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lunes, 14 de febrero de 2022
Lendas da minha aldeia.
Foto xenérica de senhores curas.
Foto xenérica de senhores curas mais ou menos dos anos quarenta.
Não obstante esso não era tão importante para D. Pedro. Ele vinha duma familia rica de labregos , con antecedentes fidalgos fincados na terra que olhavam ou se consideravam mais perto da fidalguia que das simples camdas de labradores simples ou de labradores pobres ou incluso caseiros, que sem terra propria trabalhavam como moito esforço as terras alugadas , com rentas moi altas, as familias ricas ou a propia igrexa. A terra era um bem escaso e o seu valor não só em cartos senão em prestixio social era imenso. Ele, Pedro, xunto com outros dous primos era o terceiro cura duma saga familiar que no futuro teria também persoeiros de influência na nova política da transição, depois de morto Franco. Aquela pequena parroquia vai só ser o pequeno lugar de treino pra um cura novo que aspirava , Deus mediante, a colocar-se em postos de maior rango na sua iniciada carreira eclesiástica. Os novos tempos, rematada a contenda civil, trouxeram ventos espirituais rígidos, havía que educar e numa soa voz apontolar o nacional-catolicismo que tanto sofrimento costou conseguir numa cruzada de tres anos. O cura ia ser um personagem esêncial para divulgar e impôr a nova ideologia dos vencedores. a sua missao atingia tanto o controlo e político e social como a disciplina da moral e as costumes. Tudo adubado duma austeridade de vida e espiritualismo medieval. O controle da moralidade dos seus parroquianos devía ser fim primordial pra qualquer cura rural. Para D. Pedro a mensagem e a misão da Igrexa de Roma para salvarem os cristians do mundo , concretava-se alí na sua parróquia. A forma de salvar o mundo do pecado era conseguir a santidade da sua parroquia. Ele era propietario de cada uma das almas que o Espírito Santo lhe deu em troca da sua missão.
Como qualquer movemento social de luta contra a repressão sempre aparecem mentes jovens com ganhas e com algo de instrução ou cultura para puxarem e espertarem as conciências do resto se há abuso. E Assim foi em Atás. Havía daquela tres moços da familia do tio Sacristán, que levava esse nome por ter a honra de fazer esta función na igrexa da parroquia. Homem relixioso e de confiança do cura era uma figura respeitada por todos. O tío Sacristán tinha dous filhos e um sobrinho que grazas a umas becas que na altura o Régimen repartía através dos concelhos pudo manda-los a estudar uns anos cos frades os Milagros. Estes tunantes, dito de forma carinhosa, estudavam nos Milagros e aprendiam cousas e estilos mais abertos e diferentes que em Atás. Quando voltaram pra aldeia não suportavam aquele controlo a que estava sometida os seus vecinhos. Eles alimentaram e potenciaram o movemento de libertaçao. Eles trabalhavam na clandestinidades coa propaganda contra os abusos e comprtamentos do eclesiástico. Eles vão a fornecer o movemento "laico" com novas ideas, comentarios burlescos contra D. Pedro etc.
Uma
das suas atividades mais soadas foi a de fazer pequenos escritos e
cola-los como pasquins por varias partes do povo. O efeito dos pasquins
era demolidor, a influência e o respeito o Pedro minguava pouco a
pouco. Até já falavam de ele como o Pedro, já não diziam D. Pedro. Um
dos mais atraientes pasquins foi um que colaram por toda parte:
D. Pedro vai ficar descomposto. Disse, que ia na sua cavalgadura o domingo de manhã saindo pelo terrado cara a Portela pra misar em Baldriz. Ainda não encaminhara o percurso de saida quando numa parede viu o pasquin que alí estava as vistas de todos. Parou, descavalgou, leu aquilo e a sua cara ficou lívida. Ficou um pouco quieto e de pronto escomençou a chorar. Naquele momento sentiu uma realidade que tal vez não pressentia, que toda a sua laboura espiritual de jovem cura de aldeia ficava rasteira com aquela navalhada de humilhação. Ele que fora preparado pra ser lider espiritual e civil, pois já o dizia Santo Agostinho o distinguir a cidade de Deus e a cidade dos homens. A cidade dos homens estara submersa, mergulhada e engolida pela cidade de Deus. Era o tempo da cidade de Deus, eram os tempos do nacional-catolicismo que quería fazer da nova Espanha uma cidade de Deus. Todo o seu mundo de repente derrubouse, numca imaginaría que houvesse alguém naquele convento que era Atás que fosse capaz de revoltarse assim. Sentiu arrepio e medo.
-Aparte de escrever quem podia fazer um pequeno terceto con sorna e ironia e ter o atrevimento de colâ-lo em varios sitios visivéis?. Alguem um pouco estudado.
Eles só nomearam a a queles jovens podemos dizer revolucionarios sem ser conscientes nem eles nem os joven revoltados de que quaquer núcleo social ante o abuso do que seja acaba por movilizarse, seguramente clandestinamente pra juntar força. Que normalmente os líderes das revoltas saem das camadas mais ilustradas ou que tenhem mais cultura. O normal que sejam os mais desenvolvidos económicamente pois normalmente serão os que tenham algo de cultura. Quer se queira quer não esto não é mais que uma pinga do que ocorre normalmente nas revoltas e nos cambios sociais, que são encaminhadas pelos burgueses ou filhos de burgueses ou filhos das velhas élites, pois, normalmente, são eles os que tenhem as possibilidades e a preparação pra fazerem mudanças e informar os outros da realidade. Seja como for, ainda com ilustrados ou não, sempre que a presa vaia acumulando auga sem darlhe saida, tem que haver um momento que a presa bolse ou revente coa força da mesma auga.
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