viernes, 5 de septiembre de 2025

“A Casa grande de Romarigães”. ( De vez em quando um livro)

 

         Faz já um tempinho lim com moito agrado o romance de Aquilino Ribeiro “A Casa  grande de Romarigães”. Gostei moito da historia em si, mas também  da  forma increível de narrar de Aquilino Ribeiro.Ainda que o seu português seja  requintado as vezes e sementada a narração  com palavras, locais e rurais,   moi difíciles para um galego, e incluso um português medio de hoje. Estou a falar como um vulgar leitor que não é dado para  fazer, por falta de conhecimentos, crítica literaria.Já outros mais qualificados tenhe-na feito e ninguém nega o nível literario de Aquilino, que fica como um dos mais grandes da literatura portuguesa. 

 Há historias bem contadas, nas que por alguma causa o leitor mistura-se  num halo fantástico provocado por un escritor e então, tudo conflue num disfrute intelectual. Embora, iso ocorre,   algumas vezes e de forma misteriosa surge. Para, surgir,   é precisso se conjugarem ou confluirem  varias circunstâncias, tais como  que o tema a tratar seja estimulante para o leitor; que este esteja em boa  predisposição pra mergulhar-se na historia;  e sem esqucermos, tal vez o mais importante o génio do escritor. Este  na sua forma de narrar vai ser o fermento estimulante da obra . Neste caso lermos o português culto e popular que maneja Aquilino Ribeiro e um prazer.

Eu recomendaria esta obra a qualquera que estivesse disposto a lê-la com calma e carinho . Eu li-na duaz vezes e a sua leitura vai ser  lenta por o já dito do português culto e popular utilizado, mas pracenteira. Também para quem  não  tiver certa familiariedade co idioma,  tal vez se faga um pouco cascuda e dura. No obstante há traducions para o galego e para o espanhol, mas para mim tem um valor a sua leitura no idioma original. 

  Além disto, a recomendação podia ser feita, aunque seja  só por  percorrer uma historia que começa no secúlo XVII e remata lá pelo XIX, e o tempo que narra a vida da casa grande de Romarigães e dos seus diferentes personagens vai  percorrendo a historia de Portugal e de paso de Galiza e Espanha, pois tenhem  moita pressencia a dinastía filipina, a Galiza com laços familiares, a conquista da Guarda e  a comarca do Rosal pelos portugueses na guerra da independência de Portugal da monarquia hispánica, a luta contra os franceses e os aconteceres portugueses do finais do XIX, rematando a familia senhorial protagonista do romance deslocando-se para  Lisboa, ficando a casa baleira e abandonada.

Uma historia da hegemonia das nobrezas e senhorios eclesiásticos e os dominios de ambos sobre a classe labrega rural, todo no norte entre o Minho e o Lima.

Tive o prazer de ir persoalmente a ver a casa grande de Romarigães, pois ainda alí está olhando para os séculos. Uma tapada secular ainda  lhe faz proteção mas já  o abandono e o deterioro é evidente. O mato e o bosque alto  tentam  escondê-la nas brumas  da memória. No obstante despois de tê-la imaginado no próprio magim a beira da leitura, vê-la  frente a frente um sinte algo especial com um chisco de subtil complicidade  o perceber na realidade a fantasia vivida na leitura .

Todo iste preâmbulo  chegou pra dar justificação e entrada a umas notinhas que encontrei por acaso num rascunho feito  à pressa  num caderno olvidado a um tempo que lia por segunda vez  o romance. Pois  bem, assim, de súpeto pareceu-me boa ideia darlhe vida ao pequeno esforço de tomar umas notas  da historia contada e  deijâ-las eiqui. Vamos lá.

O MORGADO: é o neto do padre Cunha. Estamos no 1650. A casa foi criada polo padre  Cunha no 1580, mais ou menos. Recordemos que a dinástia Filipina reina em Portugal a prtir de Felipe II dende 1581 até 1641.

GONÇALO DA CUNHA, e o padre que faz e inicia a vida da casa grande, para o que tem o apoio do Visconde de Vilanova de Cerveira que é o propietário real da casa.

Dom Diogo de Lima, visconde de Vilanova de Cerveira, Pendão e Caldeira, tinha um poder igual a el Rei em quanto a nomear  oficiais em todo o couto de Fraião no que estava a casa. Era este  o fidalgo mais temido entre Douro e Minho.

 senhor  don Baltasar Cavedo de Frois da casa do Freixeiro e primo de Gonçalo Da Cunha.

Alguns topónimos  da zona que são familiares  na historia da casa grande. La Bruja, Rubiães, Portela, Coura, Fraião, Romarigães,Agualonga, Serra da Arga, Nossa Senhora do  Amparo,, Meijoeiro, Sam Paio, Cabraçeo.

1.-Dom Gonçalo Dacunha 1580, padre,  de familia fidalga tem um filho de solteira com Maria Roriga. O filho Domingos Dacunha  nasce no 1610 e morre no 1680, já na dinastia dos Braganças. Domingos o morgado vai  herdar a Casa Grande  e vai a chegr a ser considerado o homem mais rico entre Minho e Lima.

2.-Domingos casa coa sua prima Francisca de Antas de Sam Paio de Agualonga. Pertece a casa de Antas de Fraião e Bustaranga, nobreza minhota (jogo de tronos).  Francisca tem familia na Galiza na casa do Soutomaior. Casam no ano1680 e tenhem cinco filhos  .

3.- Luis de Antas morgado de Domingos Dacunha casa con Joana que era uma freira da familia dos Antas e que está no convento na Guarda na Galiza. Na guerra contra a dinastia filipina conhece-a   na toma da Guarda pelo ejército português. 

 link para ver algo mais. 

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/a-casa-grande-de-romarigaes/  

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/aquilino-ribeiro-2/