sábado, 7 de enero de 2023

Terra de foris.


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Esta-se a falar estes días, nas redes e entre uns poucos não vaiam a pensar em mais, em quanto a que o  Bierzo, a Seabra e territorios asturianos do occidente possam ser incorporados a Galiza. Engade-se que  previamente deberían fazer para isto um referendum

  Direi antes de nada que isto atopeino por acaso nas redes sociais, melhor dito no twiter que é a única na que ando a ouviar,  a asubiar, ou a  pesquisar à solta. Andar ando e  moito   mais ainda do que deveria. Esta  quimera,  evidente ainda que saudosa pra qualquer galego, como outras por vezes  são creadas por dous ou tres twiteiros neste caso,  que fornecidos com moitos seguidores, ganhados no dia a dia com manhas de todo tipo, e como se tivessem bom altifalante,  sabem fazer barulho momentâneo e parecem uma  multitude participante. Uma vez deitada  a  informação no twiter    já os algoritmos se encargarão de flassehar a torto e a direito a mesma  para chegar a todos aqueles que  por alguma curiosidde anterior tenhem escutado uma música parecida. Daquí este mesmos  entre a sorpresa e a  ledicia vão espargir, difundir e divulgar o gram, e assim dão por feita a sementeira.   

 

     

  O caso é que,  o chegar-me esta informação, também com sorpresa e ledicia, deseguido  veu-me o recordo o conceito de   "Terra de foris". Um  príncipio ou regra não escrita que no Reino, que   para entenderem-se os galegos daquela ,  usava-se no Reino medieval  de Galiza.  O falarem de que tal terra ou lugar era " Terra de foris" , estavam´-se a referira  toda aquela terra considerada dentro dos senhorios da coroa do reino de Leão ainda que não era considerada terra propria do Reino nuclear galego. Não sei seguro se  a Seabra era "Terra de foris", eu acharia que sim o era.  Astorga e as suas terras não eram "terra de foris". No obstante... ( Ainda que no documento que mostramos o final o bispo de Astorga firma como pertecente o Reino de Galiza, não sei se porque ele era galego de nazón, ou a diócesede Astorga era sufragánea de Compostela e neste senso se considerava galega).  Parte do occidente asturiano não era considerado "terra de foris" outra parte a mais próxima sim. O Bierzo, claramente,  não era "Terra de foris" pois bem sabemos que foi sempre terra galega do reino nuclear galego e  deixou de ser considerada como  terras do Reino depois das guerras de  dominação dos Reis Católicos que derom esta terra, do Bierzo,  a dependencia do Conde de Benavente e desposeirom dela os Castros nesa altura  os mais altos representantes da nobreza galega. É bem evidente que nas fronteiras citadas que antes eram consideradas parte da Galiza nuclear e  que hoje já não pertencem a Galiza administrativa actual,  ficam pegadas culturais, sociais, costumes e formas   idiomáticas  evidentes que  demostram que perante moitos séculos forom territorios dos senhorios galegos e  que se sentiam dentro duma unidade política, cultural, idiomática, económica e histórica que se concretizava no chamdado  Reino da Galiza. Este reino que é herdeiro dos galegos dende a antigua Gallaecia  que foi minguando o seu terrritorio até a Galiza já Sueva e posteriormente  Reino Galego medieval con Rei en Leão até 1230.

        Despois desta data,  1230 coa união num só reino em Castela, seguiu  sempre Galiza considerada  Reino ou entidade cultural e política com personalidade propria  como tal até a configuración administrativa das provincias de  Javier de  Burgos no  1833.

      E se não me creedes, uma olhada este documento axuda, tal vez, na sustenção do dito. Este é um documento no que firmam os bispos da orbe católica,  lá pelos 1545 , uma petição pra convocar um concilio, neste caso o de Trento. Pois os bispos Galegos neste caso o de Astorga (duvida se era Terra de foris) e o de Ourense identificam-se como espanhol do Reino de Galiza e em troques o de Zaragoza  como espanhol do reino de Espanha.  

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  Ainda que há quem defende hoje, com bom criterio, que o Reino como tal numca foi abolido  e arroga-se ou gostaria de que Galiza fosse denominada na actualidade Reino de Galiza. Tal como assim este senhor tão ilustrado: 

           Eduardo José Pardo de Guevara y Valdés.

          Es un historiador y      genealogista español, especializado en el estudio de la nobleza bajomedieval gallega y profesor de investigación del Consejo Superior de Investigaciones Científicas.

Ainda que o não constar como tal na Constitução espanhola não seja fácil defender esta postura.

       Ainda que  isto  último seja outra histoira.

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