jueves, 29 de marzo de 2018

A identidade Galego-Portuguesa na Idade Media.


         I.   Introdução.  Outra historia.
    
       Hoje mais que nunca motivado entre outras coisas pela globaliçação, há uma forte demanda e corrente de renovação da historiografia medieval.Além de uma maior aportação arqueolóxica pelos meios mais modernos de exploração e certidão de documentos e restos históricos. 
      Esta renovação historiográfica é em resumo e dito com outras palavras: tentar de  contar todas as  coisas ou de outra maneira, buscando a verdade sobre a Idade Media.Nesa procura, topamos de frente com o  concepto das identidades nacionais na Idade Media. Ainda não estamos a falar  dos estado nação  que nascerão no trânsito da Idade media a Idade moderna. No caso de Portugal   a partires do século XII e  em Espanha entre o XV e o XVI. 
      No caso que nos atinge, este tema das identidades nacionais foi sempre obviado pelos historiadores espanhois e portugueses,incluindo historiadores de hoje em dia.  E sobre a Idade media ditou-se um manto de oscuridade e olvido para pôr em valor y realçar a criação dos estados nação. Obviando o paradigma de que tudo tem nacemento na Idade Media, e facendo uma viagem por lá, podemos  fazer e achar respostas e explicações.

      No noso caso, tanto no que é a historia de Portugal como na de Espanha o relatorio da Idade Media basease nas crónicas medievais e fundamentalmente na narração da figura  dos reis. Esta forma de olhar a historia da  Idade Media,  além de chamarlhe escura,   sintetiza-se numa sucesão de nomes de reis e rainhas que  se uniam em matrimonio entre eles seguindo os intereses económico-político dos reinos que representavam. E no caso da coroas portuguesa, castelhana e aragonesa, misturavam-se uns com os outros, como visibilização das uniões políticas.  E era a forma  mais evidente de fazerem política tanto interior como exterior. 
    Esta historiografia, chamada positivista, obvia o papel da sociedade, dos motivos e dos cambios sociais, e a origem das nacionalidades medievais. Embora a historigrafia marxista, que faz uma renovação na historia en quanto a valorizar o papel da sociedade e o estudio económico dos cambios sociais na idade media, também obvia o estudo da nacionalidaes medievais. Sem duvida  este concepto magoa tanto a uns como outros. A os  positivistas porque da outra visão da  historia que contradice parte do mito da criação do estado nação do romantismo. O marxista porque iste concepto cheira-lhe a nacionalismo no confronto com o internacionalismo.
        Em resumo, quer se queira quer não,  a Idade  Media historiográficamente é molesta, enfada e  incomoda e como consequência é  maltratada por uns e outros. E  cada um conta da festa como lhe vai,  cada um di e obvia o que lhe interessa. E pior ainda digamos que está contada de vagar, cos olhos de  hoje e com fontes parciais e arrimando a brasa a nossa  sardinha. 
     Nesta revolução historiográfica  há  uma explicação global da historia que  atinge  as  identidades colectivas  medievais. Quer dizer, ir  além do  simples estudo da política dos reis  e das institucions medievais. 
      Além disso, se quisermos estudar, comprender ou saber os porques das identidades nacionais que foram sobrevivindo nos séculos, como pasa em Espanha, só podemos fâ-lo sabendo que e como foram as identidades colectivas medievais. 
          Nesta forma de olhar para a história há que clarificar que  está o método historiográfico marxista das superestructuras nas  que a a economia e a sociedade condicionam as institucions, a política  e a cultura e viceversa. E ahí é , nesa forma de procurar, como nos encontramos com as identidades nacionais medievais. A historiografia tradicional só nos vai dizer que  Alfonso VI de Leão era emperador, no entanto queremos saber o porque o era, e porque deixo de  sê-lo, que idioma falava, e onde arrancava o seu poder e como era a sua relação cos árabes e o porque das suas conquistas até chegar a Sevilla, por por um exemplo.Que era o reino de Leão, onde estava ou como se repartía o poder etc. 

      As identidades nacionais medievais nacem mais da influência socio-cultural que  da política-institucional. Estas identidades são mais conhecidas por uma língua, uma sociedade de historia comúm e costumes, e de uma economía relacionada mais de que  a sua indentidade seja política e tenha uma representação institucional. 

          A Idade media é a origem e onde se formaram as nações modernas e as nacionalidades políticas sem estado. Para compredermos  a configuração moderna dos estados temos que fazer uma viagem inevitável a Idade Media. Quer se queira quer não. Quando não se quere, é evidente que   por não tirar o velo das mitificações que sobre todo no século XIX se fizeram sobre a formação dos estados modernos.Esta mística e  procura de origens inmutáveis, ancorados em tempos históricos interesados deu lugar a uma deturpação na narrativa da historia medieval, como ha disse.  Para concretizar um outro estudo  sería pôr em questão o significado dos mitos do que foi  a  Lusitania, os Visigodos,  Don Pelayo , a invasão moura etc. E sería por o foco em muitos outros personagens e factos olvidados ou mal contados. 

         O estudo da formação das nações de hoje e das nacionalidades tem o atractivo de encontrarmos  que o Estado medieval como hoje o entendemos não existía. Este Estado que era o Feudalismo na altura era feble, nada que ver com a nossa concepção moderna de Estado nem tampouco das  monarquias absolutistas, ainda não andamos nesa leira.
    Esta debilidade do sistema Feudal provoca  um desenvolvemento muito grande do que hoje se chama a sociedade civil e uma importância mais  grande,  da que nos dizeram,  das clases populares- 
     É importante ter esta visão do momento histórico, fazer um esforço de abstração da  nossa concepção do Estado, para comprendermos um bocado como estava urdida-entrelaçada-tecida a estructura social-cultural-política.  É dificil, porque temos  dentro de nós o relato medieval de reis  e de  estados medievais, dos que nos transmitiram e que  no nosso imaginário convertemos em reis governantes de territorios homogéneos  que se cinguem os territorios dos estados  de hoje. É normal, pensar assim,  se a nossa ensinança chega o límite de explicar-nos a chegada dos visigodos como origem de Espanha, quando os visigodos chegaram aquí por acaso e porque os francos não consentiram o seu asentamento na Galia.Assim o  grande e errante povo godo, que percorreu  durante seis séculos a Europa  o leste do Danubio de sur a Norte e que foi dos primeiros en cruzar o Danubio por fim e  de esta forma ficou divido emtre ostrogodos na Italia e visigodos em uma das partes  do que hoje é o territorio de Espanha. Também ocorre que se passamos a falar  de Afonso Henriques já estamos a pensar no Portugal de hoje que já existía dende os Lusitanos. Ou se falarmos do reino de Leão já pensamos na creação de Espanha e Leão como parte de Castilha, asento histórico de Espanha. E assím podemos falar de Catalunha, do reino de Aragão, da França, de Borgonha, etc. 
        Chegados  até aquí é fácil deducir que há nesta narrativa vencedores e vencidos, é obvio. Se roubas história, ou descolocas os factos, ou manipulas nomes alguém perde para outro ganhar.
    A historiográfica medieval da  Galiza   é prácticamente inexistente, a nível de história oficial. Se fora um filme diríamos que Galiza, como atriz,  sauda o público na altura dos  romanos, um pouco de os chamados castrexos, uma vista de olhos sobre uns visitantes longiquos chamados  Suevos, e até logo, se calhar já nos veremos. O protagonista historiográfico medieval dos habitantes da Galiza  é o  chamado  reino de Leão, ou a cidade Leão e o se rei. Uma paragem  nessa historia para  a narração de que como Fernando de Aragão venceu o rei de  Portugal e Leão-galiza na batalha de Toro e assim tomar posse definitiva dos territorios revoltados na luta dinástica emtre o leste e o oeste peninsular e sobre todo  chegada dos reis católicos a porem  ordem num caos que Zurita chamou "doma e castração". Assím Galiza voltou na historia o seu lugar de  arcadia perdida na néboa e na chuva. A historiografica galega fica entalada entre duas historiográficas  feitas para explicar como se criou Portugal e como se criou Espanha. E nessa explicação, na que se parte do príncipio de que os dous estados já erão preexistentes dende tempos antigos só há que adubar-lhes uns factos históricos para demostrar o príncipio primeiro. Ou seja a historia narrada de cima para baixo.
         No entanto, se fizermos o esforço de avançar de baixo para cima, até chegarmos a creação dos estados modernos como factos históricos, encontraremos e comprenderemos melhor a história e também a o porqué criação deste estados modernos que não precisam justificação histórica. Porque não há que justificar nada na história nem fazer histórica fição. Só se trata de olhar o que foi realmente e ir mais lá do relato institucional. A olhada as causas económicas, as estructuras sociais, a sociedade civil, a tecnologia militar e civil, o papel fundamental da Igreja e a religião na época etc. 
            Pois de tudo o que  se podía falar vamos a dar uma visão dentro das muitas nacionalidades e identidades medievais a  uma fundamental para comprendermos a nossa história a da Galiza, mas também a de Portugal e a de Espanha. 
      Foram poucas as identidades nacionais medievais que derivaram em estados modernos. A maioria ficaram  como parte de eses novos  estados. Há quem para  simplificar a compreensão chama as identidades nacionais medievais nações sem estado.  Embora este conceito de nação sem estado,  por outra banda,   que pode levar a engano e tem uma carga política atual ligada o nacionalismo-independestista. Sim é certo que as identidades nacionais medievais tenhem a forma, o receptáculo preparado para serem estados em cualquer momento, também é certo que numca forma nações  no concepto político atual  e as suas condições de estado ficam envolvidas ou subsumidas num Estado  atual. Que é uma forma de organização política fruto do avanço histórico que irá evoluindo ou cambiando, ou não, tal como passou com outro tipo de organizações políticas na história. 




  No seguinte post, falaremos : 
 II.   A identidade compartida na Idade Media duma  nacionalidade galego-portuguesa.      








  Para ampliar conhecementos e contéudos, recomendamos.
        

















  Mais información.   Os mapas de Galiza. (Rodrigo Cota. )

Mapa del Reyno de Galiza. DP
NO HAY mejor manera ni más gráfica de entender la importancia de la Galiza medieval que recurrir a la historiografía de la época, sobre todo la que nos llega de fuera. De fuera de España, a ser posible. Entender cómo nos veían en Europa, y también entre los pueblos normandos y árabes. Qué decían de nosotros, qué escribían y en este caso, cómo nos situaban, literalmente, en los mapas.
Entre los siglos X y XV, por ejemplo, todos los mapas sitúan al Reino de Galicia como una entidad independiente y diferenciada de cualquier otra. Curiosamente, no existe una sola que hable de Asturias, ni como reino, por supuesto, ni como principado ni como nada. Algunos, los menos, mencionan al reino de León, siempre junto al de Galicia. En otros aparecen Galicia e Hispania. Hasta hay algunos, los árabes, que dividen la Península Ibérica entre Galicia y Al-Andalus. Pero en todos aparece siempre e inexcusablemente Galiza.
No vamos a enumerarlos: están ahí para cualquiera que los quiera ver, a un click de ratón, pero vale la pena buscarlo para comprobar que en todos los mapas germanos, ingleses, normandos, italianos de la época, nadie duda en señalar a nuestro reino como un reino diferenciado de cualquier otro. Muchos señalan a Compostela como lugar destacado, otros no. Todos incluyen a Asturias como parte de nuestro territorio; algunos agregan León; casi todos el norte de Portugal y otros, como queda dicho, hacen la distinción entre Galiza e Hispania o Galiza y Al-Andalus. Los más antiguos excusan la presencia del Reino de León, lo que demuestra algo que todos sabemos: que ese reino fue fundado y gobernado por gallegos hasta que asuntos sucesorios lo desgajaron del nuestro. La permanente omisión de Asturias, por su parte, refleja una verdad como un templo: el Reino asturiano es un cuento chino; una invención de historiadores hispanistas, desgraciadamente algunos de ellos gallegosrenegados.
Pero, y esto es importante, lo que demuestran los mapas es algo que cae de cajón, porque los mapas servían entonces para lo mismo que para lo que sirven hoy: para conocer el mundo, su división geográfica, estratégica, política y territorial. Y como no hablamos de mapas hechos por nosotros, sino por quienes querían aliarse o enfrentarse a nuestro reino, o comerciar con él, no creo que podamos sostener que fueron planos trazados por secesionistas gallegos.
Me ahorro el trabajo de ahondar en el asunto. Lo maravillosos de este tema es que una o uno lo descubra por sí mismo: que lo compruebe; que vea el nombre de nuestra nación escrito en pergaminos, en cáñamos o en linos hace más de mil años, cuando la cartografía estaba en pañales y quienes dibujaban aquello lo vendían a precio de oro a reyes o a grandes comerciantes.
Ahora que todos tenemos más tiempo libre del deseado, propongo esto como un ejercicio que puede resultar hasta entretenido, también para quien no es un fanático de la Historia; también para quien no es nacionalista; también para quien piensa de nosotros que somos una colonia riquiña que tiene marisco, playas y vacas. Más que nada para que unas y otros comprueben que llevamos aquí más tiempo que nadie construyendo una nación que merece poco respeto: Y sobre todo para que unos y otras sepan, así como de casualidad, que León, Asturias, Castilla y Portugal, todo ello, lo hemos hecho los gallegos.

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