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viernes, 8 de octubre de 2021

Rodrigues Lapa

 Texto do eminente filólogo, intelectual e professor português, além de grande lutador contra a ditadura salazarista, MANUEL RODRIGUES LAPA (1897-1989), que figura no prólogo do livro GALEGUIA:
“A Galiza é para nós, portugueses, a velha irmã esquecida, que se conhece por ser parecida connosco, mas a quem se não dá, afora uma ou outra alusão de poetas, a importáncia que merece. Sucede que essa irmã, da herança comum, guardou religiosamente o pecúlio mais antigo, tesouro esse que devemos conhecer, se quisermos interpretar bem Portugal. Portugal não para nas margens do Minho: estende-se naturalmente, nos domínios da paisagem, da língua e da cultura, até às costas do Cantábrico. O mesmo se pode dizer da Galiza: que não acaba no Minho, mas se prolonga, suavemente, até às margens do Mondego. Estando em Coimbra, estamos pois nos confins da velha Galécia, somos galegos daquém-Minho. Não importa que a Galiza dalém-Minho viva sob uma outra bandeira; o que sobretudo importa é reconhecer que somos realmente irmãos, pertencemos à mesma grei. Criar obstáculos a essa fraternidade afigura-se-nos um erro imperdoável, em que infelizmente, alguns portugueses e galegos têm incorrido.”
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