fonte da cita, La voz de Galicia.
Ia falar simplemente duma visita recente, ainda não fai moito tempo, o Castro de San Cibrao de Lás, nos concelhos de Punxim e San Amaro, na comarca e bisbarra do Carbalhinho. No meio disso encontrei-me con esta cita da "Voz", na que me gustou por sintetizar e expressar moi bem o que eu queria expressar despois da minha visita.
Em primeiro de todo recomendo e mais ainda aconselho a tomarem como obriga o irem o Castro de San Cibrao. Creio que qualquer galego com uma cultura mínima, ou qualquer cidadão que tenha posibilidade, seja de onde for, não deveria de adiar esta visita, se for posível. A entrada é gratis, de graça como diriam os nossos galegos do sul, além Minho. Por outro lado o castro está situado num enclave moi bem situado em quanto a facilidade para achegar-se pois fica moi perto, a vinte kilómetros, da cidade de Ourense, por ponher um claro referente.
Já no castro encontramo-nos com um bem aproveitado e apresentado centro de interpretação atendido dum persoal jovem, moi preparado, que fai de tudo uma agradável visita. Alí naquela mestura da grande história duma cidade castrexa cuns jovens galegos a explicarem e a saberem tanto e bem dessa história, sente-se o peso vivo duma identidade cultural e política que e um dos alicerces da etnoformação da futura Gallaecia e do Reino da Galiza. Bem gastos estão os cartos que aquí se hajam invertido, o pôr em valor esta história fai parte da propia conciencia e autoestima como povo.
A citânia de Briteiros em Braga que recentemente visitei seja tal vez o povoado galaico mais grande, mehlhor conservado e que reflicte a estarmos alí a imagem das costumes usos e cultura do povo dos galaicos que alí habitavam. É sem duvida uma visita interessantísima e gratificante.
Poucas diferenças se podem encontrar entre uma e outra. Em troques o que sim clarifica e uma mesma cultura occidental no noroeste peninsular atlántico. É racha o mito de que por este lares não havia nada antes de chegar os romanos. Havía e moito e moita cultura já avançada e en nada isolada.
Em resumo tanto na visita a San Cibrãao de Lás, como a Briterios, como a Santa Tegra etc. tomados como grandes reagrupamentos de população que vivía na altura da cultura dos castros, tiramos varias conclusões.
Galiza, a Galiza histórica que abrange tanto a hoje Galiza norte além do Minho, como a Galiza Sur dende o Minho até o Douro, está enchida de citânias e castros. E a região da Península com mais vestigios de cultura prerromana, salientando por exemplo a diferençã com o que hoje e Castilla-León que não tem apenas restos de cultura prerománica.
Destaca sobremaneira a elevada cultura destes galaicos que ainda não tiveram contacto com Roma, que supostamente trouxe-lhes todos os conhecimentos e que eles ainda viviam em culturas prehistóricas. Sempre temos vulgarmente o conhecimento de que antes de Roma aquí vivia-se nas covas de Altamira. Despois de estas visitas e bem distinta a imagem que percebemos dos nossos antepasados. A tendência a sincretizar a historia, cousa evidente na historiografía feita para nós os vulgares, produz em nós uma memoría cativa de sobrevalorar por vezes os mitos imperiais das grandes conquistas e a influência de determinados personaxes para explicarmos os movementos sociais e as culturas dos pobos case sempre feitas por pobo chan coas élites locais. Os romanos trouxerom moita tecnologia nova, moita organização social, novas arquitecturas e a influência dum imperio que percorría oriente e occidente, innegável.
Mas os galaicos neste caso, ou outros povos indígenas dum territorio, não tinham nada que oferecer, tudo é novo em eles a partires, neste caso, da conquista romana?. A resposta e simples, os romanos vinham a buscar as materias primas e a explotar o territorio, de não haver nada que apanhar por cá, iriam-se pronto, como fizerom nas ilhas británicas num momento determinado. Encontrarom uma cultura, umas riquezas e uma organização social que supo mergulhar-se nos adiantos que os romanos traziam, e dando um salto na história inaugurar uma nova época mais romanizada que foi a organização política da Gallaecia.
