Mostrando entradas con la etiqueta franquismo. Mostrar todas las entradas
Mostrando entradas con la etiqueta franquismo. Mostrar todas las entradas

jueves, 20 de noviembre de 2025

Tal dia coma hoje morreu Franco.

  Lá polos 1950, um fictício guerrilheiro antifranquista remite uma longa carta póstuma a um filho seu do que viveu separado pola guerra e a post-guerra. O filho descovre por esta carta quem é o seu pai . O silêncio foi lei para os perdedores. 

 Velaquí um extracto da mesma.  

 

 

.......Eu e a tua mãe fomos felices, o tempo que namoramos e estivemos juntos e despois como um agasalho  chega-ches tu. Mas cando as bestas se  desatarom de pronto  na nossa vida  todo mudou . Um novo mundo de dor, violência e miseria humana engoliu-nos numa nuvem cinzenta da que não demos saido.  Chegarom  daquela tempos moi dificeis e duros. Fugim coa tua imagen no coração.Despois tuvem a  oportunidade de que gente boa me salvasse a vida. A esperança de que a tua mãe estuvesse viva dava-me folgos para seguir na loita pola  minha supervivência e poder  cumprirmos o desejo de que algum dia nos juntaríamos os três  em Portugal e que aquela tolemia durasse tão pouco que nos deija-se voltar o nosso fogar, como se todo fosse um mal sono. Nada disto  pudo fazer-se  real. Esta odiosa guerra e esta terrível persecução  destrui-nos por completo. Eu já  passado um tempo e a salvo em Portugal enterei-me da morte de Estrela,  nossa esposa e mãe. Foi este grande amigo Miguel Morgado que me trouxe a noticia de que ela fora assassinada  na provincia de  Zamora dende onde ele  vinha fugindo da morte segura, até encontrar-nos os dous nas contornas das terras de Montalegre.  

.Na minha nova vida de guerrilheiro,  andei asentado onde pude. No monte entre  covas e chouzos; acubilhado em  casas secretas  nas aldeias; durmindo em cortes de gando, em palheiros e  combarros de lenha,em  alpendres  e cando podia no acougo da  minha casa de Pitões das Junas. O lobo e nós tinhamos conversas, saudos e intereses comúns. O lobo era a nossa metáfora de vida: ele representa a natureza indómita o espirito de supervivência e a pureza de quem não se submete. Eu, guerrilheiro, via-me reflectido nesse ser perseguido que parece partilhar com nós um mesmo destino:  a solidão e a morte como preço pola liberdade.

 Dende o Larouco até Castro Laboreiro  dum lado e do outro da raia, andavam as nossas partilhas guerrilheiras  a procurar refugios, marcar e asegurar rutas seguras de escape, proporcionar uma mínima atenção médica, proporcionar  roupas e manutenção, obter informações dos destacamentos de falange e Garda Civil que tratavam de fechar a saída dos fugidos galegos.  Nós iamos  fronteira arriba e abaixo, entrando na  Galiza e voltando os nossos  de segurança nos montes e aldeias de Trás os Montes e o Gêres. A minha vida consistiu em ajudar a salvar-se a todos quantos fugidos podíamos  para cruzarem a fronteira e proporcionar-lhe forma de chegar a Porto normalmente, ou a outras zonas de Portugal. Ainda que Portual era  um régime dictatorial, da época de Salazar, eramos aceites  ou polo menos eram  tolerantes  coa nossa presença. Cando podiam olhavam para outro lado e permitiam em parte a nossa vida, sempre e quando não nos mostrarámos demasiado,  nem figese-mos  ostentação da nossa actividade, ainda que de nada servia o nosso comportamento no caso de  o Governo de Franco dar  queijas da nossa presença, então era quando a Pûde, a Garda Fiscal, e a Garda Nacional atuavam forte comtra  a nossa gente. Ou seja eles, normalmente,   permitiam  ou toleravam os  nossos movementos. Seja como for o que sim é verdade e que  a sociedade em geral,  apoiava-nos moito e sim,  havia organizações sociais e voluntarios civis que nos davam ajuda logística indispensável para mantermos eficaces. Tinhamos colaboradorestanto  nas aldeias fronteiriças da Galiza como nas de Portugal . Eu aceitei o alcume de guerrilheiro, para prestigio social,  e assim eramos considerados eu e os meus colegas para identificar-nos ante os paisanos e os fugidos, pois o nome de guerrilheiro é polissémico, pois há quem nos queira chamar "atracadores", "ateos" "fugidos" ,"salteadores", todos nomes despreciativos feitos pola propaganda para minusvalorar a nossa ação. No entanto eramos uns guerrilheiros forzosos e  “pacíficos”, pois não estavamos preparados, nem tinhamos meios para sermos uma força combatente. Não, nós eramos uma organização logística  para ajudar a supervivencia de homes e mulheres que fugiam para embarcar dende Porto para América ou  passar a parte republicana de Espanha. Salvámos e ajudamos  moitas vidas. Eu adotei  para ser identificado na zona o alcume guerrilheiro  de  o “Quintairos”  como recordo a nossa aldeia  de origem. Entre a guerrilha  conheci a homens solidários, companheiros afastados da familia, mestres fugidos  coma mim, convertidos em líderes guerrilheiros que loitavam pela sua supervivencia, pois o apressamento era o mesmo que a morte rápida. Nós não tinhamos ínfulas de atacar as forças de Franco, se cruzavamos a fronteira era para curar, dar acougo e sobre todo guiar e ajudar a fugir a  persoas perseguidas por serem  republicanas ou nazonalistas. Incluso desertores do ejército de Franco, que de todo havia.   O meu trabalho organizativo era comandar os grupos de  guerrilha nesta cordilheira que ia, mais ou  ou menos, dende  Montalegre a  Castro Laboreiro, ou visto dende a outra banda das serras, digamos que  dende Baltar a Entrimo.....

......Aquí em Pitões tivem o meu acubilho e acougo em todos estes anos. Um fugido que está morto oficialmente que não tem papeis tem de buscar um sitio onde ninguém vai vir a fisgar e guichar. Aquí  figem vida coa minha companheira Maria Do carmo Henriques Freitas, e com ela tenho  um filho que tem o nome de Luis. Eles são a minha vida e quem me  derom moita  felicidade  e ajuda para sair adiante. Luis tem agora dezasete anos, e moi bo moço e  dize-me Miguel que se parece  moito a ti. Aquí tens a tua casa, se alguma vez queres visitâ-los. Eles sabem de ti e são o minha memoria e recordo e sempre estarão esperando-te.

Toma o teu tempo, deixa pasar o que precises  para asimilar todo isto. Se alguma vez quiseres ser parte da minha historia e conhecer a Maria e o Luis pois bom, aliás se todo isto che incomoda ou  che-amola, pido-che desculpas e compreder-te-ia. O meu amor por ti segue vivo no meu coração e vem-se  comigo, agora que está próxima a longa viagem. Sei que vens comigo e, seja o que for, passe o que pasar, es e seras o meu querido filho.

       O mais grande abraço do mundo para ti, querido Manuel.

                               O teu pai.

 

 

miércoles, 6 de julio de 2022

Os libros arden mal.

    Quema de libros por el franquismo. El Diario.es. 

Quema de libros en el patio de la Universidad Central de Madrid, en la calle San Bernardo. Año 1939

Son pocas las fotos que quedan de las quemas de libros por los golpistas en España, y las que hay no son muy conocidas. Sin embargo, la destrucción de obras escritas en grandes hogueras, en plena calle, fue una práctica habitual durante la guerra y la primera posguerra en nuestro país.

“Todos sabemos que los nazis quemaban libros, pero nadie piensa que el franquismo lo hizo”, señala la historiadora y profesora de la Universidad Complutense Ana Martínez Rus, autora de la publicación La persecución del libro. Hogueras, infiernos y buenas lecturas (1936-1951) y de varios artículos sobre el mismo tema. “Hay muy pocas imágenes de aquello porque la dictadura duró mucho, tuvo tiempo de borrarlo y lo consiguió en buena medida”, explica. 

Casi cuarenta años de dictadura fueron tiempo suficiente para que ésta se reescribiera varias veces, intentando ocultar aspectos controvertidos de su pasado. La fecha que marca un antes y un después es la caída de la Alemania nazi en 1945. A partir de ese momento Franco se acerca más a los aliados, intenta mostrarse como un régimen blando y se apresura a borrar los capítulos más violentos y bárbaros de su historia. El brazo en alto dejó de ser obligatorio ese mismo año.

En agosto de 1945, poco después de la derrota nazi, se produjo un incendio en los laboratorios Cinematiraje Riera de Madrid, en el almacén que albergaba las películas y negativos del No-Do producidos hasta entonces. Aquello supuso una valiosa pérdida. Aún así existen algunos documentos gráficos que muestran quemas de libros apilados en grandes montañas antes de arder a 451 grados Fahrenheit.

 

El judaísmo, la masonería, el marxismo, el separatismo”

Ahora el documental Palabras para un fin del mundo recupera lo que por el momento es la única filmación conservada de una quema de libros por los franquistas, en la calle Libreros de Madrid en el año 1939.

“Hay varias fotografías, y también un grabado publicado por Il Corriere de la Sera, muy poco conocido, pero esa filmación es nueva”, indica su director, Manuel Menchón, quien indagó en filmotecas de países extranjeros en busca de archivos filmados por camarógrafos que tuvieron que exiliarse. 

El 1 de agosto de 1936 el periódico Arriba España, en su primer número, incitaba a la destrucción de libros: “Camarada, tienes obligación de perseguir al judaísmo, a la masonería, al marxismo y al separatismo. Destruye y quema sus periódicos, sus libros, sus revistas, sus propagandas”.

Las indicaciones en este sentido fueron numerosas. La Junta de Defensa Nacional advirtió de que “la purificación nacional tiene que ser totalitaria”. José María Pemán, director de la Comisión de Cultura y Enseñanza, acusó a escritores y profesionales del libro de ser “envenenadores del alma popular, primero y mayores responsables de todos los crímenes y destrucciones que sobrecogen al mundo”. Y Enrique Suñer, autor del libelo Los intelectuales y la Tragedia española, publicado en 1937, culpó en dicho texto a la Institución Libre de Enseñanza de todos los males del país.........................

 

https://www.eldiario.es/sociedad/bibliocausto-espanol-quema-libros-franquismo-durante-guerra-posguerra_1_6430284.html