martes, 10 de septiembre de 2019

Não fechamos por férias e já levamos quatro anos navegando. Estamos de aniversário o 17 de setembro.

 

Porque  seja como for, se queira ou não   navegar é preciso .

   O título do post não é mais que uma provocação. Não é este um blogue profissional dos que tenham informação relevante, cativante, insinuante  e que de forma  constante é  periódica estão presentes a chamada dos seus fiéis para dar-lhes o alimento habitual.  Tal vez não seja necessário nomear nenhum, todos sabemos que há muitos e bons. Pelo menos, os que for preciso para as diferentes especializações que vão surgindo nos percursos vitais, seja  qual for a  matéria  a tratar.  Á Rompida anda à solta, trabalha sem programa, à vontade do patrão da barca. Não distingue férias de trabalhos, terças feiras de domingos, tudo é o mesmo.

      Além disso, o  título vem-me sugerido pela leitura de dois blogues amigos e habituais para mim, e recomendados aquí. A sua materia é o mundo jurídico, estou a falar " De la justicia"( https://delajusticia.com/ ) e   "Hay derecho" (https://hayderecho.expansion.com/2019/08/02/cerrado-por-vacaciones/ ). Os dous  anunciam no último post que fecham por férias. Muito bom. 
           Á Rompidadodía, não fecha, obviamente  este não é  um blogue que cumpra as características e as maneiras dos nomeados. E o seu nível de conhecimento pelo público e o interesse dos temas a tratar coloca-nos num patamar muito baixo respeito a outros . Esta humilde nau que navega à solta pelos oceanos internéticos é um batel pequenino que olha para os grandes navios transatlânticos e segue a rumar  de vagar  na noite escura, sem saber muito para onde vai. O bateleiro sou eu, o homem do leme também sou eu, embora  não sei para que é a minha pequena nau,  que missão deve cumprir, não tem um rumo marcado e por vezes fica quieta no meio do mar a desfrutar da estância, gosta de estar, gosta de ser o que é. Ou seja não tem problemas existenciais,  pois não, ainda que  não saiva dizer para que está. Parece complexo, mas é simples. 
   Esta pequena nau, un dezassete de setembro de 2015,  saiu a navegar sem dizer a ninguém a onde ia e que ia fazer, saiu, só saiu e seguiu, vagando pelo mar, sem mais.  O patrão da barca, aquele día, não soube que dizer e hoje depois de catro anos menos um mês, segue a divagar e a falar e a dar voltas arredor de si, mas não diz realmente  o porquê  anda a navegar esta  nau . Ele sabe o porquê, mas gosta de criar mistério, gosta de que sejam os outros os que digam o que quiserem, os que opinem. Assim pois,  não está muito preocupado pelo o que se diga. Sempre teve a ideia de  berrar para  os outros e dizer , olhai  ando neste mar para isto ou aquilo,  mas nunca  este  bateleiro encontrou o momento para dar esa explicação. E se tal vez não houver um porquê?. Ou melhor dito um porquê formal como podia ser algo asim como exprimir que este  blogue vai falar da história dos reis godos, ou vai falar todos os días de química cuántica, ou vai a fazer comentarios da situação política e social etc. É difícil dar un conteúdo formal ou dar uma finalidade clara, quando é tão pessoal. No meu pensamento, o lugar deste blogue, é uma cousa  lá na rede no que vale tudo  em quanto a conteudos a expor. É um incentivo cultural , un lugar de trabalho, um cofre pra gardar recordos, uma forma de recreo particular. Não está feito para alumiar a ninguém, nem têm pretensões de fazer adeptos-seguidores, está feito para mim, ainda que pareça tudo surrealista. Aquí há uma mistura de coisas que não permitem  dar uma sinal clarificadora do que é o que há. É uma loja, humilde,  que tem um pouco de  tudo o quase tudo; é bazar, é mercearia, é tasca e taberna. É uma mistura de cores, de sons. É uma caldeirada de informações variadas e expostas à vontade do  patrão da barca, eu. Mais parece que estiver feito para o consumo proprio que para, o que é normal, o  consumo do público que por acaso aquí chegue e goste. 
      Aquí há relato literario pessoal, muita música do youtube, crítica política e social, retalhos da  historia, curiosidades apanhadas na rede ou nas media. Resumo de livros ou capítulos de livros que  são considerados interesantes, em fim de tudo. Uma mistura entre um falso diario e um caderno de papel no que  se anotam coisas variadas, que um quissera recordar.
     Alias, a posibilidade que hoje temos de, o que antes ficava escrito num caderno num papel de rascunho,  hoje temos o  poder deixar pendurado lá na nube as nossas aficiões literarias o comunicativas. Tudo isto faz  que qualquera tenha a ilusão  e a possibilidade e a tentação de pensar que está a publicar ou a explicar-se para a multidão que está por ahí. Também o  amateur escritor  deseja  que seria muito lindo que os gostos propios pudessem ser aproveitados por outros, por navegantes curiosos que andem a procura de cousas.

 O bateleiro no seu primeiro post pûs o video duma cantante famosa ,  Isabel Pantoja com a canção "hoy quiero confesarme". Não era um tiro errado, tinha muitas intenções. Tinha a intenção de mostrar  vulgaridade, de jogar o despiste. De deijar claro que aquí ia caber de tudo, e que não havía pretensions elitistas. Depois ja cada um ira olhando e vendo, e julgando. Con ese post o patrão da barca dava um sinal de que as publicações iam ser o  capricho e fantasia proprias. Não havia uma exposição de intenções embora a canção elegida fala duma confessão pessoal. E no fundo um esta-se a mostrar o mundo día a día, esta-se a espir diante de todos, o que é uma confessão permanente. Na rede há muito observador a espreitar as ideias e as vidas dos otros, mas ainda que todos podemos ter uma certa vergonha em expor-nos como somos, por outra banda para que está o corpo senão para espir-se e mostrar-se. Assim que ise não deveria ser um problema para quem tem o desejo de escrever e mostrar-se. Cada um é como é.
    Assim chegamos hoje. Depois de quase quatro anos, com mais de 21.223 visitas e 531 entradas. Sei, o que está você a pensar, que o  das visitas e relativo e difícil de evaluar como bem sabemos. Não tem uma importancia significativa, pois uma visita está contabilizada com um simples clik de entrada além das visitas dos robots americanos e rusos  que andam a procura de informação na rede para os seus navegadores. Estou mais orgulhoso das entradas como trabalho e disciplina pessoal, ainda que moitas são feitas a pressa,  moitas con erros, outras só transportan um vídeo  de youtube interesante. Ainda assim, o estar ahí significa um  esforço do mantimento e presência  como se estivessemos a cultivar uma pequena horta.  Gostaria que houvesse mais relato pessoal pois é uma das rações fundamentais da existência do blogue, o motivar-me para escrever. Mas estou contente com todos os diferents conteúdos  do blogue que considero interesantes. Notas soltas, notas de historia, faladoiro, De vez em quando um libro, relato, Quando fui suetonio etc. são títulos de aportações habituais e diferentes formas de poder transmitir algo.  

Podia acabar aqui esta declaração de vontade ou confessões dum bateleiro, de motorista de blogue, embora julgo necessário dar explicações a navegação no que respeita os idiomas, as línguas empregadas. Tal vez não seria necessário, pois o utilizar uma ferramenta linguista não há porque explicar nada. Todas as línguas escritas são modos de exprimir a língua falada e por a qual se entendem os falantes que entendam a mesma. Embora seja evidente o dito, convêm acrescentar que escrevo em espanhol ou castelhano, em Português e em galego normativo.

      Em castelhano, evidente,  pois é a ferramenta que melhor domino. É o idioma de estudo e no que li toda a minha vida. Resulta-me mais fácil escrever em espanhol como é evidente e expresso-me melhor. E a língua que me permite comunicar-me com multitude de falantes e é um regalo ter uma língua assim. 
            Em galego normativo pouco, pois o que pela minha cabeça passa em galego oral e rural, acho que é  mais interessante transcreve-lo em portugués padrão europeu ou no que chamam o portugués da Galiza, ando de margen em margen, sou um verso libre, utilizo as duas ferramentas, cheias de erros, sem dúvida.  Em realidade o meu português e ruim, cativo e escasso. Escrevo em português porque gosto da língua portuguesa como continuação do galego histórico que teve a expansão duma língua normativizada e nacional. Galego e português são troncos da mesa raiz. Não trato de politizar a língua nem estou muito seguro de que seja o melhor para expressar o meu galego a ferramenta do português embora acho que como língua internacional que é o galego no tempo da internet encontra no português um veículo de desprazimentos cómodo e seguro. Aliás considero que para quem como eu não estudou galego e sim português a utilização do português aproximado e cingido o galego da uma ajuda a deturpação desta língua e a enorme perda de palavras continuamente. É uma forma simples de explicar o porquê da minha escrita em português. E assim vai continuado o caminho entre consultas o Priberam e o Estráviz , consulta vai e bem, misturando um bocado de portugués , de galego e do portugués da Galiza.  
      
      Chegados até aqui, pergunto-me, contudo, que necessidade me traz aqui a escrever e difundir coisas que tal vez  nem sequer tenham destinatário e que  mais parecem mensagens nas garrafas que os náufragos antigamente deitavam ao mar. 
E ainda mais tenho provas de que há quem veja o que aqui escrevo o deixo , mas são escassas as provas de que me leiam. Um clique e uma vista de olhos, consta como uma visita, embora não haja constância de que houve uma leitura do texto ou da mensagem mandada.
     E então,  porque escrevo?. Já acima contestei. Porque gosto, e escrevo para conforto e solaz proprio e coa  esperança de que alguém leia esto ou aquelo que eu espalho  à solta aquí. Ainda que só sirva para eu gardar coisas das que gostaria  ter recordos já estaría justificado mas muito mais justificado está quando pensas que alguém pode  partilhar alguma coisa das  variadas que aquí ficam. Este pensamento, da olhada dos visitantes é além de orgulho, uma exigencia para tratar de fazer um certo trabalho que evite a sua fugida e ademáis possa engatar, pescar ou seduzir a algum outro amigo. O facto de querer gostar e seduzir é um acicate para coidar o conteúdo e apresentação. É pois estimulante o desejo de melhorar e pensar que alguém possa aproveitar  isto como um  divertimento e se calhar também como pequeño  alimento espiritual ou intelectual. Quem sabe lá. E em tudo caso sempre fica utilizar a utopía das músicas do Zeca Afonso para fazermos um chamado a multidão para que venham e escutem mais uma vez o o "Venham mais cinco"   ou  o "traz outro amigo também".

       Estou a escrever isto quando o meu neto Xian esta a piques de nascer. Sou confiante em que tudo saia bem en que quando ele chegar tenhamos  un novo companheiro e estímulo para seguir navegando. O seu aniversario vai ser quasecoincidente com o deste blog. Com a sua  chegada nós a sua familia sentimos que o nosso mundo pula e avança e que este blog siga sendo para mim e para quem por cá chegue  o que para ele será uma pelota  colorida de jogos e prazer.  


      



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