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lunes, 20 de noviembre de 2023

Faladoiro ( lugar no que se murmura)


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👄👉Nun pub da costa de Kerry (Irlanda). “Non sei se vou ou veño. 

Que casualidade os irlandeses pelo que se ve também tenhem que escoitar o rimtimtim dos galegos  de que si subimos ou baixamos, de se imos ou vimos etc. será questão cultural?, sem dúvida e as comparações surgem cando são uns os que colocam o marco paradigmático de como há que ser e comportar-se. Cada povo  tem a través dos séculos o seu período de etnoformacão na que se misturam historia, clima, origens, religiões, formas culturais. É assim. 

 

    👄👉 ANA PELETEIRO, É TU EM QUE IDIOMA CRIAS A TUA FILHA?. Esta pergunta impertinente esta-se-lhe a fazer a atleta , medalhista olímpica, que tivo recentemente uma nena. Ela contestou que ese tipo de perguntas, além de absurdas, já  tehem farta. Engadiu  ser  galego falante  e cos seus pais e entorno familiar a sua filha  vai falar galego , ela aprende galego e castelán nos  ámbitos sociais, no jardim de infância e também co seu pai. Ainda que este fala em inglês está a aprender castelhano e por tanto a nena na casa vai escutar tres  idiomas, entre eles o galego. Vamos que a nena  não vai ficar muda e oferta idiomática não llhe vai faltar, pelos vistos.  Embora  é  evidente que a pergunta, não  é inocente,  vai cinguida o facto ou a suspeita de que a nena ainda tão pequena vai dizer as primeiras palavras em galego, cousa que para alguma gente ainda é supressivo e chmativo. Para  algúns é um assunto a pôr em questão, pois o importante e que aprenda o castelhano de primeiras e já aprenderá o galego oficial na escola, ou que mais da. O importante é que se vaia formando já, não vai a ser que ande por ahí adiante soltando "gallegadas" coa sua inocência infantil. 

      Em fim nada que engadir,  fica o testemunho de Ana Peleteiro pra mais uma vez recordarmos  que é uma riqueza lingüística o termos outro idioma e que é fundamental educarnos nel nos primeiros anos. O castelhano vai-no falar a nena sim ou sim, assim que por essa parte que ninguem tenha medo, e favor que o día de manhâ ela agradeçera e ser formada como galego falante. Para deixar o idioma tem tempo se quiser, embora para converter-se em neo-falante, sem necessidades, sempre é mais difícil e require tempo, vontade, etc. 


      👄👉NUM JOGO  DE BALONCESTO INFANTIL ESCOLAR,  UMA EQUIPA GANHOU O OUTRO POR 89 PONTOS CONTRA 6.     Pode que  isto não seja interessante pra moita gente, ou nem um comentario mereza. Não obstante acho que sim o é. Nem importância tem o nome e o lugar de onde são as equipas concretas, cousa que  não recordo , neste caso e o chamativo facto para uma pequena reflexão:

 O  desporto  não professional tem um rol moi imoportante na formação de crianças e ojovens. Não é só uma formação física e de destreza de certas habilidades  despostivas senão também uma formação moral, ética no pessoal  e  um comportamento social em´pático e formado en valores de solidaridade, competição sana, respeito pelos contrarios. 

       Se o treinador destes nenos de once ou doze anos está a berrar  e a motivar o equipo para que fagam pressão no saque de bola no campo contrario e asim anotar pontos e pontos sem dar opção a outra equipa  em chegar o campo do rival. Uns os perdedores tenhem menos preparação  evidentemente, mas estão para competir e aprenderem a jogar  não para serem  humilhados, vexados, rebaixados na sua  autoestima . A ensinanza que recevem os ganhadores  vai ser moi complicada para eses rapazes que  acham que  o objetivo da vida é,  se é possível,  o abuso a arrogância e o desprezo com aqueles que achamos são inferiores. Havera quem diga que isto é desporto , sim mais . Ora sim  mas há que ensinar a ganhar, a perder, a não abusar e a competir como equipa e sofrir cando a competição o exija. 

       Que tipo de treinador, ainda que seja  moi jovem é ou vai ser este. Eis um ponto interessante para ensinança dos jovens, o desporto se não é escola pra vida nem é nada. Senão se trata de conjugar desporto e educação e formação do carater e a vontade , acho que não só e temo perdido, eu iría mais alá e temo negativo para formar um homem, um cidadão. 


 

 

martes, 10 de septiembre de 2019

Não fechamos por férias e já levamos quatro anos navegando. Estamos de aniversário o 17 de setembro.

 

Porque  seja como for, se queira ou não   navegar é preciso .

   O título do post não é mais que uma provocação. Não é este um blogue profissional dos que tenham informação relevante, cativante, insinuante  e que de forma  constante é  periódica estão presentes a chamada dos seus fiéis para dar-lhes o alimento habitual.  Tal vez não seja necessário nomear nenhum, todos sabemos que há muitos e bons. Pelo menos, os que for preciso para as diferentes especializações que vão surgindo nos percursos vitais, seja  qual for a  matéria  a tratar.  Á Rompida anda à solta, trabalha sem programa, à vontade do patrão da barca. Não distingue férias de trabalhos, terças feiras de domingos, tudo é o mesmo.

      Além disso, o  título vem-me sugerido pela leitura de dois blogues amigos e habituais para mim, e recomendados aquí. A sua materia é o mundo jurídico, estou a falar " De la justicia"( https://delajusticia.com/ ) e   "Hay derecho" (https://hayderecho.expansion.com/2019/08/02/cerrado-por-vacaciones/ ). Os dous  anunciam no último post que fecham por férias. Muito bom. 
           Á Rompidadodía, não fecha, obviamente  este não é  um blogue que cumpra as características e as maneiras dos nomeados. E o seu nível de conhecimento pelo público e o interesse dos temas a tratar coloca-nos num patamar muito baixo respeito a outros . Esta humilde nau que navega à solta pelos oceanos internéticos é um batel pequenino que olha para os grandes navios transatlânticos e segue a rumar  de vagar  na noite escura, sem saber muito para onde vai. O bateleiro sou eu, o homem do leme também sou eu, embora  não sei para que é a minha pequena nau,  que missão deve cumprir, não tem um rumo marcado e por vezes fica quieta no meio do mar a desfrutar da estância, gosta de estar, gosta de ser o que é. Ou seja não tem problemas existenciais,  pois não, ainda que  não saiva dizer para que está. Parece complexo, mas é simples. 
   Esta pequena nau, un dezassete de setembro de 2015,  saiu a navegar sem dizer a ninguém a onde ia e que ia fazer, saiu, só saiu e seguiu, vagando pelo mar, sem mais.  O patrão da barca, aquele día, não soube que dizer e hoje depois de catro anos menos um mês, segue a divagar e a falar e a dar voltas arredor de si, mas não diz realmente  o porquê  anda a navegar esta  nau . Ele sabe o porquê, mas gosta de criar mistério, gosta de que sejam os outros os que digam o que quiserem, os que opinem. Assim pois,  não está muito preocupado pelo o que se diga. Sempre teve a ideia de  berrar para  os outros e dizer , olhai  ando neste mar para isto ou aquilo,  mas nunca  este  bateleiro encontrou o momento para dar esa explicação. E se tal vez não houver um porquê?. Ou melhor dito um porquê formal como podia ser algo asim como exprimir que este  blogue vai falar da história dos reis godos, ou vai falar todos os días de química cuántica, ou vai a fazer comentarios da situação política e social etc. É difícil dar un conteúdo formal ou dar uma finalidade clara, quando é tão pessoal. No meu pensamento, o lugar deste blogue, é uma cousa  lá na rede no que vale tudo  em quanto a conteudos a expor. É um incentivo cultural , un lugar de trabalho, um cofre pra gardar recordos, uma forma de recreo particular. Não está feito para alumiar a ninguém, nem têm pretensões de fazer adeptos-seguidores, está feito para mim, ainda que pareça tudo surrealista. Aquí há uma mistura de coisas que não permitem  dar uma sinal clarificadora do que é o que há. É uma loja, humilde,  que tem um pouco de  tudo o quase tudo; é bazar, é mercearia, é tasca e taberna. É uma mistura de cores, de sons. É uma caldeirada de informações variadas e expostas à vontade do  patrão da barca, eu. Mais parece que estiver feito para o consumo proprio que para, o que é normal, o  consumo do público que por acaso aquí chegue e goste. 
      Aquí há relato literario pessoal, muita música do youtube, crítica política e social, retalhos da  historia, curiosidades apanhadas na rede ou nas media. Resumo de livros ou capítulos de livros que  são considerados interesantes, em fim de tudo. Uma mistura entre um falso diario e um caderno de papel no que  se anotam coisas variadas, que um quissera recordar.
     Alias, a posibilidade que hoje temos de, o que antes ficava escrito num caderno num papel de rascunho,  hoje temos o  poder deixar pendurado lá na nube as nossas aficiões literarias o comunicativas. Tudo isto faz  que qualquera tenha a ilusão  e a possibilidade e a tentação de pensar que está a publicar ou a explicar-se para a multidão que está por ahí. Também o  amateur escritor  deseja  que seria muito lindo que os gostos propios pudessem ser aproveitados por outros, por navegantes curiosos que andem a procura de cousas.

 O bateleiro no seu primeiro post pûs o video duma cantante famosa ,  Isabel Pantoja com a canção "hoy quiero confesarme". Não era um tiro errado, tinha muitas intenções. Tinha a intenção de mostrar  vulgaridade, de jogar o despiste. De deijar claro que aquí ia caber de tudo, e que não havía pretensions elitistas. Depois ja cada um ira olhando e vendo, e julgando. Con ese post o patrão da barca dava um sinal de que as publicações iam ser o  capricho e fantasia proprias. Não havia uma exposição de intenções embora a canção elegida fala duma confessão pessoal. E no fundo um esta-se a mostrar o mundo día a día, esta-se a espir diante de todos, o que é uma confessão permanente. Na rede há muito observador a espreitar as ideias e as vidas dos otros, mas ainda que todos podemos ter uma certa vergonha em expor-nos como somos, por outra banda para que está o corpo senão para espir-se e mostrar-se. Assim que ise não deveria ser um problema para quem tem o desejo de escrever e mostrar-se. Cada um é como é.
    Assim chegamos hoje. Depois de quase quatro anos, com mais de 21.223 visitas e 531 entradas. Sei, o que está você a pensar, que o  das visitas e relativo e difícil de evaluar como bem sabemos. Não tem uma importancia significativa, pois uma visita está contabilizada com um simples clik de entrada além das visitas dos robots americanos e rusos  que andam a procura de informação na rede para os seus navegadores. Estou mais orgulhoso das entradas como trabalho e disciplina pessoal, ainda que moitas são feitas a pressa,  moitas con erros, outras só transportan um vídeo  de youtube interesante. Ainda assim, o estar ahí significa um  esforço do mantimento e presência  como se estivessemos a cultivar uma pequena horta.  Gostaria que houvesse mais relato pessoal pois é uma das rações fundamentais da existência do blogue, o motivar-me para escrever. Mas estou contente com todos os diferents conteúdos  do blogue que considero interesantes. Notas soltas, notas de historia, faladoiro, De vez em quando um libro, relato, Quando fui suetonio etc. são títulos de aportações habituais e diferentes formas de poder transmitir algo.  

Podia acabar aqui esta declaração de vontade ou confessões dum bateleiro, de motorista de blogue, embora julgo necessário dar explicações a navegação no que respeita os idiomas, as línguas empregadas. Tal vez não seria necessário, pois o utilizar uma ferramenta linguista não há porque explicar nada. Todas as línguas escritas são modos de exprimir a língua falada e por a qual se entendem os falantes que entendam a mesma. Embora seja evidente o dito, convêm acrescentar que escrevo em espanhol ou castelhano, em Português e em galego normativo.

      Em castelhano, evidente,  pois é a ferramenta que melhor domino. É o idioma de estudo e no que li toda a minha vida. Resulta-me mais fácil escrever em espanhol como é evidente e expresso-me melhor. E a língua que me permite comunicar-me com multitude de falantes e é um regalo ter uma língua assim. 
            Em galego normativo pouco, pois o que pela minha cabeça passa em galego oral e rural, acho que é  mais interessante transcreve-lo em portugués padrão europeu ou no que chamam o portugués da Galiza, ando de margen em margen, sou um verso libre, utilizo as duas ferramentas, cheias de erros, sem dúvida.  Em realidade o meu português e ruim, cativo e escasso. Escrevo em português porque gosto da língua portuguesa como continuação do galego histórico que teve a expansão duma língua normativizada e nacional. Galego e português são troncos da mesa raiz. Não trato de politizar a língua nem estou muito seguro de que seja o melhor para expressar o meu galego a ferramenta do português embora acho que como língua internacional que é o galego no tempo da internet encontra no português um veículo de desprazimentos cómodo e seguro. Aliás considero que para quem como eu não estudou galego e sim português a utilização do português aproximado e cingido o galego da uma ajuda a deturpação desta língua e a enorme perda de palavras continuamente. É uma forma simples de explicar o porquê da minha escrita em português. E assim vai continuado o caminho entre consultas o Priberam e o Estráviz , consulta vai e bem, misturando um bocado de portugués , de galego e do portugués da Galiza.  
      
      Chegados até aqui, pergunto-me, contudo, que necessidade me traz aqui a escrever e difundir coisas que tal vez  nem sequer tenham destinatário e que  mais parecem mensagens nas garrafas que os náufragos antigamente deitavam ao mar. 
E ainda mais tenho provas de que há quem veja o que aqui escrevo o deixo , mas são escassas as provas de que me leiam. Um clique e uma vista de olhos, consta como uma visita, embora não haja constância de que houve uma leitura do texto ou da mensagem mandada.
     E então,  porque escrevo?. Já acima contestei. Porque gosto, e escrevo para conforto e solaz proprio e coa  esperança de que alguém leia esto ou aquelo que eu espalho  à solta aquí. Ainda que só sirva para eu gardar coisas das que gostaria  ter recordos já estaría justificado mas muito mais justificado está quando pensas que alguém pode  partilhar alguma coisa das  variadas que aquí ficam. Este pensamento, da olhada dos visitantes é além de orgulho, uma exigencia para tratar de fazer um certo trabalho que evite a sua fugida e ademáis possa engatar, pescar ou seduzir a algum outro amigo. O facto de querer gostar e seduzir é um acicate para coidar o conteúdo e apresentação. É pois estimulante o desejo de melhorar e pensar que alguém possa aproveitar  isto como um  divertimento e se calhar também como pequeño  alimento espiritual ou intelectual. Quem sabe lá. E em tudo caso sempre fica utilizar a utopía das músicas do Zeca Afonso para fazermos um chamado a multidão para que venham e escutem mais uma vez o o "Venham mais cinco"   ou  o "traz outro amigo também".

       Estou a escrever isto quando o meu neto Xian esta a piques de nascer. Sou confiante em que tudo saia bem en que quando ele chegar tenhamos  un novo companheiro e estímulo para seguir navegando. O seu aniversario vai ser quasecoincidente com o deste blog. Com a sua  chegada nós a sua familia sentimos que o nosso mundo pula e avança e que este blog siga sendo para mim e para quem por cá chegue  o que para ele será uma pelota  colorida de jogos e prazer.  


      



jueves, 28 de marzo de 2024

A identidade Galego-Portuguesa na Idade Media

II.   A identidade compartida na Idade Media duma  nacionalidade galego-portuguesa.      


           Há uma ideia partilhada no estudo da  Idade Media : Há uma  identidade  cultural-política duma nacionalidade galego-portuguesa. Na historiagrafia  española e portuguesa,  nega-se esta existencia. É  evidente para historiografia oficial  que Espanha nasce com os visigodos e Portugal tira dos lusitanos.Uns e os outros ficam de  costas viradas   com a realidade desa identidade galego-portuguesa medieval. Em Portugal esta historiografía oficial  está representada por Matosso que  identifica a origem cultural e medieval portuguesa a partir da Lusitánia. É a tendência maioritaria. Pela banda contraria  Herculano considera  a Galiza como a existencia preexistente do que foi Portugal. Herculano chegará a sintetizar em resposta os origens da formação do reino português : “somos fruto do genio galego”.Este genio galego  abrangia os  habitantes do que hoje chamamos Galiza, e outros territorios da atual Espanha junto com os portugueses de hoje  entre Minho e Douro. Forom os habitantes desa identidade cultural e social galaico-portuguesa quem criou Portugal.
     Para entendermos só um bocado desta ideias, demos uma vista de olhos sobre uma personagem  que sintetiza bem  o momento histórico. Teresa de Portugal, para outros Teresa de Leão, também Teresa da Galiza e a mãe de Afonso Henriques o primeiro rei de Portugal e vencedor na batalha de São Mamede em Guimarães.Teresa naceu em Povoa de Lanhoso, casou com Henrique de Borgonha, era a senhora da Galiza até Coimbra.  Teresa não distinguia terras de origem lusitana de outras de além Minho. Todo era um mesmo magma cultural e social e político no rexime feudal daquela altura controlado ou coordinado dende o Reino de Leão. Poderíamos avançar mais na historia para vermos a evolução da criação do reino de Portual,  o papel da Igreja católica romana e o papel de Cluny abadía protegida por Alfonso VI de Leão o emperador. Todo eso e a separação política dos territorios e o papel da Reconquista contra os mouros,os reis católicos, a batalha de Toro etc.  seríam pontos importantes para fazermo-nos a ideia do que aquí se tenta explicar.




fonte.





martes, 23 de marzo de 2021

O reino de Galiza, ou reino de León, ou astur-leonés. 711-910.

se che preguntan polo "reino astur-leonés" - O REINO DE GALIZA: 711-910

“Reino Asturleonés” é a denominación que a historiografía tradicionalista española emprega para definir o espazo político do reino medieval de Galicia entre os anos 711 e 910.
 
O Reino de Galicia é unha entidade política con continuidade histórica dende o 410, data de creación do reino suevo na provincia romana de Gallaecia, ata o 1486, ano da viaxe dos Reis Católicos a Galicia, que consagra a sumisión do reino a Castela. 

A OCULTACIÓN DO REINO GALEGO 

A confusión ou ocultación da denominación histórica do noroeste da península Ibérica parte da historiografía liberal española do século XIX, iniciándose coa publicación en 1850 da Historia general de España de M. Lafuente, que traduce o termo árabe Jalikiah ou Yilliquiyya, documentado en numerosas fontes escritas musulmás, por Reino de León. Esta denominación musulmá é coincidente cas fontes cristiás da época medieval, galegas e europeas, que identifican claramente a Galicia como a extensa rexión do noroeste da península Ibérica. Así, a causa da ocultación de Galicia, o nome máis coherente coas fontes para a rexión do noroeste peninsular, non é histórica, senon que agocha unha intencionalidade política, pois admitir que os dous núcleos xeográficos e políticos da península Ibérica na Idade Media son Galicia e al-Andalus ou Spania nega a principal premisa da historiografía nacionalista española, coa que debe identificarse o pobo do Estado-nación español: un espíritu nacional, católico e, logo, castelán, que se perpetúa dende a época romana no reino dos visigodos e cuxo testemuño é recollido por Paio en Covadonga, pasado aos monarcas asturianos, leoneses e, logo, casteláns, en continua batalla coa finalidade de unificar España e expulsar ao Islam, acadada cos Reis Católicos. A España centralista do século XIX non podía ter raíces musulmás, nin un pasado que non tendese á unidade da patria baixo unha única Coroa, nin ter a súa orixe nun poder que non fose castelán, moito menos nun poder con centro en Galicia, rexión domada no século XV.

A partir de Lafuente, con gran impulso da xeración do 98, da que é representante Menéndez Pidal, a historiografía tradicionalista española designará con distintas denominacións o que foi a evolución do reino galego, buscando a identificación de España coa Igrexa católica e con Castela.

Así:

- os termos "reino de Asturias" ou "reino asturleonés" úsanse para definir a evolución da Gallaecia entre o ano 711 e o 910.

- "reino de León" sería o reino de Galicia entre o 910 e 1230. Confundindo a sede rexia coa denominación de todo o reino, que seguía a ser Galicia, a historiografía española crea un reino en León cando esta non é máis que cidade cun pequeno territorio adxacente. Dende inicios do século XII comeza a disgregación do reino de Galicia coa independencia de Portugal, a configuración dunha entidade territorial en León e a separación, en 1157, de Galicia e León e Castela e Toledo, reino que fora incorporado a Galicia en 1085.

- "Coroa de Castela" sería todo o espazo cristián do occidente peninsular dende 1230. Nos séculos XIV e XV xa se restrinxe a denominación de Galicia á Galicia nuclear, a correspondente coa provincia lucense romana, que seguirá a ser oficialmente reino ata o 1833.

O REINO DE GALICIA ENTRE 711 - 910  

Así, o reino “asturleonés” corresponderíase co periodo de formación do Reino Medieval de Galicia

A sustitución do poder visigodo polo musulmán en Hispania a partir de 711 non implicou a ocupación islámica de Galicia, pois a aristocracia desta provincia vitiziana sería, xunto coa narbonense, a que solicitou a intervención dos musulmáns no territorio peninsular, coa finalidade de derrotar aos partidarios de Rodrigo no reino de Toledo. Neste espazo do noroeste peninsular, vinculado vasalaticamente ao emirato cordobés, configúrase, dende finais do século VIII, un proxecto de poder centralizador, cun rei á cabeza, apoiado polo episcopado galego, enfrontado á poderosa aristocracia territorial laica da Galicia lucense e bracarense. A creación dunha corte real en Oviedo a finais do século VIII sería unha tarefa apoiada por esta aristocracia eclesiástica, elixindo precisamente Oviedo por tratarse dunha zona libre de señorío, tanto de grandes señores laicos coma de mosteiros. O enfrontamento entre a aristocracia laica e o episcopado, entre os poderes territoriais e os partidarios dunha monarquía, é unha constante neste periodo do reino de Galicia, e nesta dinámica hai que entender as disputas dinásticas e os cambios na relación política con Córdoba.

No espazo galego mantéñense no século VIII as estructuras básicas de encadramento da poboación herdadas da época romana e do reino suevo, as dioceses e sedes episcopais, os territorios señoriais e o monacato, e non se producen despoboacións de territorios, nin sequera coas incursións normandas de finais do século IX. A realeza e o episcopado buscan crear unha igrexa “nacional” para este territorio como medio de afirmación do poder estatal, e nese contexto se enmarca o achádego do sartego do apóstolo Santiago en Compostela en 813 e a adopción do antiadopcionismo como doutrina oficial, para reafirmar a independencia da igrexa de Toledo, durante o reinado de Afonso II (791 – 842).

Estas orixes do reino galego no século VIII foron explicadas pola historiografía tradicionalista española como o resultado da conformación dun núcleo de resistencia nas montañas astures composto por cristiáns que derrotan aos musulmáns na batalla de Covadonga en 718 ou 722, acaudillados por don Pelayo e que, dende alí, vai ocupando territorios. Na actualidade, a propia historiografía española reduce a importancia da suposta batalla de Covadonga, considerándoa mera escaramuza musulmá no norte, e nega a historicidade de Paio como rei ou caudillo, pois a Crónica Mozárabe, escrita en 754, non o cita a el nin á batalla de Covadonga, atribuíndo a súa invención a mozárabes emigrados de al-Andalus na segunda metade do século IX, autores da Crónica de Afonso III. Paio sería un noble territorial máis de Galicia que, na zona de Asturias, decide afirmar a súa autonomía e ampliar os seus dominios, o que o leva ao choque con al-Andalus e con outros señores. A preponderancia nas crónicas concedida a Paio e aos señores territoriais do século VIII na zona asturiana (considerados reis pola historiografía española) sobre os señores galaicos, explícase no marco da elaboración, en tempos de Afonso III (866 – 910), dunha ideoloxía lexitimadora dun poder monárquico que xa pode considerarse estatal.  
 
Os seguintes nomes e cronoloxías corresponden a estes señores territoriais do século VIII, que carecen dun dominio efectivo máis alá do seu territorio patrimonial, e aos reis en Oviedo do século IX.

SEÑORES TERRITORIAIS - S. VIII 

Despois de Paio (711 – 737) e de Fávila (737 – 739), Afonso I (739 – 757) considérase o fundador do reino, nun momento en que os bereberes, sublevados contra Córdoba, abandonan as guarnicións situadas fronte ás montañas do norte. A interpretación tradicional española sinala que Afonso ocupa espazos aos musulmáns e traslada a Asturias á poboación da zona do Douro, creando alí un deserto estratéxico, idea hoxe desbotada que tén a súa orixe na Crónica de Afonso III. Un dos espazos ocupados e repoboados, segundo esta liña historiográfica, sería Galicia, hipótese totalmente descartada pola evidencia arqueolóxica dunha Galicia sen cortes ocupacionais dende a época romana e pola constatación documental do poder dos señores territoriais laicos e do clero galegos, sen mencionar que Galicia non foi ocupada polos musulmáns. Esta conquista de Galicia polos astures e cántabros pode explicarse facendo afirmacións totalmente insostibles historicamente, coma que Galicia é unha rexión pouco romanizada [En MARTÍN, J. L. La España medieval. – páx 75 –] e obviando a importancia económica, política e cultural da Gallaecia baixorromana ou do Reino Suevo de Galicia.

A Afonso sucédeo o seu fillo Froila I (757 – 768), quen, segundo as tradicións da época de Afonso III, continúa a labor repoboadora de seu pai e tén que facer fronte a revoltas dos “galegos”.

Aurelio (768 – 774), Silo (775 – 783), Mauregato (783 – 788) e Vermudo I (788 – 791) son considerados usurpadores polas crónicas dos tempos de Afonso III e monarcas febles pola tradición historiográfica española, quizais pola súa ascendencia galega (da Gallaecia lucense), e o consecuente apoio de señores territoriais lucenses, e pola aproximación política a Córdoba durante esta época. O apoio galego a estes monarcas non impediu as tensións con señores territoriais galegos, mencionadas polas crónicas.

REIS EN OVIEDO - S. IX 

Con Afonso II (792 – 842) consolídase o apoio do episcopado galego á creación dun poder monárquico que trate de englobar Galicia. A creación dunha corte en Oviedo e o reforzamento de Compostela como centro relixioso marcan a xeografía do doble poder: episcopal en Compostela – monárquico en Oviedo.
Durante o seu reinado consolídase a independenza respecto a Córdoba, lograda polas dificultades que vive o emirato coas revoltas muladís de Toledo, Mérida e do val do Ebro, así como pola intervención carolinxia no noreste. A independencia política, o fin do pago de tributos, refórzase coa independencia relixiosa da sede toledana, coa inventio do achádego do sepulcro de Santiago en Compostela e a condena do adopcionismo. Fronte a al-Andalus, a corte galega mantén relacións diplomáticas co Imperio Franco, de onde se adopta o modelo político, aínda que se establecen as normas xurídicas do Liber Iudicium visigodo.
Afonso apoia o monacato como medio de extensión do control territorial da monarquía.

A partir de Ramiro I (842 – 850), que accede ao trono apoiado por poderes territoriais da Galicia lucense, e de cuio reinado hai que destacar a importante actividade edilicia, consolídase o sistema de monarquía hereditaria por línea patrilineal. A Ramiro sucédeo o seu fillo Ordoño I (850 – 866), que repoboa* Astorga, Tui e Amaia. Tras a colaboración inicial con al-Andalus, obrigada polo ataque vikingo de 858, Ordoño apoia as revoltas muladís contra Córdoba.

Afonso III (866 – 910) extende a autoridade real ata o río Mondego, coa restauración de Coimbra, mantendo a aristocracia local o seu poder. Santiago consolídase como centro de poder eclesiástico, coa consagración da catedral en 899. Con respecto a Córdoba, Galicia apoia as revoltas muladís que poñen en cuestión a autoridade emiral.
Con Afonso III pódese falar xa dun estado consolidado – sen que por iso se extingan as resistencias dos poderes territoriais –  que elabora unha ideloxía lexitimadora dese poder monárquico, facéndoo herdeiro do reino visigodo de Toledo, así coma da súa Igrexa*.
No 910, a busca de integración do poder monárquico nos circuitos comerciais da ruta da prata e da vía Braga-Burdeos impulsan o traslado da sede rexia a León, recén fundada sobre o campamento romano, transferindo a esta cidade parte da dignidade episcopal de Astorga.

* 1 Os termos restauración e repoboación dos cronistas non deben entenderse literalmente, senon como a sumisión á autoridade estatal dunha poboación ou territorio.

* 2 Sobrevalorouse o elemento mozárabe deste mito goticista, sen valorar a influencia da idea carolinxia do translatio imperii.

lunes, 6 de junio de 2022

Notas soltas. Um barulho de cousas postas à toa e apanhadas na celeira do blog.

Neste blog há sempre um  post borrador, ainda que  todo o blog pudesse parecer  um borrador. Este post que numca se publica chamo-lhe "a celeira", porque humildemente não chega a ser celeiro. Pois a celeira é  um Celeiro muito pequeno, ao lado da corte, onde se guarda a comida dos animais.  

    Palavras já olvidadas o quase não usadas e novedosas para novas gerações. Como tantas outras ligadas a um idioma desenvolvido no rural agrícola galego que  já não está a mudar, senão que está desaparecido.Porque o que sustentava o seu uso desapareceu. 

      Nesta celeira virtual gardo eu de vez em quando fotos, comentarios, ou cousas curiosas que apanho pela rede principalmente  e rapinho-as pra usarem cando  o tema ou as circunstâncias propiciarem darlhes luz. O caso na realidade é que moitas das cousas alí depositadas com certa ilusão poucas vezes saem do seu esconderijo.  E por um pouco de justiça hoje saem algumas ainda que seja em tropel, pois se até de agora não tenhem encontrado um lugar ajeitadinho pra  calharem e realçarem um post qualquer, hoje constroem elas mesmas o seu post.

      Não esperem tesouros escondidos, joias desconhecidas da internet. Não é todo vulgar e simples, embora tê-las tanto tempo escondidas,  depois de adoptâ-las como amigas,não parece elegante. Pois por isso vou partilhar e se o tempo da adubarei-nas com um pequeno comentário. É o xusto.

Conto o que sei por ter vivido e não  por ouvir dizer.Conto de acontecidos verdadeiros... 

 

 

 

 

Esta primeira imagem  é uma estampa típica da Galiza rural dos anos sesenta e ainda os setenta. Um carro de vacas e uma familia a trabalhar na lavoura, neste caso parece  que estão a fazer a carrexa. Esta consistía em trazer pra eira o que estava nas searas segado, atado em molhose  amontoado em  medouchos que despois co carro de vacas traia-se pra eira onde posteriormente se faria a malha. Esta pode ser  qualquer familia  das moitas que faziam estes trabalhos em Galiza. 

      Esta foto pode pensar-se que  é minha familiar, mais não ainda que poderia ser.  . Tenho-a também colada no blog como um símbolo de indentificação de que das moitas infoluências culturais que a vida me deu, uma delas é  nacer no rural lábrego de familia de aldeia ,  que  tem para mim uma forte influência  igual que outras  moi distintas, na conformação do meu  "eu".  Quase todos, por não dizer todos, os galegos vimos duns antergos e antergas  que passaram a vida turrando dum carro de bois. Sexa pois isso uma pequena simplicação e homenagem antropolóxico-cultural.

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      Este pequeno cartaz sobre o galego e a expansião galega cara o Sur é uma  boa síntese de informação e valorização, sem mitos nem mentiras, do que é o galego e do português. Convêm recordar, mais uma vez, que estes galegos não somos os herdeiros do gentilicio galego hoje, ou seja os que vivemos acima do Minho e Trâs-os- Montes, não estes galegos eram os que vivíam emtre MInho e Douro e incluso até Coimbra os quais com Afonso Henriques comenzaram uma nova historia. Mas eram galegos. Incluso  dize-se que  foi nesse territorio onde nasceu o gentilicio Kalikoi que despois os romanos geneeralizaram como galegos na sua expansão.Seja como for o idioma que eles estenderam  pra baixo era o galego que despois coas suas misturas varias, incluida a  dos muçulmanos, deu como resultado o Português.

 

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   Rosalía é  a manifestação  súbita da historia longiqua duma identidad cultural e nacional de Galiza. E como o fruto da historia do que foi. Sem uma Galiza histórica vital e eal numca houvera habido uma Rosalía de Castro. 

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ImagenFranco e Mussolini. Eles ocuparam um longo momento histórico no que estava a mudar a Europa que rematou na segunda guerra mundial. Uma época de contrastes e roturas sociais inevitáveis. Mussolini que dominou de cabo a rabo Italia não tive o azar de Franco que depois duma guerra encontrou o ar americano e anti-comunista a seu favor. Eso deulhe  folgos pra durar muito tempo sempre coidando a mistura entre a espada e o altar. Como eleito de Deus a Igrexa concede-lhe o privilegio e a imagem pública de entrar nos templos baixo palio. Daquela sim que estava todo atado e bem atado.

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Voltando neste caso o altar, esta imagem  a branco e preto é atual. Da campanha pras eleições andaluzas. A cor, tal vez seja isso, dalhe um ar a Espanha de Franco.

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Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "ADEFONS: PATRIE REX:PATER AFONSOVI Regi Ildefonso Gallitia Afonso VI foi o Rei da Galiza de 1065 a 1072. Em 1088, numa carta remitida ao próprio AfonsoVI, o Papa Urbano II dirige-se a ele como "Regi Ildefonso Gallitia" deixando claro nesse documento a adscrição do seu reino. Mais Info: [1088, Outubro. 10]: Regi Ildefonso Gallitia Mansilla Reoyo Documentaciónpo hasta Inocencio (965 216) Roma: Instituto Español de Estudios Eclesiásticos 1955 Imagem: Miniatura de Afonso VI. Tombo A atedral de Santiago de Compostela ತ್ನ GALIZA HISTORICA"

Saimos à rompida do dia. Som as  oito da manhã quando começamos a subir o caminho da serra, Castinheira em riba já no pleno Larouco . O céu acordou desanuviado. A  esquerda alá pola  banda de Ninhodáguia está  començando a sair o sol. 

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Conto o que sei por ter vivido e não por ouvir dizer.Conto de acontecidos verdadeiros.....Quem não quiser ouvir pode ir embora, minha fala é simples e sem pretensão. ( Jorge Amado)

 

Esta é  uma loja, humilde,  que tem um pouco de  tudo o quase tudo; é bazar, é mercearia, é tasca e taberna. É uma mistura de cores, de sons. É uma caldeirada de informações variadas e expostas à vontade do  patrão da barca, eu. 


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