miércoles, 27 de abril de 2016

José Afonso . VENHAM MAIS CINCO.



Uma das grandes canções do Zeca, foi composta a música nas Asturias quando andava de  gira musical co galego Benedicto.  É do ano 1973 e fica no album do mesmo título, o último feito antes da revolução. Nisse ano foi detido  e esteve un mês na prisão de Caxias. O video é no último concerto do Zeca, ao vivo no coliseum de Lisboa em Janeiro de 1983.




martes, 26 de abril de 2016

O meu 25 de Abril. Luis Alvárez Pousa.

 Luis Alvarez Pousa. Mostrou-nos vía Facebook iste  maravilhoso documento-recordo  do vivido na cidade do  Porto  no meio dos factos do 25 de abril. 
Ilusionante para todos e mais para ele por recordar anos da sua  fervença juvenil e  lembrar os momentos de jovem jornalista que está  no lugar e no momento .  
Coa  sua licença permito-me partilhar aquí. 




Un día despois do 25 de abril. Un grupo de pides decidira resistir dentro do edificio ocupado pola Dirección Geral de Seguridade. Era un dos espazos que na cidade de Oporto simbolizaba para os cidadáns a represión e a brutalidade física e moral do réxime. Foi por iso que o movemento dos capitáns o sinalou como un obxetivo a liberar. Cando á fin o destacamento de soldados que o rodeara conseguiu a rendición dos pides que o ocupaban, deixando ceibes aos presos políticos que retiñan no seu interior, o capitán que os mandaba permitiu que uns poucos xornalistas entraramos para dar testemuña do que alí dentro había. Centos de cidadáns pasaran polos seus calabozos, cuartos de tortura e zonas de brutais interrogatorios. Cando accedemos ao patio central, o que primeiro atopamos foi unha pira aínda fumegante: os pides prendéranlle lume a canto os podía comprometer. Removemos nas cinzas e aínda puiden facerme con anacos de papeis a medio queimar que contiñan transcricións de escoitas telefónicas. Consérvoos como ouro en pano. Tamén conservo dous libros que o capitán que estaba á fronte do destacamento de soldados me regalou: un deles, "Historias de crianças", relatos curtos nos que alentaban patrias liberadas, e o outro, unha crónica sobre violencia institucional en Mozambique. Formaban parte dos centos de libros, revistas e discos que a censura fora requisando e depositando nunha estancia da primeira planta dese temido edificio.Xa van alá moitos anos. Pero non deixo de revivir a mesma emoción cada 25 de abril. Non sei que sería daqueles soldados que se prestaran, felices, a deixarse fotografar con nós. Que ese recorte do xornal La Voz de Galicia para o que eu cubrira a "Revoluçao dos cravos" naquel abril portugués do 1974 sirva para poñerlles rostro.

Faladoiro

      1) Sempre tive medo de quem en temas de moralidade  está tão seguros de todo. 


De Prada dice que  o porno leva a pedofília.

Si ves porno, Juan Manuel de Prada dice que te convertirás en un pedófilo. 
"La pornografía infantil no es expresión (...) de una perturbación que aflige a cuatro monstruos; es fruto del clima moral creado por una ideología criminal que ha impuesto el naturalismo instintivo como forma de plenitud humana y que considera que el acceso a la libre pornografía es una de las grandes conquistas humanas". 

              2)    Há gente que tem doble moral, Vive por acima dos mortais e levam mal que se metam com eles. 

3) Nada novo, que não se sepa. 

EL SANTANDER gana casi mil millones al año con sociedades en paraísos fiscales.Tiene 21 sociedades en paraísos fiscales.

                       4). A experiencia é um grado. 

Aznar da una conferencia sobre “Corrupción y populismo” en El Salvador invitado por empresarios privados. Aznar da una conferencia en Guatemala, la entrada valía la mitad del salario mínimo del país. 


O 25 de Abril, 25 anos depois - A Chave - TVG

domingo, 24 de abril de 2016

Castelhano, a língua de Camões

No blog Aspirina b, o Valupi cita um texto provocador de Fernando Venâncio, antiguo colaborador do blog, sob um artigo escrito  no jornal   Público com o título de  O português como língua de Camões é um mito. 


Abençoada iconoclastia do desassombro.


O Fernando Venâncio honrou-nos com a sua presença durante dois anos, de 2006 a 2008. E em boa parte a sobrevivência deste blogue a ele se deve, pois ficou por cá aquando da grande debandada da maior parte dos fundadores e autores ocorrida em meados de 2006, ainda não se tinha sequer completado um ano de existência. Também por ele vieram aqui escrever Daniel de Sá, Jorge Carvalheira, José do Carmo Francisco e Soledade Martinho Costa, cada um marcando fases e aspectos desta coisa bizarra e periclitante chamada blogue colectivo.
As diferentes metamorfoses ocorridas sob a égide Aspirina B ao longo de 10 anos dão a ver, para quem delas tiver memória, conteúdos e estilos estupendamente diversos. Seres de raças diferentes calhando serem postos lado a lado. O resultado de este ser um barco à deriva, feliz da vida por não ter um mapa a impedir as surpresas da cósmica sorte. O destino distante ou próximo, todavia, será ir ao fundo, como convém num conto de aventuras.
Pois o nosso Fernando reapareceu na ribalta mediática graças a uma investigação que ficará para a História: O português como língua de Camões é um mito
Abençoada iconoclastia do desassombr

Dos comentarios colamos o do autor de este blog e no aspirinab "reis". 

  1. A teoría de F.V. , com todo o meu respeito e aminha pouca sabedoria do tema, é racional, lógica e bem fundamentada. Isso não faz mais pequeno nem o mito de Camões nem da lingua portuguesa. Porque Camões escreveu em português, no português culto da época, na lingua desenvolvida e estável do reino. No entanto as línguas são fruto da história, da política e tantos factores sociais que sería longo dizer. Só pensemos na influëncia do inglês nas nossas linguas nos nossos días.
    No português de hoje há muitos castelhanismos,que por vezes assombram a um galego, e que como bem di F.V. são chegados o português na época da dinastía filipina. Época na qual os escritores portugueses puxavam por escrever em castelhano ou misturar muitos termos en castelhano que lhes proporcionava certa imagen de modernidade com o poder e assim ficaram. Camões é homem do seu tempo como é Pessoa que moderniza e vigoriça a lingua e não tem olhada para a literatura espanhola. Eram outros tempos.
    Se engadimos que Camões era de origem galega, que seu pai lutou como muitos galegos cos reis de Portugal nas guerras comtra reis castelhanos, e que fuxiu para Portugal e que se supõe que ser o pae, duma aldeia perto de Vigo chamada Camoes e que o apelido Camoeiras é comum na Galiza,pode ser que alguém sofra no seu mundo mitológico, mas sería para estudar. Embora tudo isso faria mais grande a Camões como grande português de sempre.
    E bom revisar os mitos e os feitos históricos narrados de formas muito diferentemente interesadas o longo dos séculos. Se fosse certo que Felipe II da Espanha, na dinastía filipina, no seu afã de procurar uma capital para o reino gostava e defendía que devía ser Lisboa a capital pela sua situação marítima atlántica estratégica para o comercio, a guerra e o controlo da América coloniçada, a sua centralidade e o sentido de união dos dois reinos . Assim podíamos pensar doutra maneira do mito negativo de Felipe II respeito a Portugal. Além de ser Felipe II filho duma grande portuguesa, falava português e sempre esteve muito unido a mãe e sem dúvida a sua costela portuguesa tinha influéncia nessa decisão. Finalmente decidiu-se por Madrid, como bem sabemos.
    A teoría de F.V. ajuda a conhecer e se calhar a viver sem mitos na historia para compreender na melhor realidade os proprios mitos

Vai ser 25 Abril. "Portugal 74-75" - O retrato do 25 de Abril



   Pode ser um pouco longo o video, mas para quem gostar e informar-se dos factos e situação política ante e post a Revolução dos cravos, o vídeo da uma completa informação além de ser um recopilatorio das melhores imagens reais daqueles momentos.

Entrevista a Zaida Cantera ,ex militar y diputada




Entrevista  a   Zaida Cantera, en el Confidencial Digital.

sábado, 23 de abril de 2016

Vai ser 25 abril. Salgueiro Maia, uma história para história. .






Ele foi quem ocupou com a sua companhia o Terreiro do Paço, os ministérios e depois no quartel do Carmo pede a rendição do primeiro Ministro  Marcelo Caetano. Foi a face mais visível da revolta dos capitães de Abril. As imagens da Lisboa ocupada são as imagens  da revolução  que ficaram  para  à historia e neste filme, do tempo contado,  brilha a figura e a  valentia do capitão Salgueiro Maia. 

      Antes de que a  nossa imagen se encontrara com Salgueiro Maia, lá , na  meia noite em Santarém no quartel de Cavaleira onde tinha o seu destino,  Salgueiro começou a escrever a historia. A  tropa, a companhia que el comandava, estava a durmir, como mandava o regulamento. Ordenou  acordar lá pelas tres da mahã. Naquelas horas, mandou  formar a companhia  e falou-lhes, olhos nos olhos  a sua tropa. O seu discurso simples e directo foi algo assim: 
       "Há estados socialistas, há estados democráticos e há o estado o que nos chegamos em Portugal. Esta noite irmos acabar com o estado o que chegamos em Portugal, quem quiser  vir que  deia um passo a frente quem não quiser vir pode ficar cá."
     Todos sem eshitar  deram o passo a frente, dando em silenço o apoio pedido pelo seu capitão. 
     Já preparadas as viaturas e o seu equipamento, a companhia inicia o percurso lento para ser delocar de  Santarém a Lisboa. Eles  antes do sôl nascer estarão a  ocupar o Terreiro do Paço e arredores. 

        Ele é  o mais puro símbolo da coragem e generosidade dos capitães de Abril. 


SALGUEIRO MAIA
Militar, capitão de Abril: 1944-1992


QUANDO TUDO ACONTECEU...
1944: Em 1 de Julho, nasce em Castelo de Vide, Fernando José Salgueiro Maia, filho de Francisco da Luz Maia, ferroviário, e de Francisca Silvéria Salgueiro. Frequenta a escola primária em São Torcato, Coruche. Faz os estudos secundários em Tomar e em Leiria. - 1945: Termina a 2ª Guerra Mundial. - 1958: Eleições presidenciais. Delgado é «oficialmente» derrotado por Américo Tomás. - 1961: Começa a guerra em Angola. A Índia invade os territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. - 1963: Desencadeiam-se as hostilidades na Guiné e em Moçambique. - 1964: Salgueiro Maia ingressa em Outubro na Academia Militar, em Lisboa. - 1965: Humberto Delgado é assassinado pela PIDE. - 1966: Salgueiro Maia apresenta-se na EPC (Escola Prática de Cavalaria), em Santarém para frequentar o tirocínio. - 1968: Integrado na 9ª Companhia de Comandos, parte para o Norte de Moçambique. - 1970: É promovido a capitão. - 1971: Em Julho embarca para a Guiné. - 1973: Regressa a Portugal, sendo colocado na EPC. Começam as reuniões do MFA. Delegado de Cavalaria, faz parte da Comissão Coordenadora do Movimento. - 1974: Em 16 de Março, «Levantamento das Caldas». Em 25 de Abril, comanda a coluna de carros de combate que, vinda de Santarém, põe cerco aos ministérios no Terreiro do Paço e força depois, já ao fim da tarde, a rendição de Marcelo Caetano no Quartel do Carmo. - 1975: Em 25 de Novembro sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do presidente da República. - 1979: Após ter sido colocado nos Açores, volta a Santarém onde comanda o Presídio Militar de Santa Margarida. - 1984: Regressa à EPC. - 1989-90: Declara-se a doença cancerosa que o irá vitimar. É submetido a uma intervenção cirúrgica. - 1991: Nova operação. A última. -1992: Morre em 4 de Abril.