É posível dizer tanto, tão bem coa brevedade precisa e o rumo direto? Sim, Rentes de Carvalho, no "tempo contado" fai-no a diario, deixa pérolas a cotio. Sera esa a razão pola que o leio e o sigo. Sera.
Para quê
tanto berro? Que querem vocês? Que adianta esse atirar de lama e insultos?
Gritam que governe quem governar nada mudará, só as moscas serão outras.
Pensaram bem? Então nestes anos todos escapou-lhes que as moscas são sempre as
mesmas e cresce a estrumeira onde elas engordam?
Por que
esperam? Um redentor? Já não há. Revoltas e revoluções também não. Aliás, é
sempre melhor que as faça quem sabe, pois das dos amadores resulta o que
temos.
Berram vocês
na internet, exigindo mudanças e melhorias, mas a internet não é praça pública,
nem tribuna, nem sequer o café. É um nevoeiro. E um blogue poderá dar-vos a
ilusão de ser trombeta, mas nem chega a apito, é um murmúrio.
Passam por
lá dez, cem, mil visitantes? Dois mil? Pois passam. Espreitam, farejam, lêem
umas linhas, esquecem, os mentecaptos – linda palavra doutro tempo – aproveitam
para vomitar ódio nos comentários. Parece movimento e é só vento. Uma
pequenina, triste, por vezes cómica sarabanda, diversão púbere, mau grado as
doutas e menos doutas análises políticas, económicas, sociais, as profecias de
desastres e misérias que não se levam a sério. Porque é só falação,
entretenimento, a aragem a fingir de ciclone.
Mas a
realidade – contenho-me para não dizer, a triste realidade – é que o tempo
passa. O meu já passou, mas vocês têm quê? Vinte e cinco? Trinta? Quarenta
anos? Na força da vida e sem genica, sem ideal, sem sonhos, apenas aos berros de
que isto está mau e vai piorar?
Ninguém vos
ouve, os vossos berros nem sequer fazem eco.
Os homens, tão simples como somos, agradeçemos por vezes as clarezas e gostamos escutar das mulheres do que elas gostam de verdade. Pois que mais deseja um homem senão agradar a uma mulher ou a outro homem, no seu caso?.
Não colamos as fotos do post, tal vez por ciumes ou inveja mais bem.
Os muito feios que me perdoem mas beleza
é fundamental. Sou muito fã de homens bonitos. Contudo não deve ser uma
beleza muito certinha, tem que ter ali qualquer coisa. Sobretudo, tem
que vir a par de algumas so called soft skills. Já aqui falei
muitas vezes nelas. Acho que nenhuma mulher (ou homem que goste de
homens) aprecia um homem que seja uma amélia, uma mariazinha-cueca, uma
abécula encrencada, um chato auto-centrado. Pelo contrário, acho que
toda a gente aprecia um homem inteligente, com sentido de humor (o
sentido de humor é fundamental; homem que não tenha sentido de humor e
que não me faça rir é automaticamente banido). Claro que tem que ter um
bom carácter, tem que ser generoso, compreensivo e carinhoso. Mas
carinhoso sem lamechices, sem nha-nha-nha. E malícia -- malícia também é
fundamental. Homem que é homem de verdade sabe-a toda. Tem que ter
muita malícia. Mas daquela malícia que só é boa se vier condimentada com
inteligência e sentido de humor.
Enfim, essas coisas que são essenciais num homem.
Mas
tem que ser bonito. Não uma boniteza de boneca, não uma boniteza de
menina. Pode ter feições atípicas, pode não ter aquela simetria perfeita
que caracteriza a beleza convencional. Mas tem que ter um olhar que
desça fundo, tem que ter uma boca que mostre que sabe ter bom uso. O
corpo a mesma coisa. Tem que ter um bom corpo. Também não precisa de ser
um hércules ou ter um model body. Tem é que mostrar que tem uma boa pegada. Que sabe agarrar com convicção e, na dose certa, doçura. Tem que mostrar que é homem.
O Adam Driver é um daqueles casos:
olha-se e há ali muito de inconvencional. Há ali coisas naquelas feições
que parece que não batem completamente certas. E... no entanto... que
homem.
O vídeo que abaixo partilho, realizado por Jonathan Glazer para divulgar o perfume Hero da Burberry, mostra-o em toda a extensão e o que posso dizer é que não há defeito que lhe possa pôr. Aprovadíssimo.
Quando acabei de ver, voltei a ver. E só me ocorreu dizer: se isto não é um homem...
E ia dar este título ao post. Mas poderia parecer uma alusão a 'se isto
é um homem' e achei que não deveria arriscar. Ficou 'se isto não é um
centauro...'. Fabuloso, meio homem, meio cavalo. Atravessando os mares,
correndo, veloz, livre. Um centauro correndo na praia, nadando ao lado
de um cavalo. Muita beleza.
Claro
que não faço ideia se o perfume está à altura mas, para o efeito, isso é
secundário. Acho que ele é bom de qualquer maneira, mesmo sem perfume.
O concerto Cantinho do Zeca junta em palco vários artistas portugueses para celebrar Zeca Afonso e um dos discos mais marcantes da sua obra. Carolina Deslandes, Lura, Marisa Liz, Tatanka, Joana Alegre, Cláudia Pascoal, Irma e Sara Correia juntaram-se a Agir para recriar o legado maior do cantautor, dando-lhes novas vozes, mas sempre mantendo a essência de cada canção intemporal. A partir do Teatro Capitólio e com um cenário especialmente concebido para o efeito e uma autêntica "super banda musical", é a "geração-filha" de Zeca Afonso que o traz à nossa memória, com momentos surpreendentes.
Por um acaso, nesta segunda feira zapeando pelo mundo, encontrei-me na RTP internacional, com um programa adicado o Zeca Afonso , historia e músicas. De seguido , como complemento do anterior, apresentaba-se um trabalho producido, dirigido e papresentado por Agir no que coordinava nova geração de cantores conhecidos em Portugal que cantabam cada um co seu estilo e com novos arreglos as canções as mais conhecidas do Zeca. Foi titulado "Cantinho do Zeca". Ficam os vídeos e os enlaces no youtube do evento, esperando que nào sejam retirados por direitos de autor. Embora na RTP Play sempre se podem voltar a ver.
https://www.youtube.com/watch?v=E-CWqmGFHEs
https://www.youtube.com/watch?v=9PjggdM2oWE
( nota: certamente já é a segunda vez que são retirados do youtube os vídeos, assim que que goste de vê-los aquí tem o link naRTP.
Tenho que dizer que adorei o programa especialmente na parte do Cantinho do Zeca. A forma de presentar o programa, a orquesta, o nível e a qualidade das vozes dos participantes, deixaram-me moi gratamente impresionado. O facto de conhecer e haver escutado e cantado tanto as canções do Zeca, axuda obviamente, mas ouvi-las acompanhadas duma boa orquesta sinfónica, como vozes e estilos novos de pessoas jovens, que foram capaces de manterem o espíritu e fundamento das canções e darlhe ese ar e estilo que conecte coas novas gerações. E ese era, acho eu, o objetivo do Agir, transmitir a riqueza inmaterial do legado musical e testemunhal do Zeca Afonso. Por todo isto tenho que dizer que disfrutei.
AGIR. Foi uma descoberta. Nem nome nem rostro existíam para mim. Ele foi o produtor, alama mater e um cantor mais do sucesso. Fiquei supreendido, também gratamente, coa sua forma de cantar. Alem de estilos e gostos tem uma magnífica voz. Foi do artista que mais gostei pela sua voz e a sua interpretação. Despois, procurando informação mais pelo miudo, já descobri que tem um percurso grande como cantor, que é filho de Paulo de Carvalho histórico cantor portugués, que tém feito muitas versões de canções do Zeca etc. Realmente adorei como canta as canções do Zeca, além de que, como já disse, ele tem moi boa voz. Sei que além de produtor musical também tem um longo percurso de cantante com estilo de Rap e e tendencias musicais masi modernas.
Parabens Agir, por ser tão bom artista e fazer este recordo especial das canções do Zeca para cinguílas o estilo e a mente das novas gerações.
Como complemento ponho uns videos de Agir só cantando canções do Zeca antes de fazer iste espetáculo. Deixo os links também porque o Youtube coa retirada de videos sempre nos joga alguma mala treta.
Aquí, "os indios de meia praia" com ana Bacalhau, que merece a pena escutar.
https://www.youtube.com/watch?v=HrThCrnICKo
Um "veham mais cinco" cantado por ele só, que vale a pena escutar.
https://www.youtube.com/watch?v=QrytPzLDCrs
Aproveitando, também faz uma boa interpretação da "pedra filosofal" de Manuel Freire do 1969.
https://www.youtube.com/watch?v=JdQU0UpJxuI
e
E finalmente uma canção de embalar, certamente linda.
Vejam bem
Que não há só gaivaotas em terra
Quando um homem se põe a pensar
Quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
Dorme à noite ao relento na areia
Dorme à noite ao relento no mar
Dorme à noite ao relento no mar
E se houver
Uma praça de gente madura
E uma estátua
E uma estátua de frebe a arder
Anda alguém
Pela noite de breu à procura
E não há quem lhe queira valer
E não há quem lhe queira valer
Vejam bem
Daquele homem a fraca figura
Desbravando os caminhos do pão
Desbravando os caminhos do pão
E se houver
Uma praça de gente madura
Ninguém vem levantá-lo do chão
Ninguém vem levantá-lo do chão
Vejam bem
Que não há só gaivotas em terra
Quando um homem
Quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
Dorme à noite ao relento na areia
Dorme à noite ao relento no mar
Dorme à noite ao relento no mar
Escritor,
professor e filósofo analisa o impacto das novas tecnologias e a
hiperdigitalização em nossas sociedades. “Desde o momento em que há
linguagem, há mentira e manipulação”
.-O que distingue o ser humano é a linguagem. E quando foi inventada a
escrita, e depois o alfabeto, e depois a imprensa, e depois os meios de
comunicação eletrônicos, essa potência da linguagem foi se
multiplicando. E penso que isso condiciona todo o resto, toda a evolução
econômica, política e cultural. Então, quando se viu, já no final dos
anos setenta e começo dos oitenta, que os computadores não eram
simplesmente máquinas calculadoras, e sim que, conectando-se às redes de
telecomunicações, se transformariam em uma nova infraestrutura de
tratamento da informação, vi claramente que o ser humano entrava numa
nova etapa.
.-E como antes você me perguntou se alguma vez suspeitei que este processo
de digitalização das atividades humanas iria tão longe, respondo-lhe:
ainda não vimos nada, estamos no começo de tudo isto.
.- P. Mas ao conceito de inteligência coletiva que você
estabeleceu em 1994 podem ser contrapostos outros: ignorância coletiva,
maldade coletiva… Qual deles você acha que pode mais nas sociedades
hipertecnologizadas de hoje em dia?
R. É uma pergunta legítima. Quando eu falei de inteligência coletiva há 27 anos, evidentemente estava defendendo um uso ético e socialmente positivo da tecnologia.
Mas o que eu queria enfatizar era sobretudo o aumento evidente das
capacidades cognitivas. Por exemplo, o aumento da capacidade de memória
através da sua externalização nos meios digitais. E, veja você, se hoje
em dia você não se lembrar de algo neste momento, digita no Google e
pronto. Uma imensa memória está à nossa disposição. Agora, essa
externalização da memória já tinha começado muito antes: uma biblioteca
na verdade é isso.
.-Está claro que as pessoas não se tornaram piores ou mais sensíveis às teorias conspiratórias por culpa das redes sociais.
Rumores absurdos surgiram ao longo de toda a história. Houve muitos
genocídios antes que a internet existisse, não? Nem no Holocausto
judaico, nem no genocídio armênio
nem nos massacres de Ruanda existia a internet. Muitos não querem ver,
mas já éramos muito maus antes que a internet existisse, pode acreditar.
.-É evidente que os sistemas educacionais têm que evoluir, há um grande atraso nisso. ..... As novas tecnologias
digitais não são só ciências exatas, também podem ajudar muito às
ciências humanas e sociais.
P. Não acha que esse déficit de atenção —mas
não só nos jovens— seja um dos cânceres das sociedades digitais atuais?
A avalanche de estímulos é tamanha que não há tempo nem espaço para
parar para pensar.
R. Estou totalmente de acordo.
Acho que faríamos bem em desenvolver exercícios de atenção. Tem gente
que pratica exercícios espirituais, e nesses lugares já se tenta fixar a
atenção, neste caso por questões do espírito. E cada vez há mais gente
praticando meditação. Não é uma coisa qualquer, é preciso permanecer
muito atento à respiração, não é algo simples. Sim, é preciso trabalhar a
atenção das pessoas, e isso começa por ensinar a atenção na escola. Sem
ela, não há nada a fazer. Você pode receber uma avalanche de dados e
informações, mas se não tiver cultivado sua capacidade de atenção não
tem nada a fazer com tudo isso. Mas não só. Além disso é necessário
reforçar nossa capacidade de estabelecer prioridades. A única forma de
utilizar e aproveitar essa avalanche de informação de forma positiva é
ordenando-a, analisando-a e decidindo o que é importante ou não. Em
suma, a chave é: ter capacidade de atenção, estabelecer prioridades e fixar objetivos. Algo assim como administrarmos a nós mesmos, digamos. Ser autônomos.
......Imagine-se isto numa outra dimensão, num contexto muito mais
profissional e mais mediático, mas com uma jovem que, em menina, a par
dos seus irmãos, esteve a cargo de uma mãe com problemas de álcool e
drogas, várias vezes presa, sem possibilidade de lhes proporcionar
estabilidade ou, até, a alimentação suficiente. Simone Biles viveu
consecutivos dias de fome e de medo. Acabaria por ser criada pelos avós.
Já adolescente viria a sofrer agressões sexuais por parte do médico que
acompanhava as atletas americanas e, segundo tem referido, disso
guardou um trauma para o resto da vida, ainda receando que a toquem
mesmo que em actos meramente clínicos.
Simone Biles é mais baixa, muito mais
elástica e forte do que a maioria das mulheres da sua idade. O que ela
faz com o seu corpo desafia as leis da gravidade. Parece levada nos
braços de um anjo.
Horas e horas e
horas de treino, horas e horas e horas de exercício, de busca da
perfeição. Com as câmaras sempre em cima, escrutinada em permanência,
Simone, tal como os desportistas de alta competição, está sujeita a uma
pressão esmagadora. Ela tem que ser a melhor, a superlativa, a ganhadora
de medalhas, a perfeita, o exemplo, a mais resiliente, a mais
inspiradora. Se, por acaso, tiver dias de desconforto, dias de
hesitação, dias de dor física ou de dúvida terá que escondê-los e
ultrapassá-los para que ninguém suspeite de que não é Simone Biles.
As
suas articulações, os seus músculos, os seus ossos e a sua força
anímica têm que estar sempre no máximo para que, nunca, nada falhe, Nos
treinos, Simone corre, salta, eleva-se no ar, rodopia no chão e no ar,
contorce-se, aterra e eleva-se e voa. Horas e horas, dias e dias. E,
pelo meio, entrevistas, sessões fotográficas.
Na sua cabeça, os seus demónios: a
recordação do medo, da angústia e da fome dos tempos em que a mãe se
perdia dos filhos, a par da repulsa e da vontade de esconder a memória
do toque abusivo de Larry Nassar, devassando o seu corpo inocente.
Enquanto
corre para saltar e rodopiar, esses diabos rodeiam Simone. E rodeiam
estes e rodeiam os outros, os diabos menores, os diabos avençados pelos
mercados, pelos investidores, que alertam: se não continuas a ser a
melhor, retiramos-te o tapete, cuidado...
Ao
elevar-se para saltar, agora nos Jogos Olímpicos, Simone perdeu
momentaneamente a consciência de si, deixou de saber onde estava e, em
vez das duas voltas e meia no ar, apenas deu volta e meia. Ao aterrar,
vacilou, estremeceu. Nela, super-mulher, perfeita, isto é estranho. Em
qualquer outra pessoa, em mim, em si, se nos conseguíssemos elevar no ar
meio metro e, ao mesmo tempo, darmos meia volta, certamente ficaríamos
sem saber de que planeta seríamos e cairíamos desamparados, estatelados,
partidos, no chão. Para nós, não para Simone -- que costuma saltar,
voar, encarpar-se, rodopiar, tudo como se fosse um boneco de molas --
que cai sempre de pé, aprumada, elegante e segura.
essa altura, quando, no ar, o corpo
tentou evadir-se da mente, percebeu que, a continuar, poderia
enlouquecer ou cair desamparada, magoando seriamente o seu corpo.
Parou e, corajosamente, explicou o que se passava.
O mundo pasmou com a surpreendente retirada de Simone e com a inesperada confissão. Simone é humana, afinal.
Não sei bem que mundo é este nosso em que se pretende que os bons sejam
muito bons, bons demais, excelsamente bons e em que se desprezam aqueles
a quem os deuses deixam de levar nos braços. Mas sei que Simone Biles, a
gigante, fez mais pelo verdadeiro sentido desportivo e pela necessidade
de acarinharmos a humanidade daqueles que admiramos do que mil
discussões estéreis e mil palavras cheias de lágrimas de crocodilo.
De la película HENRY V, este bellísimo canto que se entona al final de la Batalla de Agincourt:
NON NOBIS DOMINE, DOMINE NON NOBIS DOMINE
SED NOMINI, SED NOMINI, TUO DA GLORIAM.
Fernando Venâncio, no facebook, comenta algo bem interessante que eu sempre percibí muito evidente em Portugal e sempre andive a buscar explicações. Sim há uma paranoia o respeito sobre a sua identidade e lugar na historia.
A PARANÓIA DE PORTUGAL
.
Eduardo Lourenço, sempre lúcido, escreveu (e eu cito dum artigo de Luís Faria, no "Expresso" da semana passada):
«Todos os povos vivem mais ou menos confinados no amor de si próprios. Mas a maneira como os Portugueses se comprazem nessa adoração é verdadeiramente singular».
Não se duvide. Portugal nasceu com uma "missão" para o Mundo. Portugal teve, desde todo o sempre, um "destino". Portugal tinha, à viva força, de aparecer em cena... Ou o Mundo soçobrava.
Uma das características da paranóia é a convicção íntima de que tudo, mas tudo mesmo, tem um sentido. Não foi por acaso que alguém me olhou como olhou. Não foi por acaso que sussurrou uma meia frase. Ou que deixou de fazer isto, aquilo ou aqueloutro.
Assim pensam os ocultistas portugueses, com António Quadros e António Telmo à frente. E dizem-no com todas as letras: o Acaso não existe. A marcha do Mundo esteve condicionada desde a eternidade, e coube a Portugal, sempre, um papel central nisso.
Afonso Henriques esteve destinado a ser rei, Aljubarrota destinada a ser ganha, Alcácer-Quibir destinada à catástrofe. Tudo tem um sentido, tudo esteve desde sempre predestinado.
E tudo isto vende. Oh, se vende! A malta péla-se por forças ocultas, que - tão queridas - nos desculpam alguma falta de vontade, alguma preguiça de tomarmos o tal destino pelos chifres.
Senhores & Amigos: que seja esta a última geração de "condicionados".