jueves, 22 de agosto de 2019

Era Galicia un puro val ou oco....

 am14Era Galicia un puro val ou oco
de densidade verde e fume morno.
Era Galicia a chaira máis espida,
inerte néboa sobre illó de lodo.

Era Galicia esguío vento agudo
encrequenando en si tódalas cousas.
Era Galicia un arbre lentamente
ensumíndose un pouco cada hora.


Era Galicia cen avós de terra
sen vengar, mudos ecos que nos moven.
Era Galicia un mar perfectamente
denso, sen luz e con sabor a homes.

Era Galicia a patria do traballo
de nunca terminar, pola boroa.
Era Galicia un home sen cabeza.
Era unha vez Galicia, espranza angosta.


        X.L. Méndez Ferrín. 
22.- 2018.- Quinta do Rebentão (64) 
 
Escrito curto, em forma de carta sem cerimónia.

"bilhetes", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/bilhetes [consultado em 19-08-2019].
Escrito curto, em forma de carta sem cerimónia.

"bilhetes", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/bilhetes [consultado em 19-08-2019].

martes, 20 de agosto de 2019

Notas Soltas. La Arrogancia de la ignorancia.

 
  Hoy me encuentro en una entrevista al actor conocido como "el Brujo",  Rafael Álvarez , un hombre del teatro, en la que destaca la frase que me gustó : 
        La arrogancia de la ignorancia es de lo peor que hay. 
     Me gustó la frase. El brujo suele tener frases de esas que  llamamos redondas, cortas y expresivas. Esta me hizo pensar y me pareció que escondía detrás todo un tratado de ética o psicología, no sabría que elegir. 
        Es muy fácil caer en  afirmaciones arrogantes que se disimulan más o menos hasta que el arrogante choca con un interlocutor  que sabe y domina el tema. Todos queremos opinar sobre todo, y lo difícil es escuchar y sobre todo distinguir a quién sabe del tema. En el mundo de hoy se cae fácilmente en la opinión de todo y casi todo, y se oyen verdaderos tratados que asustan. Lo malo es cuando nos lo creemos y acostumbrados a pontificar sobre cualquier cosa somos capaces de discutir o poner en entredicho las afirmaciones de quién sabe más que nosotros.  Realmente cuando se da el diálogo entre dos personas que saben del tema, este suele ser pausado y compartido, cuando uno de los interlocutores quiere sobresalir sin saber, suele sobre actuar, perderse por las ramas, elevar la voz y  perderse en medio de la conversación en algo superficial y haciendo un batiburrillo de cosas que lo vician todo, olvidando el tema central del que se habla.  
   La arrogancia  en castellano va unida a "altanería, "soberbia", que es lo mismo que decir  que se tiene desprecio por el otro, o que se cree uno más que el otro. Los portugueses solían decir que los españoles en sus visitas a Portugal eran arrogantes, y ciertamente en el subconsciente del español estaba una superioridad sobre el habitante que el consideraba más pobre. Pues bien  se cae en la arrogancia cuando  reconsideramos, pese a  nuestra ignorancia, que el que habla está menos cualificado para hacerlo que nosotros, o que por mi jerarquía o posición social estoy obligado a tener razón sobre cualquier tema que hablemos. 
     También Santiago  Auserón , redondea al respecto el tema con esta frase: 

Santiago Auserón: “España tiene un problema grave, la mezcla de ignorancia y arrogancia”.

    Lo más cruel es el que no sabe nada de nada y se cree que puede opinar de todo y lo hace por encima con la arrogancia del imbécil que opina de todo. Con lo sano y creativo que es escuchar . Es arrogante no dejar de recibir la información que sea de quien se ve que por su preparación o por su experiéncia sabe más que nosotros de un tema. No es necesario que siempre opinemos y opongamos nuestra opinión a la de alguién que sepa más que nosotros. La inteligencia emocional y la intuición nos deben proporcionar el camino claro para escuchar,  y si hacemos lo contrario estamos actuando con arrogancia. 
     Ya lo decía el sabio, en este caso Sócrates,  "sólo sé que no sé nada", cuanto más sabemos, más dudamos y más queremos aprender que va unido a escuchar. 
       

lunes, 19 de agosto de 2019

Notas Soltas. As três resurreições do "Tempo contado".

    Imagen
Era, e sou um seguidor do Tempo contado o blogue do escritor Rentes de Carvalho.
Quando comecei a dar voltas pela internet,  e a pesquisar páginas em portugués como aprendizagem do idioma,  encontrei-me, entre otros muitos,  com seu blogue e nunca o deixei. Gostei e gosto. Um blogue só de escrita, não há nada mais, nem apens fotografías, videos etc.  Adorei a forma simples e tão compreensível de narrar e   contar historias pessoais e  da vida quotidiana. Tenho colado aqui alguns post de ele. 

              Naquela altura, estou a falar de faz 10 anos mais ou menos, eu tinha o prazer de ler diariamente alguns blogues de forma fiel. A mina fidelidade, além dalguns em espanhol, era sobre todo com o AspirinaB, o Tempo contado e o Ana de Amsterdam. O Ana de Amsterdam leva tempo apagado, tal vez a sua autora entrara no cansaço da sua agitada vida. O Ana de Amsterdam é pura escritura especialmente intimista sob os sentimentos da autora. Do que mais influencia tenho e do AspirinaB, no que participava em comentários e incluso o Valupi teve o valor de publicar como post algum deles. Hoje dou uma volta de olhos pelo AspirinaB mas já faz tempo que não faço comentários
    O " Tempo contado" anunciou uma vez faz muito tempo que fechava, o patrão da barca, como ele gosta de chamar-se estava idoso e doente, e já decidira deixar à poula este lameiro. Senti mágoa, aliás non deixei de ir alguma vez que outra a ler post antigos ou que eu tinha selecionados, para desfrute da sua leitura e aprendizagem e gosto pelo seu português. Passado um tempo, volveu o Tempo contado a estar presente, o patrão da barca voltara. Um tempo mais adiante, não tenho tempo para andar a dar datas, voltou a despedida do Dr. Rentes. Achei que era a definitiva, incluso pensei, que ele me desculpe, que morrera. Em setembro de 2017 despediu-se, o post levava o título do Fim da fita.     
Mas no fevereiro de 2019, este ano, voltou, eu encontrei-me com ele um bocado mais adiante. Vi que era menor a sua produção e fazia post muito curtos que levam o nome de Bilhetes ( que em português quer dizer, escrito curto em forma de carta sem cerimonia). Algunhas crónicas, as dos sábados,  são as mesmos que publica no jornal  o correio da manha.
       Agora anda por aqui, e diariamente está presente, mais longo ou mais curto, o patrão da barca segue a navegar. É uma muito boa noticia

domingo, 18 de agosto de 2019

Notas Soltas. Seria absurdo fazer interpretação literal das leis ?.


    

 A polémica surgiu na política em Portugal por umas afirmações do Ministro dos negócios estrangeiros, Santos silva.

      Homem forte do PS que governa na actualidade.

    "Seria absurdo fazer interpretação literal das leis".


  Pois bem, o contexto de tales afirmações, mais ou menos é o seguinte : depois de terem-se denunciados vários casos nos  que familiares de políticos, tanto do governo como de certas  autarquias, estavam a ocupar postos de gestão,  nos  quais foram nomeados por serem  precisamente família de governantes do PS,  e não pela sua capacidade.


Em Portugal há uma severa lei de incompatibilidades para que não se produzam estes factos. Mas a resposta do ministro e hilariante, sincera e cínica. Embora a reflexão interessante é para todos nos. Em  qualquer âmbito da  vida  que relações temos com a lei?. 
    Aqui abaixo fica o link das declarações é opiniões de outros comentadores, ressalto o comentário do blog "Corta fitas",
"Nós temos esta relação íntima com a lei, e por isso é nossa, o que quer dizer que depende do que cada um acha da lei. Santos Silva não inventou nada quando disse que era óbvio que a lei não podia ser aplicada literalmente, foi o porta-voz de um povo inteiro."              É o  mesmo que quando vulgarmente se diz  que a lei esta para vestir o santo. O  que quer dizer que o importante é  dar uma aparência de legalidade mas todos sabemos que há leis que nunca se poderão cumprir. É aí uma hipocrisia terrível da nossa democracia.      Recordemos a desgraçada frase dum deputado galego, faz anos, de apelido Castelao que disse que a "lei estava para ser violada" e acrescentou  cheiinho de gloria que  o mesmo que  as mulheres. Teve de demitir-se  pela segunda frase, embora nunca ninguém pensou que tinha que demitir-se  pela primeira.

      A tremenda inflação legislativa que padecemos tem muito que ver com esta avessa forma de pensar.  Não se podem fazer normas, desde o âmbito do fogar, da escola, do quartel, do governo,etc. que realmente sejam difíceis de fazer cumprir. As normas devem ser poucas e claras,  e além disso o mais  importante é  exigir o seu comprimento e  fazer controle e vigilância das mesmas.
       O dizer, ante um problema ou ante um facto destacado na opinião pública, que para resolver se faça uma  lei, o que os governantes estão a pensar em primeiro lugar é de cobrirem-se as costas, e despois a realidade sera a que seja. O papel aguanta tudo. Mas no seu pensamento sabem  que esta lei vai ser incrumprida quase em tudo excepto quando for necessario aplicar-lha  a um  qualquer ninguêm  que é quando se pode  dar a imagem de legalidae e estrito cumprimento . 
              
         Tristemente é o pensamento  dominante. Que diria Kant de tudo isto.

“Seria absurdo fazer interpretação literal” da lei das incompatibilidades".


 " É óbvio que a lei não podia ser aplicada literalmente",

 

"Nós temos esta relação íntima com a lei, e por isso é nossa, o que quer dizer que depende do que cada um acha da lei. Santos Silva não inventou nada quando disse que era óbvio que a lei não podia ser aplicada literalmente, foi o porta-voz de um povo inteiro.".

Notas Soltas. Terá futuro?

Photo Wake-Up: 3D Character Animation from a Single Photo

jueves, 15 de agosto de 2019

martes, 13 de agosto de 2019

A galega Isabel Barreto, descubridora e primeira muller almirante

Resultado de imagen de fotos de  barco de vasco da gama

rapinhado de aquí.
mar para todo o  sempre

A galega Isabel Barreto, descubridora e primeira muller almirante

 

Aventureira, descubridora e primeira muller almirante dunha frota. A galega Isabel Barreto de Castro tivo unha vida de novela que, porén, case non foi publicitada e para moitos é descoñecida.
Barreto naceu en Pontevedra hai agora 450 anos, aínda que algunhas fontes discuten a súa orixe e para situala en Lima ou en Portugal. As brétemas da historia fan dubidar se era neta de Francisco  Barreto, un mariño portugués de quen herdou a súa paixón pola navegación. Outros estudos sosteñen que era filla de  Nuño Rodríguez  Barreto, conquistador do Perú. Pero moitos máis datos apuntan á súa orixe pontevedresa. E o que resulta indubidable é que viviu unha vida chea de aventuras.

Álvaro de Mendaña.
Álvaro de Mendaña.
Sendo nena, Isabel Barreto trasladouse coa súa familia ao  Virreinato do Perú, onde aos 18 anos contraeu matrimonio co adiantado Álvaro de Mendaña. Dez anos despois da súa voda, o 16 de xuño de 1595,  Barreto embarcou na frota que o seu marido organizou para fundar unha cidade nas illas  Salomón, descubertas por el mesmo uns anos antes. Catro barcos e 378 tripulantes compoñían a expedición, na que viaxaba o cronista portugués Pedro Fernández de  Quirós, con quen a navegante galega mantivo constantes desencontros.
A frota de Mendaña descubriu as illas Marquesas, para navegar logo cara ás illas  Salomón. Este arquipélago foi así bautizado polas míticas minas do rei  Salomón, que os españois esperaban atopar alí, seguindo unha antiga lenda inca. Pero, na illa de Santa Cruz, Álvaro de Mendaña enferma gravemente de malaria e falece o 18 de outubro de 1595, despois de ditar ordes de nomear á súa muller gobernadora de terra e ao seu cuñado,  Lorenzo  Barreto, almirante da expedición. Con todo, a morte destes último poucos días despois deixa a Isabel  Barreto tamén co cargo de “adiantada do mar océano”. Convértese así na primeira muller na historia que accede ao almirantado.
Barreto volveu embarcar nunha expedición a Acapulco e Guanaco
Pedro Fernández de  Quirós deia escrito este nomeamento na súa crónica da viaxe: “Deixou por herdeira universal e nomeada por gobernadora a dona Isabel de  Barreto, a súa muller, porque da súa Maxestade tiña  cédula particular con poder para nomear á persoa que quixese”, escribe.
Co mando completo da frota, Isabel  Barreto vive algúns conflitos nas illas  Salomón. O máis grave foi o levantamento dos indíxenas tras o asasinato do seu caudillo, chamado  Malope, a mans dos soldados españois. A almirante ordena entón partir cara a Filipinas, onde chegará nunha accidentada viaxe o 11 de febreiro de 1596, sete meses despois do inicio da expedición.
As crónicas de  Quirós aseguran que Isabel  Barreto foi cruel e desapiadada ao mando da frota. Relatan que mandou aforcar aos mariñeiros que discutiron as súas ordes, como sucedeu no caso dun tripulante que baixou a terra a recoller uns cocos, desatendendo as súas instrucións de non abandonar o barco. O pobre astroso rematou pendurando do pau maior.

Viaxe de Isabel Barreto.
Viaxe de Isabel Barreto.
Pero novas investigacións dubidan da veracidade de  Quirós, quen odiaba a  Barreto. Milagros Bará, nun recente artigo, apunta a que había no cronista unha intención de desacreditar á almirante, en primeiro lugar pola súa propia condición de muller: “Quirós describíaa no seu diario como unha muller de carácter  varonil, autoritaria,  indómita e decidida a imponer a súa vontade  despótica”.
O cronista chegouna a acusar, durante a travesía, de ‘roubar a escasa auga de que dispoñían para gastala en lavar con ela a súa roupa’, e de pasearse por cuberta ‘coas súas perlas brancas e os seus encaixes inmaculados’. Son, evidentemente, dous estereotipos machistas.
Do que non hai dúbida é sobre que Isabel  Barreto era unha persoa destemida. E, tras casar de novo, agora co xeneral Fernando de Castro, participou noutra expedición que a levou a  Acapulco e a  Guanaco.
Ao seu regreso a Lima, algunhas fontes din que faleceu. Outros autores cren que regresou a España, para reclamar os seus dereitos sobre as illas  Salomón. Esta segunda versión afirma que rematou os seus días en Galicia.
Isabel  Barreto, nada hai agora 450 anos, marcou un fito como a primeira almirante da historia.  Pero foi un personaxe pouco coñecido, seica polo feito de ser muller. Pero a vida desta aventureira, navegante e descubridora ben merecería unha novela


Las islas de la imprudencia
ROBERT GRAVES. "LAS ISLAS DE LA IMPRUDENCIA". 

  Graves se centra en esta ocasión en la expedición encabezada por Álvaro de Mendaña (cuyo propósito era descubrir Australia y colonizar las islas de los Mares del Sur) y en el hallazgo de las islas Marquesas y las Salomón. Al margen de la pugna entre la armada británica y la española, uno de los temas mejor reflejados en la novela es la audacia y valentía de los hombres de mar de la época, y lo que singulariza esta expedición es que, a la muerte de Mendaña, quien se hizo cargo de la expedición fue una mujer extraordinaria que apenas ha dejado huella en la historia, Ysabel de Barreto.

miércoles, 17 de julio de 2019

“Imperiofobia, de Roca Barea, " La controversia está servida. Opiniones diferentes.


<p>El milagro de Empel, de Augusto Ferrer-Dalmau.</p>

      Imperiofobia y leyenda negra de  Elvira Roca, es un libro dañino para la inteligencia. 

 Para Vargas LLosa, Imperiofobia es una magnífico libro, pensamiento distinto. 

Otra extensa opinión del prof. Gelabert 

(Al final del post, video y entrevista con la autora del libro. )

Sin embargo, para el catedrático de Filosofía de la Complutense José Luis Villacañas,

  Imperiofobia y leyenda negra es un libro “dañino”, “peligroso”, “descarado”, “antieuropeo”, “racista”, “antiintelectual”, “delirante” o “prepotente”, un “libelo populista intelectual reaccionario y malsano” que se encuentra “a mitad de camino entre Buster Keaton y Groucho Marx”. Estos calificativos los encontramos en Imperiofilia y el populismo nacional-católico (Lengua de Trapo, 2019), un ensayo ad hominem con el que el exdirector general del Libro, Archivos y Bibliotecas de la Generalidad Valenciana y mentor de Íñigo Errejón —de hecho, el líder autonómico de Más Madrid presentó el libro del filósofo en la capital— pretende desmontar el, en su opinión, “ejercicio de blanqueamiento y manipulación ideológica” de Roca Barea.

La leyenda negra fue parte de la guerra civil europea que determinados países, cuya causa creían justa, condujeron contra el imperio español de Carlos V, y luego, contra la Monarquía hispánica de Felipe II, Felipe III y Felipe IV. Como parte ideológica de la guerra, efectivamente, fue un arma que utilizaron los enemigos. Y la utilizaron, en cierto modo, intentando hacer el mayor daño posible al imaginario español. Por supuesto que la leyenda negra existió. Desconocía la realidad española, aunque no tenía por qué conocerla: lo que hacía era atacarla. Tuvo una peculiaridad: mientras que los países enemigos, no digo del pueblo español, sino de la Monarquía española y de las élites dirigentes, sabían lo que era la inteligencia, nuestras élites directoras estaban todavía dependiendo de unas élites muy primitivas que se expresaban en latín, que procedían de la Edad Media teológica, que no sabían lo que era la inteligencia moderna y que no supieron defender a la Monarquía hispánica, que les pagaba y, por supuesto, tampoco a los intereses globales de lo que pudiera tener allí el pueblo español, sencillamente, porque no estaban a la altura de esa inteligencia específicamente moderna. En este sentido, dejaron el campo libre a lo que podemos llamar los enemigos de la Monarquía. Pero yo creo que una vez que se logra la Paz de Westfalia en 1648 y una vez que España está derrotada, no tiene mucho sentido seguir manteniendo lo que podemos llamar los grandes puntos de la leyenda negra. Primero, porque, a partir de 1648, la Inquisición deja de tener una actividad importante, y segundo, porque América, ya para todo el mundo, es una de las fuentes de la ruina española. Y lo que es más importante: la leyenda negra deja de funcionar cuando el enemigo imperial, el enemigo hegemónico, es Francia, y hay que impedir que Francia se haga con el imperio español. Esto es lo que determina que, a partir de 1648, Inglaterra y Holanda apoyen a la Monarquía española. Es verdad que vuelve a tener un rebrote a partir de 1770, aproximadamente, cuando la Monarquía católica española logra que el Papa disuelva a los jesuitas. Los jesuitas, los que vienen de América, pero también los que están en España, pasan toda una serie de materiales a la Ilustración francesa, posiblemente a Diderot, de tal manera que se publica la gran obra del Abate Raynal, en la que denuncia todo el imperio español y toda la catástrofe poblacional y racial que hubo en América. Pero estoy firmemente convencido de que este rebrote, relacionado específicamente con la disolución de los jesuitas, desaparece en 1808: España pasa a ser el modelo de los liberales europeos, de los antiimperiales contra Francia, el modelo de los alemanes… España ofrece grandes palabras al progresismo europeo: “liberal”, “guerrilla”, “independencia”. A partir de ahí, incluso antes, hay una mirada sobre España que no diré que es hispanofílica, pero sí más hispanofílica que hispanofóbica: Lessing traduce a Huarte de San Juan; Schopenhauer, a Gracián; el romanticismo a Calderón… El romanticismo alemán es profundamente hispanófilo.

¿Y por qué la leyenda negra, en mayor o menor medida, está presente en el debate político actual?

"En cierto modo, la legitimidad del movimiento independentista catalán pasa por desprestigiar la democracia española"
—Por la herida catalana. Cataluña ha basado su reivindicación de un estado propio justamente por el atraso del Estado español y la debilidad democrática del Estado español, por la falta de capacidad de reconocimiento de minorías del Estado español. Y esto se ha identificado a través del hilo de la leyenda negra. En cierto modo, la legitimidad del movimiento independentista catalán pasa por desprestigiar la democracia española. Yo creo que eso es un error del independentismo catalán. En realidad, personalmente, yo creo que es un error fragmentar el Estado y reivindicar la secesión, pero creo que la respuesta a eso es demostrar al mundo que tenemos una inteligencia capaz de responder a los independentistas catalanes de la manera adecuada. Y no responder a los independentistas catalanes de la manera en que les demos razones para que diga el mundo: “Caramba, sí que son salvajes las élites españolas, cuando afirman cosas como las que afirma ese libro” (Imperiofobia y leyenda negra, de Elvira Roca Barea).

Que sea un catedrático de Filosofía y no uno de Historia quien publique un libro como Imperiofilia y el populismo nacional-católico es síntoma de…
—De un déficit de organización del sistema científico español, de un sistema universitario que está muriendo por la hiperespecialización. Como el libro de Roca Barea no se mete con la especialidad de ningún historiador español, ninguno se da por aludido. Si yo soy especialista en la hacienda de Carlos V y tú no dices nada sobre la hacienda de Carlos V, ¿yo qué tengo que decir? Los historiadores que, en cierto modo, consideran que su oficio es ser muy buenos en un campito muy pequeñito de la Historia no son generalistas. No están en condiciones de hacer una visión general de la Historia de España. Esto es lo que determina que esa visión general de la Historia de España, que tenga una visión democratizadora, de fundamentación de una conciencia histórica a la altura de nuestra conciencia política y constitucional, tengan que hacerla otros que no son historiadores: novelistas como Pérez-Reverte, por ejemplo, o filósofos. ¿Por qué? Porque no somos generalistas. En realidad, el oficio del filósofo es identificar qué es lo importante: en el ámbito de la vida personal, de la vida social, de la estética, de la vida amorosa… Y, en ese sentido, el filósofo que habita en mí ha visto que criticar ese libro es importante. En cierto modo, fomentar el espíritu que fomenta ese libro es peligroso. Es un libro que no está a la altura de la Constitución, es profundamente anticonstitucional.


Usted afirma que Imperiofobia y leyenda negra, de Elvira Roca Barea, es “un producto de la factoría de Steve Bannon”, un libro “dañino y peligroso”. ¿Por qué?

"Imperiofobia y leyenda negra no es un libro ingenuo. Y es peligroso porque su daño no es percibido. Es subliminal. Cada página del libro está construida para hacer saltar de ira al lector"
—Es dañino, fundamentalmente, porque destruye lo más importante que tiene el ser humano, que es la inteligencia. Es un libro dañino porque genera un tipo de subjetividad, y esto es muy decisivo para la factoría de Steve Bannon, que, si me permites, puedo llamar histérica. ¿En qué consiste la subjetividad histérica? En tener a flor de piel la autoafirmación. El “a por ellos”. Tener a flor de piel esta herida abierta y que exige una respuesta fulminante, violenta. Y este libro lo hace porque tiene una técnica muy precisa de construcción. No es un libro ingenuo. Y es peligroso porque su daño no es percibido. Es subliminal. Cada página del libro está construida para hacer saltar de ira al lector. “Sobre España se dijo que mató 20.000 judíos; ellos, 80.000”. “Se dijo que torturamos; ellos torturaban más”. Este hilo conductor no es narrativo. Podemos decir que es expresionista. Acuérdate del efecto shock del expresionismo. Interrumpe con violencia, cortando, cogiendo efecto. Acuérdate de El gabinete del doctor Caligari, de las películas expresionistas que van repitiendo el mensaje convenciéndote de que no hay otro horizonte, de que esto es apabullante, de que todo el mundo lo ha entendido. Esta gota que va calando poco a poco es, efectivamente, peligrosa, porque va haciendo un tipo de subjetividad en la que tú te ves autorizado a decir la primera barbaridad que te venga a la cabeza: sobre los grandes de España, sobre lo que ha padecido España, que la Inquisición es un mito, que la leyenda negra es la hoguera en la que han quemado a España. Esto tiene una finalidad. 


¿La finalidad es la de disputar la “lucha por la hegemonía cultural española en los próximos años”?
—No: la finalidad es lo que se quiere conseguir con eso. Y la finalidad que se quiere conseguir con esa hegemonía cultural —que, en el fondo, consiste en reconocer que las únicas élites legítimas de este país son los obispos, las élites religiosas—, la finalidad de eso es generar una tropa de excepcionalidad. Una tropa de fanáticos por si la situación se pone fea en Cataluña, de la misma manera que el nacionalismo catalán ha generado una tropa de fanáticos. Si los CDR lanzan una huelga general en Cataluña, ¿qué se le opone? Si la Generalitat controla a los Mossos, ¿qué se le opone? Una tropa de excepcionalidad fanatizada alrededor de este libro. Por eso, en cierto modo, estoy convencido de que para las élites importantes del país y para mucha ciudadanía normalizada, tan pronto el problema catalán disminuya el libro dejará de ser tan relevante. O, dicho de otra manera, tan pronto el bipartidismo se recomponga, y el PP se coma a Vox…

—¿Por qué usted habla de “Monarquía hispánica”, con mayúscula, y de “imperio español”, con minúscula?
—Porque el imperio español no existe como institución. Hay una Monarquía. Es una forma cuasi imperial, pero no es el imperio. El imperio es una forma institucional. Tiene su constitución y se conoce desde 1400 aproximadamente, la Bula Dorada, Bulla Aurea, que establece la forma en la que se elige el emperador, quiénes lo eligen, quiénes deben pagar impuestos al emperador y quiénes no, cuáles son las ciudades imperiales, dónde está el tribunal imperial… es una constitución institucional. Tiene que coronarte o, al menos, reconocerte el Papa; tienes que haber sido antes rey de romanos; tienen que haberte coronado con las tres coronas, en Aquisgrán, en Milán y en Roma, y todas las potencias te reconocen emperador. El único emperador que ha tenido España es Carlos V, y no porque fuera español, sino porque era alemán. Y por la política de la Casa de Austria, también era rey de España. Pero sólo entre 1516 y 1555 el emperador alemán es, al mismo tiempo, rey de España. Luego, la forma que podemos llamar “política del poder público español” es la Monarquía. La monarquía no es un reino, es una cosa diferente. La Monarquía hispánica va con mayúscula, igual que Imperio alemán, porque son formas institucionales. ¿Cuál es la característica de la monarquía? La fundamental, desde Aristóteles, es que el monarca, frente al rey, tiene poder religioso. El monarca debe cuidar de los cuerpos y de las almas. Por eso, el monarca español funda la Inquisición, porque se cree que tiene derecho como monarca a abrirte el cuerpo en carne viva para que digas qué hay en tu alma. El rey no tiene ese derecho. El monarca se lo atribuye porque considera que es un representante directo de Dios. En ese sentido, el monarca español es una especie de semipapa, no de semiemperador, porque reúne, al mismo tiempo, poderes temporales, poderes civiles y poderes religiosos. Y esto es importante porque significa algo decisivo: el monarca viene a derogar las leyes de los reinos. Desde ese punto de vista, tiene capacidad derogatoria: cualquier ley de cualquier reino puede ser derogada no en tanto que responde al interés civil, sino que responde al interés religioso. Esto es: nadie puede negarse a que se genere la destrucción de las leyes en la medida en que lo que está en juego es tu vida eterna. Así, cuando Fernando el Católico, que es el primer monarca, funda la Inquisición, llega a las Cortes de Orihuela, del Reino de Valencia, y dice: “Las leyes valencianas pueden ser derogadas en la medida en que afecten a la Inquisición, porque el interés de la Inquisición es eterno, no temporal”. Y así en todos los reinos. Ahora bien, el imperio, contra lo que parece, no tiene capacidades derogatorias. El imperio es una potencia conservadora. El emperador tiene que conservar las leyes de la tradición. El monarca erosiona todas las tradiciones. Por eso la Monarquía hispana ha logrado algo muy especial: un poder central que está en condiciones de romper poco a poco las legalidades de todos los territorios —Cataluña, País Vasco, Galicia, Corona de Aragón, Corona de Valencia, Corona de Castilla—, generando violencia en los territorios y distancia entre la monarquía y el pueblo. Por eso, en muchas ocasiones, el pueblo español no ha seguido entusiasmado lo que sus reyes le han dicho. Los cronistas de Felipe II, por ejemplo, cuentan que se asomaba sobre el Alcázar que había sobre el Palacio Real para ver si el estruendo que había era el del pueblo que se había amotinado. Hay que recordar que tenía a su hijo preso en la cárcel, dejándolo morir. A su hijo, príncipe heredero. Y una de las razones por las que se va a El Escorial es porque allí no llegan los tumultos de la Plaza Mayor. Esto significa que la identificación de las clases populares con la política de la Monarquía hispánica ha sido muy reducida. Te pongo un ejemplo: se conoce muy bien cómo cuando el conde duque de Olivares dice “hacemos un ejército únicamente de toda España”, se dice que los catalanes se rebelan. Es cierto. Pero no se cuenta, o se cuenta muy poco, que cuando vienen los capitanes haciendo leva para enrolar a los jóvenes en el Ejército español, porque ya no hay dinero para pagar mercenarios, por donde pasan los capitanes, la gente huye a las montañas, desaparece de los pueblos. Porque la causa que se jugaba en Holanda a la inmensa mayoría del pueblo español le venía completamente lejana. Al pairo, ¿comprendes? Mientras hubo plata para comprar mercenarios, los holandeses dijeron: “Aquí mantenemos la guerra, porque todo el dinero de España se viene aquí”. La guerra era un negocio. Era la manera de residenciar la plata que entraba por Sevilla y se iba por Barcelona o por Bilbao a los Países Bajos que, efectivamente, tenían que cobrar las soldadas y las cargas allí. Esto se ve en una película que cita ella, La kermesse heroica, una película que Franco prohíbe, y en la que se ve cómo cuando llegan los tercios de Flandes los comerciantes se frotan las manos, porque dicen: “Joder, estos nos traen dinero”. Y todas las mujeres también: “Estos mamones de nuestros maridos se van a enterar”. La vida de la guerra ha producido siempre lo mejor, lo peor, lo circunstancial, un montón de cosas, pero la leyenda negra no fue más allá de ese momento álgido de las guerras con Flandes y, desde luego, ¿qué quieres que te diga? Si España hubiera hecho su propia historia, si hubiera pagado a sus propios intelectuales y no fueran un hatajo de frailes que no entendían de qué iba la cosa, posiblemente la Monarquía hispánica se hubiera defendido.

—¿Por qué, según usted, para Roca Barea los intelectuales siempre son sospechosos de algo?

"El libro de Roca Barea es antiuniversitario, antieuropeo, antiintelectual… populista. Populista de derechas, obviamente"
—Siempre. Claro, ¿así cómo va a tener una alternativa la leyenda negra? Los intelectuales siempre son traidores, están con las oligarquías, son sospechosos, no obedecen a los sacerdotes. Esta es la razón de que la Monarquía hispánica a partir de Carlos V se jubile, abdique, todo intelectual que está danzando por Europa sea obligado a volver a la península y desaparece como intelectual. El Círculo de Lovaina desaparece. El Círculo de Nápoles desaparece. El círculo de Hurtado de Mendoza desaparece. Porque, ¿desde cuándo los frailes pueden ser una élite capaz de generar una inteligencia nacional? Los frailes, por principio, no pueden ser una élite nacional. Los frailes servían a Roma, al Vaticano. ¿Cómo se puede construir una idea nacional con esta gente, que seguían sermoneando en latín cosas que el pueblo no entendía en absoluto, que prohibían leer libros, que se habían formado en la mentalidad del siglo XIII? Esto no puede ser. ¿Y cómo puede aspirar la Monarquía hispánica a ser defendida cuando su último cuerpo de intelectuales es ese, porque no pueden tolerar otra cosa que la docilidad y la obediencia? Esta es la cuestión. Y esta idea de “no hay que fiarse de los intelectuales porque no tenemos garantías de que, efectivamente, van a ser dóciles y obedientes” es lo que se revela en el libro. Un libro antiuniversitario, antieuropeo, antiintelectual… populista. Populista de derechas, obviamente.

—Escribe usted sobre la Inquisición: “El efecto fundamental de la Inquisición no fue sobre los muertos, sino sobre los que sobrevivieron”. Cuénteme más sobre esto.
—La clave del efecto Inquisición es muy sencilla. Sobre un tribunal represor no se puede fundar una comunidad nacional. ¿Por qué? Porque cuando se ha producido durante todo el siglo XV una fusión de razas… (Piensa) No hay que olvidarlo: el pogromo de 1391 mata al 25% de los judíos españoles más o menos, desde Cádiz a Gerona, y obliga a convertirse al 70%. De tal manera que quedan reducidos a una minúscula minoría en unas aljamas completamente deterioradas. Después de un siglo de mestizaje, quien no tenía sangre judía era el último de los campesinos del último pueblecito que nunca había tenido el suficiente dinero para pagar una dote para que su hija se casara con alguien mejor, cosa que los judíos casi siempre tenían. En estas condiciones, un tribunal que con una delación, con alguien que te denuncia en privado, en secreto, te puede llevar a la tortura para que confieses, lo que genera es una comunidad en la que todo el mundo desconfía de todo el mundo, nadie tiene un sentimiento de solidaridad, no te puedes fiar de tu padre, de tu vecino, porque puede ser un delator. ¿Cómo construyes una comunidad de solidaridad sobre eso? Construyes una comunidad negativa. Esto es: todo a lo que puedes aspirar es a pasar desapercibido, a que la Inquisición no se fije en ti. Sobre eso, ¿cómo se puede construir una élite? ¿Cómo estás en condiciones de decir: “Yo pienso esto”? ¿Cómo estás en condiciones de liderar algo? ¡No puedes hacerlo! Sólo eres visible, sólo se te reconoce cuando se te expulsa; mientras tanto, lo mejor es pasar desapercibido.

—¿España fue antisemita, no lo fue, no lo fue tanto…?

"El antisemitismo de este libro es completo, pero nos quiere convencer de que ella es una defensora del sionismo israelita"
—El antisemitismo de este libro es completo, pero nos quiere convencer de que ella es una defensora del sionismo israelita. El pueblo judío fue exterminado en España. Por cierto, pueblo judío que llevaba en España desde antes de Cristo. En la mitología del siglo XV, de un gran escritor converso, Alfonso de Cartagena, los judíos son los autóctonos del país. Y las élites son los godos. Esto es: los que han venido. Pero los de la tierra son judíos. Y lo que se ofrece es una mezcla de sangre. Es decir, la gente de España, que es verdaderamente judía, debe casarse con el godo, que es el trashumante, el nómada, y llegar a un acuerdo con ellos. Por lo tanto, no sólo se extermina al pueblo judío sefardita dentro de lo posible, sino que lo que se extermina es una parte constitutiva de España, del ser de España, porque España tenía una población autóctona que era judía y que llevaba aquí siglos. El ser mismo de España se destruye internamente, y esto es una herida muy difícil de recuperar. Así aprendemos a tratar al diferente, este hábito de que el diferente tiene que ser expulsado o exterminado. Y el diferente es el judío, luego el protestante, luego el liberal, y luego el rojo: también se le destruye, se le expulsa y se le dice que no es un verdadero español. Claro, con esta historia felizmente superada con la Constitución del 78… Yo no soy un revolucionario, soy una persona normal… y digo felizmente superada porque, con todos los defectos que tiene, reconoce la existencia de minorías. Pero con esa historia detrás, si ahora haces los argumentos de Roca Barea, no te puedes quejar de que te digan: “Chicos, ¿ya volvéis a no reconocer minorías? ¿Ya volvéis a que los homosexuales deben ser reeducados?”.

—Mi sensación, a grandes rasgos, es la de que la izquierda sólo se ocupa, cuando no se obsesiona, de las miserias, de los rincones oscuros de la Historia de España, de los asesinos, los ladrones y los puteros, obviando lo bueno y lo noble, mientras que la derecha no hace otra cosa que fabricar héroes, santificar, revitalizar épicas, alimentar leyendas.
—No es así. Atención, atención: si tú lees las obras que yo he escrito antes de esto sobre España, yo destaco un montón de héroes españoles. Del siglo XV, te puedo decir una veintena de personas ejemplares, gente que tenía gala escribir obras como Claros varones de Castilla. Este libro es de Fernando del Pulgar, un judío que se queja de la Inquisición, un judío que dice: “Yo no sé lo que está haciendo el rey, pero le aviso: si se pone enfermo en Toledo, morirá, porque la Inquisición no ha dejado un médico, porque todos son judíos”. Este es un patriota y es un héroe. Pero no se le puede hacer comer ruedas de molino y escribe Claros varones de Castilla, donde pasa revista a una treintena o cuarentena de héroes de su época. Lo que tenemos que preguntarnos es por qué después de que la Inquisición se funde, ya no se escribe un libro como Generaciones y semblanzas o como Claros varones de Castilla. Ese es el problema: ya no se puede escribir un libro, porque cualquiera que destaque, cualquiera que tenga un criterio propio, una voluntad crítica, tiene enfrente a la Inquisición. Por tanto, ahí se generan diferencias. A pesar de eso, sigue habiendo héroes que han luchado siempre a la contra. Hurtado de Mendoza es un héroe. Y si nosotros vemos lo que Hurtado de Mendoza escribe, porque fue embajador en Venecia y en Roma, acerca de lo equivocada que es la política española, te das cuenta de que es un patriota. Pero no puede tolerar que se confunda la causa de España con la causa de Roma. En el fondo, Roma era el íntimo aliado de nuestro mayor enemigo, que era Francia. Roma ha jugado doble baraja permanentemente. Ha dicho en público “España es mi amiga, mi espada y mi defensora”, pero luego ha hecho misas por Gustavo Adolfo, rey de Suecia protestante. Los españoles no somos más tontos que los demás. Descubres que hay verdaderos héroes porque han luchado contra la corriente y han defendido su criterio en las condiciones más duras. Y a ellos tenemos que ir de verdad. 


—¿La izquierda española ha servido en bandeja de plata a la derecha la divulgación de la Historia de España?

"La izquierda española no ha tenido un concepto de España claro. No ha tenido sus héroes. No ha sido capaz de reconocer su propia tradición. Se ha centrado en lo más inmediato, que es lo que más nos divide: la Guerra Civil"
—Sin duda. Sí. La izquierda española no ha tenido un concepto de España claro. No ha tenido sus héroes. No ha sido capaz de reconocer su propia tradición. Se ha centrado en lo más inmediato, que es lo que más nos divide: la Guerra Civil. Y hay que conquistar consensos y figuras muy anteriores. Y la izquierda no ha tenido a bien reivindicarlas, darlas a conocer, estudiarlas. Y esto porque en la academia universitaria española, formalmente de izquierdas, todos son progresistas, se han sentido cómodos con el progresismo del PSOE. Desde ese punto de vista, no han tenido que reivindicar nada. Se han sentido cómodos sirviendo a ese programa, sin impugnarlo, sin pretender ir más allá, sin reconocer que, cuando llega una época de crisis, es completamente necesario tener figuras razonables, progresistas, valientes, honorables que puedan servirnos de modelo. Si este país tuviera a bien decir: “A ver, un mito de la izquierda”. ¿Quién decimos? ¿Santiago Carrillo? ¿De verdad? ¿Convencemos a nuestros ciudadanos de que Carrillo es un mito? En el fondo, no sabemos de quién hablar. Y claro que hemos dado en bandeja a la derecha que esté en condiciones de tener ese programa hegemónico cultural.


 AQUI LA OPINIÓN DE LA AUTORA. 




ENTREVISTA EN EL MUNDO A ELVIRA ROCA SOBRE IMPERIOFOBIA. 

La opinión de César Vidal sobre Elvira Roca y su libro, como siempre no tiene desperdicio, sin medias tintas y un lenguaje barroco del insultillo .
" ….lo leí y me pareció un excremento envuelto en bilis e ignorancia"...… panfletaria  de ínfima condición. ...Elvira Roca no pasaría un examen de Historia salvo que lo leyera Torquemada...…. a Elvira Roca la Historia le trae sin cuidado porque realmente ni la conoce ni le importa…...el libro tiene una agenda política que no es otra que la de someter a otra España al yugo clerical y la invadir Estados Unidos con hispanos con las mismas intenciones …...En época de crisis, sólo los españoles lúcidos están dispuestos a ver la realidad  y a intentar enmendarla. El resto, ovejunamente, acepta las palabras de los clérigos que les dicen que no son suficientemente fanáticos y que hay que perseguir a los que no se sometan a la inquisición. Lejos de ellos el horrendo pecado de pensar, de reflexionar sobre el pasado, de identificar la raíz de los males y , sobre todo, de  exirparla. Cuántos más zopencos mejor. Y , por supuesto, nada de  asumir responsabilidades. No la culpa siempre es de los demás : los judíos, los protestantes, Bruselas...Se trata de algo enormemente grave porque de nota una nación envejecida, pero que , en muchos aspectos, nunca pasó de la infancia, nunca alcanzó la madurez de ser nación de ciudadanos libres e iguales y nunca abandonó la idea de vivir sin tutelas dogmáticas. Las consecuencias son tremendas en la vida práctica y la prueba está en los que han  comprado es detritus impreso que es el libro de esa ignorante sectaria que se llama Elvira Roca Barea. ….. Es un fraude, un espantoso, burdo y grosero fraude que gracias a Dios ha quedado al desnudo...."





Aquí tres enemigos de  Villacañas. díscipulos de Gustavo Bueno,  lo ponen a parir en una tertulia  unánime en el pensamiento. Donde se lo pasan bien estando los tres de acuerdo y machacando todo lo que pueden a Villacañas, mejor dicho a sus libros  ( ¿ Que imperio? y imperiofobia...). No tienen dudas, Roca Barea 10, Villacañas 0. 
https://www.youtube.com/watch?v=PtMiIgyUitw



  Mas sobre la Polémica. REFLEXIONES FINALES SOBRE LA IMPERIOFOBIA, por Edgar Straehle. 
                     Debemos repensar con mayor profundidad, y menos apasionamiento, la Leyenda Negra de España. Cuanto más se politice esta cuestión más perderemos la perspectiva histórica

Historia y leyenda de la Leyenda Negra (II)


La respuesta de Villacañas a Imperiofobia



Historia y leyenda de la Leyenda Negra (I)


El retorno de la leyenda negra y Roca Barea




Ningún imperio lleva hacia Dios

Algunas reflexiones a la luz de la lectura de ‘Imperiofobia’ e ‘Imperiofilia’

José Antonio Pérez Tapias 

 

     Una reflexión sobre la historia. 

      ¿Podemos los españoles tener una historia común?.   (José Antonio Marina).

      Esta entrevista está desglosada en el post, sobre la objetividad histórica. Las palabras del  pedagógo no tienen desperdicio y su visión del estudio de la historia aporta una nueva visión positiva para entender la misma. 

 

 


     Analizando el éxito de Roca Barea. blog de historia. Con licencia histórica.




 https://www.licenciahistorica.com/2019/12/analizando-el-exito-de-roca-barea.html