jueves, 30 de abril de 2020

A utilização da analogia da luta militar contra o Covid19, e o aplauso ò trabalho das Forças Armadas, indica que és um fascista?




No blog, aspirinaB, a respeito dum comentario de Francico Louça a criticar a utilização da imagem militar na luta contra o Covid 19. 

Um exército não é mau nem bom, depende da comunidade.

 

«Ainda nos vamos arrepender de ter tolerado, alguns com bonomia, a alegoria da ‘guerra’ para descrever a resposta à covid-19. Estava-se a ver que a imagética guerreira se iria espalhar sem amanhã, os governantes adoram imaginar-se como Churchill de charuto ou como Eisenhower na sala dos mapas, com tanques miniatura à voz dos chefes (Schwarzkopf na “Tempestade do Deserto” é um mito mais infeliz, melhor ficar com Eisenhower). O problema é que uma guerra que não é guerra conforta governantes que se pensam como um comando militar, permitindo a ideia de que viveremos em exceção permanente. Não faltarão ministros inebriados pelo silêncio no espaço público ou pela vontade de calar oposições. Há um Orbán escondido em cada esquina do poder.»


Francisco Louçã

*_*

Do que fala o Anacleto? As utilizações da semântica militar são de uso corrente, desde sempre e para todo o sempre, nos discursos medicinais e das políticas de saúde. Acaso os antibióticos e as vacinas não são uns dos melhores recursos que os humanos descobriram para “combater” as doenças? Estamos no reino dos clichés mais estafados – mas precisamente porque são úteis, eficazes, bondosos na sua ênfase retórica. No caso da crise da pandemia de coronavírus e suas consequências patológicas, a COVID-19, alguns dirigentes políticos aplicaram em discursos que se pretendiam institucionalmente fortes termos directamente relacionados com as guerras entre povos e nações. Estavam a recorrer a uma analogia de percepção e entendimento imediato para alertarem e prepararem as sociedades para alterações radicais na economia e estilo de vida que, exactamente, só comparam com situações de guerra militar mesmo que esta crise de saúde e de produção e consumo económicos tenha inúmeras e inevitáveis diferenças. O curioso é constatar que quem tal simetria adoptou nas democracias ocidentais não sofre de tiques ditatoriais nem se lhes conhecem pulsões bélicas. Foram precisamente aqueles que entram nesse retrato perigoso e decadente, como Trump e Bolsonaro, quem disparou na direcção oposta, negando durante meses as evidências que vinham da China e alastravam pelo mundo e preferindo o pensamento mágico e uma ignorância científica que não estará longe de ser criminosa.

O comentário deste comentador profissional (é nessa condição que o faz) é, portanto, absurdo. Não existe qualquer imagética guerreira a espalhar-se seja onde for, especialmente se falarmos da Europa, a não ser nos vulgares discursos mediáticos sobre aqueles que estão “na linha da frente” e a quem se tem reconhecido o justo “heroísmo” com que “lutam” arriscado a sua vida para salvar as nossas. Não existe, e é pena, pois há uma tradição guerreira, que os militares de vocação cultivam, inerente à génese da democracia – portanto, garante da liberdade sobre a qual se erigiu o Estado de direito. A religião e o exército, para um fanático como o Anacleto, podem não passar de excrescências imperialistas que os amanhãs que cantam estão fadados para apagar da História, daí ter carregado de lança em riste contra moinhos. Mas bastaria recordar os inventores atenienses da “política”, recordar Rousseau, recordar o 25 de Abril, para reconhecer que um exército não é mau nem bom, depende. Depende da comunidade.

No vídeo musical à disposição acima, vemos um dos maiores sucessos populares (em visualizações) com cantores portugueses. Os valores de produção da coisa são paupérrimos e a realização é amadora. Contudo, o efeito de mergulho emocional na audiência é imediato e os mecanismos de narrativa presentes (elementos das Forças Armadas Portuguesas, o apoio médico e social à crise, a bandeira nacional, a letra patriótica, a melodia lírica – e os artistas, com a sua semiótica corporal e vocal) despertam um sentimento de ligação colectiva profundamente envolvente. Ninguém de ninguém sai da experiência que o vídeo oferece com vontade de pegar em armas, de culpar chineses ou de abolir direitos cívicos. É precisamente ao contrário, ficamos unidos subjectivamente a qualquer outro ser humano que se encontre a sofrer ou a ajudar quem sofre – independentemente do género, idade, cor da pele, nacionalidade e profissão. Queremos imitá-los, ou saudá-los, agradecer-lhes.

Portugal teve uma guerra colonial que causou milhares de mortos, feridos, mutilados e traumatizados. Quando o regime mudou, esta gente foi alvo de esquecimento, desprezo e mesmo ostracismo. A um sofrimento indizível, o combate onde se pode morrer de um momento para o outro, seguiu-se um sofrimento inefável, a morte lenta na pobreza, na dor e na impotência. A cegueira ideológica à esquerda nunca se preocupou com eles e a cegueira ideológica à direita apenas os explorou oportunisticamente. E, apesar dos pesares, nos militares está depositada a arte da guerra sem a qual não teríamos sobrevivido como espécie e não nos teríamos civilizado.

A cegueira ideológica, ou egocêntrica, é um combustível inesgotável para os nossos comentadores profissionais.

reis
Mas bastaria recordar os inventores atenienses da “política”, recordar Rousseau, recordar o 25 de Abril, para reconhecer que um exército não é mau nem bom, depende. Depende da comunidade.
Explêndido texto , concordo de princípio a fim .
Há quem ainda não evolucionou dos clichés estereotipados de leninistas e imperialistas. O mundo é amplo, pula e afortunadamente muda tanto nas pessoas como nas opiniões. O problema da olhada de Louça tem o seu paradigma na Espanha, na que , por causas varias, muitos ainda misturam alhos com bugalhos o falarem de uniformados.

lunes, 20 de abril de 2020

La Democracia no está hecha para chiquilladas. Presidente Roosevelt, discurso de Investidura, 4 de Marzo de 1933.


Presidente Hoover, Sr. Presidente del Tribunal Supremo, mis amigos:

Este es un día de consagración nacional. Y estoy seguro de que, en este día, mis conciudadanos estadounidenses esperan que, cuando llegue a la Presidencia, los aborde con franqueza y con una decisión que impulse la situación actual de nuestro pueblo. Este es preeminentemente el momento de decir la verdad, toda la verdad, franca y audazmente. Tampoco debemos evitar las condiciones que enfrentamos honestamente en nuestro país hoy. Esta gran nación perdurará como ha aguantado, revivirá y prosperará.

Entonces, antes que nada, permítanme afirmar mi firme creencia de que lo único que debemos temer es el miedo en sí mismo: un terror sin nombre, irracional e injustificado que paraliza los esfuerzos necesarios para convertir la retirada en un avance. En cada hora oscura de nuestra vida nacional, un liderazgo de franqueza y vigor se ha encontrado con ese entendimiento y apoyo de la gente misma, lo cual es esencial para la victoria. Y estoy convencido de que nuevamente brindará ese apoyo al liderazgo en estos días críticos.

Con tal espíritu de mi parte y de los suyos, enfrentamos nuestras dificultades comunes. Se refieren, gracias a Dios, solo a las cosas materiales. Los valores se han reducido a niveles fantásticos; los impuestos han aumentado; nuestra capacidad de pago ha disminuido; El gobierno de todo tipo se enfrenta a una seria reducción de los ingresos; los medios de intercambio están congelados en las corrientes comerciales; las hojas marchitas de la empresa industrial yacen a cada lado; los agricultores no encuentran mercados para sus productos; y los ahorros de muchos años en miles de familias se han ido.

Más importante aún, una gran cantidad de ciudadanos desempleados se enfrentan al sombrío problema de la existencia, y un número igualmente grande trabaja con poco retorno. Solo un tonto optimista puede negar las oscuras realidades del momento.

Y, sin embargo, nuestra angustia proviene de la falta de sustancia. No nos afecta ninguna plaga de langostas. En comparación con los peligros que nuestros antepasados ​​conquistaron porque creían y no tenían miedo, todavía tenemos mucho por lo que estar agradecidos. La naturaleza todavía ofrece su generosidad y los esfuerzos humanos la han multiplicado. Mucho está a la vuelta de la esquina, pero un uso generoso de él languidece a la vista del suministro. Principalmente esto se debe a que los gobernantes del intercambio de bienes de la humanidad han fracasado, por su propia terquedad y su propia incompetencia, han admitido su fracaso y han abdicado. Las prácticas de los cambiadores de dinero sin escrúpulos son acusadas en el tribunal de la opinión pública, rechazadas por los corazones y las mentes de los hombres.

Es cierto que lo han intentado, pero sus esfuerzos se han basado en el patrón de una tradición pasada de moda. Ante el fracaso del crédito, solo han propuesto el préstamo de más dinero. Despojados del atractivo de las ganancias para inducir a nuestra gente a seguir su falso liderazgo, han recurrido a exhortaciones, pidiendo con lágrimas en los ojos la restauración de la confianza. Solo conocen las reglas de una generación de buscadores de sí mismos. No tienen visión, y cuando no hay visión, la gente perece.

Sí, los cambistas han huido de sus altos asientos en el templo de nuestra civilización. Ahora podemos restaurar ese templo a las antiguas verdades. La medida de la restauración radica en la medida en que aplicamos valores sociales más nobles que el mero beneficio monetario.

La felicidad no radica en la mera posesión de dinero; reside en la alegría del logro, en la emoción del esfuerzo creativo. La alegría y el estímulo moral del trabajo ya no deben olvidarse en la loca persecución de las ganancias evanescentes. Estos días oscuros, mis amigos, valdrán todo lo que nos cuestan si nos enseñan que nuestro verdadero destino no es ser ministrado sino ministrarnos a nosotros mismos y a nuestros semejantes.

El reconocimiento de la falsedad de la riqueza material como el estándar de éxito va de la mano con el abandono de la falsa creencia de que el cargo público y la alta posición política deben ser valorados solo por los estándares de orgullo de lugar y beneficio personal; y debe haber un final para una conducta en la banca y en los negocios que con demasiada frecuencia le ha dado a un sagrado fideicomiso la semejanza de las malas y egoístas irregularidades. No es de extrañar que la confianza languidezca, porque prospera solo en la honestidad, en el honor, en lo sagrado de las obligaciones, en la protección fiel y en el desempeño desinteresado; sin ellos no puede vivir.

Sin embargo, la restauración no requiere solo cambios en la ética. Esta nación está pidiendo acción, y acción ahora.

Nuestra principal tarea principal es poner a las personas a trabajar. Este no es un problema sin solución si lo enfrentamos sabia y valientemente. Puede lograrse en parte mediante el reclutamiento directo del propio gobierno, tratando la tarea como trataríamos la emergencia de una guerra, pero al mismo tiempo, a través de este empleo, logrando proyectos muy necesarios para estimular y reorganizar el uso de nuestro gran recursos naturales.

De la mano de eso, debemos reconocer con franqueza el desequilibrio de la población en nuestros centros industriales y, al participar a escala nacional en una redistribución, esforzarnos por proporcionar un mejor uso de la tierra para los que mejor se adaptan a la tierra. Sí, la tarea puede ser ayudada por esfuerzos definidos para elevar los valores de los productos agrícolas y con esto el poder de comprar la producción de nuestras ciudades. Se puede ayudar evitando de manera realista la tragedia de la pérdida creciente a través de la ejecución hipotecaria de nuestras pequeñas casas y nuestras granjas. Puede ser ayudado por la insistencia de que el gobierno federal, el estado y los gobiernos locales actúen de inmediato en la demanda de que su costo se reduzca drásticamente. Puede ser ayudado por la unificación de las actividades de socorro que a menudo son dispersas, antieconómicas, desiguales. Puede ser ayudado por la planificación nacional y la supervisión de todas las formas de transporte y de comunicaciones y otros servicios públicos que tienen un carácter definitivamente público. Hay muchas formas en que se puede ayudar, pero nunca se puede ayudar simplemente hablando de ello. Debemos actuar Debemos actuar rápidamente.

Y finalmente, en nuestro progreso hacia la reanudación del trabajo, requerimos dos salvaguardas contra el regreso de los males del viejo orden; debe haber una estricta supervisión de todos los bancos y créditos e inversiones; debe haber un fin a la especulación con el dinero de otras personas, y debe preverse una moneda adecuada pero sólida.

Estas, mis amigos, son las líneas de ataque. En este momento instaré a un nuevo Congreso en sesión especial medidas detalladas para su cumplimiento, y buscaré la asistencia inmediata de los 48 Estados.

A través de este programa de acción, nos dirigimos a poner en orden nuestra propia casa nacional y hacer que el balance de ingresos salga adelante. Nuestras relaciones comerciales internacionales, aunque muy importantes, son en el tiempo y la necesidad secundarias al establecimiento de una economía nacional sólida. Como política práctica, estoy a favor de poner primero lo primero. No escatimaré esfuerzos para restablecer el comercio mundial mediante el reajuste económico internacional, pero la emergencia en el país no puede esperar ese logro.

El pensamiento básico que guía estos medios específicos de recuperación nacional no es estrictamente nacionalista. Es la insistencia, como primera consideración, en la interdependencia de los diversos elementos en todas partes de los Estados Unidos de América: un reconocimiento de la antigua y permanentemente importante manifestación del espíritu estadounidense del pionero. Es el camino a la recuperación. Es el camino inmediato. Es la garantía más fuerte de que la recuperación perdurará.

En el campo de la política mundial, dedicaría esta nación a la política del buen vecino, el vecino que se respeta a sí mismo y, porque lo hace, respeta los derechos de los demás, el vecino que respeta sus obligaciones y respeta la santidad. de sus acuerdos en y con un mundo de vecinos.

Si leo el temperamento de nuestra gente correctamente, ahora nos damos cuenta como nunca antes nos habíamos dado cuenta de nuestra interdependencia mutua; que no solo podemos tomar, sino que también debemos dar; que si queremos avanzar, debemos movernos como un ejército entrenado y leal dispuesto a sacrificarnos por el bien de una disciplina común, porque sin tal disciplina no se puede avanzar, no se hace efectivo el liderazgo. Estamos, lo sé, listos y dispuestos a someter nuestras vidas y nuestra propiedad a tal disciplina, porque hace posible un liderazgo que apunta al bien mayor. Me propongo ofrecer esto, prometiendo que los propósitos más grandes nos obligarán, nos obligarán a todos como una obligación sagrada con una unidad de deber hasta ahora evocada solo en tiempos de luchas armadas.

Con esta promesa tomada, asumo sin dudar el liderazgo de este gran ejército de nuestro pueblo dedicado a un ataque disciplinado a nuestros problemas comunes.

La acción en esta imagen, la acción para este fin es factible bajo la forma de gobierno que hemos heredado de nuestros antepasados. Nuestra Constitución es tan simple, tan práctica que siempre es posible satisfacer necesidades extraordinarias mediante cambios en el énfasis y la disposición sin perder la forma esencial. Es por eso que nuestro sistema constitucional ha demostrado ser el mecanismo político más duradero que el mundo moderno haya visto. Se ha enfrentado a todas las tensiones de la vasta expansión del territorio, de las guerras extranjeras, de las amargas luchas internas, de las relaciones mundiales.

Y es de esperar que el equilibrio normal de la autoridad ejecutiva y legislativa sea totalmente adecuado para cumplir con la tarea sin precedentes que tenemos ante nosotros. Pero puede ser que una demanda sin precedentes y la necesidad de una acción no aplazada pueda requerir una salida temporal de ese equilibrio normal del procedimiento público.

Estoy preparado bajo mi deber constitucional de recomendar las medidas que una nación afectada en medio de un mundo afectado puede requerir. Estas medidas, u otras medidas que el Congreso pueda construir a partir de su experiencia y sabiduría, buscaré, dentro de mi autoridad constitucional, llevar a una pronta adopción.

Pero en el caso de que el Congreso no tome uno de estos dos cursos, en caso de que la emergencia nacional siga siendo crítica, no evadiré el curso claro del deber que me confrontará. Solicitaré al Congreso el único instrumento restante para enfrentar la crisis: un poder ejecutivo amplio para librar una guerra contra la emergencia, tan grande como el poder que me darían si de hecho nos invadiera un enemigo extranjero.

Por la confianza depositada en mí, devolveré el coraje y la devoción que corresponda al tiempo. No puedo hacer menos.

Enfrentamos los arduos días que nos esperan en el cálido coraje de la unidad nacional; con la clara conciencia de buscar valores morales antiguos y preciosos; con la clara satisfacción que proviene del severo desempeño del deber por parte de viejos y jóvenes por igual. Apuntamos a garantizar una vida nacional redondeada y permanente.

No desconfiamos del futuro de la democracia esencial. El pueblo de los Estados Unidos no ha fallado. En su necesidad, han registrado un mandato que desean una acción directa y vigorosa. Han pedido disciplina y dirección bajo liderazgo. Me han hecho el instrumento actual de sus deseos. En el espíritu del regalo lo tomo.

En esta dedicación de una nación, humildemente pedimos la bendición de Dios. Que Él proteja a todos y cada uno de nosotros. Que Él me guíe en los próximos días.

Presidente Franklin D. Roosevelt - 4 de marzo de 1933
«Our greatest primary task is to put people to work. This is no unsolvable problem if we face it wisely and courageously. It can be accomplished in part by direct recruiting by the Government itself, treating the task as we would treat the emergency of a war, but at the same time, through this employment, accomplishing greatly needed projects to stimulate and reorganize the use of our great natural resources.
[...]
If I read the temper of our people correctly, we now realize as we have never realized before our interdependence on each other; that we can not merely take but we must give as well; that if we are to go forward, we must move as a trained and loyal army willing to sacrifice for the good of a common discipline, because without such discipline no progress can be made, no leadership becomes effective. We are, I know, ready and willing to submit our lives and our property to such discipline, because it makes possible a leadership which aims at the larger good. This I propose to offer, pledging that the larger purposes will bind upon us, bind upon us all as a sacred obligation with a unity of duty hitherto evoked only in times of armed strife.
[...]
But in the event that the Congress shall fail to take one of these two courses, in the event that the national emergency is still critical, I shall not evade the clear course of duty that will then confront me. I shall ask the Congress for the one remaining instrument to meet the crisis - broad Executive power to wage a war against the emergency, as great as the power that would be given to me if we were in fact invaded by a foreign foe.
For the trust reposed in me, I will return the courage and the devotion that befit the time. I can do no less.
We face the arduous days that lie before us in the warm courage of national unity; with the clear consciousness of seeking old and precious moral values; with the clean satisfaction that comes from the stern performance of duty by old and young alike. We aim at the assurance of a rounded, a permanent national life.

We do not distrust the future of essential democracy. The people of the United States have not failed. In their need they have registered a mandate that they want direct, vigorous action. They have asked for discipline and direction under leadership. They have made me the present instrument of their wishes. In the spirit of the gift I take it.»

De vez em quando um livro: VOU COMTAR-TE UM SEGREDO


RETALHOS DO LIVRO DA MARGARIDA REBELO PINTO .
VOU COMTAR-TE UM SEGREDO


Últimamente têm passado muitos anos.

Como sou um rapariga normal, hoje sai da casa e apeteceu-me comprar um peixe. 
Do que eu precisava mesmo era de um bicho  pacato que fosse barato e desse pouco trabalho. Com que eu pudesse desabafar as minhas mágoas e me olhasse com complacência e solidaridade, sem , no entanto, precisar de pronunciar uma única palavra. Que me desse cor e movimento à vida e até quem sabe, algum conforto, mas que não deixasse a tampa do retrete para  cima, pêlos da barba no lavatorio e meias sujas enroladas  como bichos.
Se calhar tambem me deu para comprar o peixe, que é onde ele está.

Mas sem amor , sem esse fogo que arde sem se ver, sem essa ferida que dói e não se sente, que sabor tem a vida, reduzida  ao papel de jornal que se lê todas as manhãs para fingir que até nos interessamos pelo que se passa no mundo ?

Achem-me romântica, exagerada, adolescente tardia, infantil, o que quisserem.
Tudo isto para encontrar o meu príncipe encantado, que deixava pêlos da barba no lavatório e as meias enroladas como bichos de conta   ao pé da cama.

 Mas   a vida atropela-nos de súbito e quando damos por isso, já mudou tudo. Olhamos para tras, percebemos que se fechou um ciclo e que nada será como dantes.

Chumbado duaz vezes o latím por causa dela. Ela era uma grande seca. …é que mesmo sem teres ido naquela tarde ao são Carlos, não deixaste de entrar na  minha vida.

Que raio terás tu visto em mim,que não sou alto nem bonito. Que tenho um aparelho nos dentes e trabalho mais do que Deus manda.?

sábado, 18 de abril de 2020

De vez em quando un livro : Galicia una nación entre dos mundos. R.Villarres.

 Leyendo  a Ramón Villares, “Galicia una nación entre dos mundos”,libro divulgativo que da un repaso general  a ese conglomerado de factores históricos que confluyen en la etnoformación de Galicia como sujeto cultural histórico, que Villares define como nación etnocultural.Escrito en castellano para un público general que se quiera acercar a descubrir como es Galicia como tierra donde viven los gallegos. 



     En la mitad del libro para definir un poco las idas y venidas sobre la nación etnocultural, la poca representación político-nacional y los diferentes avatares dice  Villares:
    “una persona nacida en Galicia o de ascendientes emigrados a tantos países del planeta, puede considerarse o definirse como gallega plena, con la misma contundencia que sus antepasados podrían hacerlo sin haberse movido de su aldea. Esta percepción puede basarse en su  matriz antropológica y cultural, en su imagen o cliché construido desde fuera o en tantas otras formas de manifestar una cosmovisión  propia, sin tener que apelar a una memoria histórica colectiva o poseer una conciencia política nacional. Esta persona puede ser reconocida a través de hábitos aparentemente elementales, pero profundamente interiorizados desde un punto de vista civilizatorio, COMO SON LA RELACION CON LA NATURALEZA, LAS FORMAS DE MESA QUE FOMENTAN UNA SOCIABILIDAD BASADA EN EL CONVIVIO FAMILIAR Y COMUNITARIO, EN LA POSESIÓN DE UNALENGUA PROPIA Y , SI TODO ESO FALLARA, EN SU INEVITABLE ACENTO      que  cierto canon centrípeto ha descubierto como heterodoxo. Esa persona puede sentirse perteneciente a su  país, por muy lejos que se encuentre y por diferente que haya sido la razón de su lejanía, por motivos económicos o debido a la emigración cualificada, llamada ahora brain migration. 

viernes, 17 de abril de 2020

A teoria da conspiração e o Coronavirus.

                    
Foto.    Rua medieval. Allariz ( Ourense). Lugar de cristãos, conversos e judeus.

Gosto dos thrillers  no cinema. Gostei de Homeland a longa serie sobre actividades da Cia em varias partes do mundo. Em Homeland mostra-se um mundo de misteriosas circunstâncias de tramas e  actuações dos serviços secretos na guerra silênciosa que disputam as grandes nações, já seja a favor ou em contra dos Estados Unidos. Os plantexamentos dos factos e onde se desenvolvem aparescem baseados em acontecimentos que foram reais. Na guerra contra o Irão, Alemanha, israel, Irak, Afganistão etc. A presentação dos factos tem uma presentação de realidade e credibilidade, tanto nas pessoas como na ambientação dos países. Despois  a imaginação do cinema  resolve de muitas maneiras a trama e sempre há superheróis, é cinema. Ja sei que a resolução do conflicto  é falsa, que os guionistas  fazem e desfazem e que matam quando eles querem  e morre quem eles querem também. Na vida ordinaria não é assim. Embora gosto, e gostamos, ainda que so seja  pelos planos da presentação dos problemas. Em Homeland a Cia resolve e anda em problemas que são reais no mundo, embora são resolvidos duma maneira fantástica. 
      A teoría da conspiração pode ser algo assim.Presentam-se situações, circunstâncias, todas certas, mas deixa se cair sobre elas um mistério de um algo que move tudo e que os normais não vemos. O predicador da teoría, saca conclusões, por vezes sazona, aduba, condimenta  o que sabe com algo entre inventado ou mau de comprovar, ou que de forma natural ocorriu ese dia. E tira concluões, ou deixa que o lector ou o escutante decida despois de dar dados e cifras encadeadas umas nas outras que acabam por concluir, olhe você, aquí está, fica esclarecido, branco e em botelha, leite. Mas sempre há algum paso ou varios que são mentiras, ou meias verdades, ou geralmente será impósivel comprobâ-lo. Tal vez simplesmente o presentador desconfia ou cita factos e  circunstâncias ocorridos, que parecem demostrar algo, mas que nunca são concluintes. Se fosem certos todos os factos ou a relação entre eles fosse real, então calhava a cousa, paresce que estamos a demostrar os porqués da teoria.
       A teoria da conspirção gosta porque junta  o desejo é o misterio e tudo tem um clima de suspense. Embora fica tudo no ar, na alimentação da imaginação, e num  ruxe, ruxe de "quem sabe"; "si, tal vez, algum dia  saberá-se a verdade", mentras tanto a suspeita foi criada, ainda que fosse de boa intenção. O caso é que os mortais que andamos  de pé, todos nós, sempre entramos e  quedamos coa mesma  face de  parvo, paspão ou  papa-moscas, vítimas de vendedores de fumo ou fala-baratos, normalmente  sem mala intenção e  que a maioria das vezes só trasladam e adubam um bocado  de  algo que ouviram de outros e istes de outros. A teoría da conspiração converte-se já em meia verdade quando  está feita por um "intelectual" sisudo ou exposta em jornal considerado serio. Paresce que estamos ante um ensaio, e aí já só nos queda dizer, amén. Seguiremos a ser uns papa-moscas, isso sim,  intelectuais porque citamos a científicos ou escritores que sabem de tudo.
       A teoría da conspiraçao atrai, engancha, tanto ou mais cos thrillers. No thriller há suspense policial ou de terror que provoca sensações fortes. Na teoria da conspiração também além de ser nos os conhecedores de respostas que a maioria  da gente  nom tem , respostas nossas nas que joga um papel  fundamental a nossa imaginação. Se as premisas, os factos sobre os que se constroi a teoria são fakes que apanhamos nas redes sociais, então já podemos tirar consecuências. Anónimos enfoscados no escuro das redes esparcem espalham esterco quem sempre pode haver  alguém que  o apanhe como linda fror.  Embora seguimos escutando  lendo coisas coa esperança de que não sempre  tudo é teoria da conspiração , e que algo haverá de certo. No fundo gostamos da emoção de descubrirmos  os poderes ocultos que  sempre achamos existem movidos por umas maus poderosas que movem os fios do mundo. Se nos fazemos a descoberta do Santo Grial, revolveremos tudas as andrómenas que nos revoltam.
      Que podemos decir das teorias do 11-S nos USA, das teorias do 11-M em Espanha no atentado terrorista dos comboios, do assasinato do Almirante Carrero Blanco no ano 1973  em Espanha. Por citar algumas. Tenho lido, escutado muito o respeito, mas o final fico sempre desencatado, embora desfrute do suspense e da sensação que me produz os plantexamentos e o encadeamento dos  factos. Em nengum caso, encontrei respostas. Sempre ficava uma duvida ainda que o plantexamento dos factos parecia indubitadamente  ter a solução que se queria ver. Muitas vezes há uma intencionalidade  política que sem querer faz creer o narrador no que está a dizer com tal de danar os rivais políticos. Em tudos os casos esta-se a buscar uma resposta no poder, já seja  nos estados, nos servizos secretos, ou nuns poderes económicos organizados. Secretos que ninguém conhece. 
      Ninguém estamos livres de ser víctimas ou transmisores. Eu não estou livre de tal . Gosto de thrillers. Ainda de tudo o dito, sei que serei un enfermizo transmisor, ainda que  cada vez tenho mais e mais prudência. E sei que devemos seguir vigiantes, eles andam por toda parte. Sempre andiveram.Então se você lêe o poema do "Mio Cid", que conclusão pode tirar, senão a de que um juglar propagandista do personaje creou umas falsedades históricas tão grandes como a Catedral de Santiago. Sim, mas porque interessou a alguns "historiadores", ou fabricantes de mentiras, esa fonte histórica, falsa, foi utilizada para fazerem um relato da historia de Castilla, e mito duma Espanha inventada, todo falso. Ou que dizer de Don Pelaio e Covadonga. Neste caso sería eu acusado de utilizar a teoria da conspiração contra a historia  narrada. Mas penso que não é disso do que falamos, isso pertenceria a outro  apartado do que algum dia trataremos. 
      Tudo  o dito ,  foi  a modo  de  presentação,  para dentro das minhas contrariedades,  dar publicidade, é crítica,  a um texto de José Goubão, colado a continuação.O autor da datas, factos, reuniões que querem fazer vêr que o Coronavirus foi provocado por umas maus invisivéis, neste caso, económicas , para obterem lucros e actuar sobre o sistema económico do mundo. Invito a lerem o texto, um bocado longo, mas ainda que não  acredito nos seus resultados, está fundamentado en dados para que o lector faça o que quiser com eles. Despois de lê-lo com interesse, só me quedou  pensar que quem  sabe senã será certo. Ainda que, mais uma vez,  tive que recorrer a teoria da conspiração para defender-me, e pensar como galego, as bruxas não existem mas......
      
(Este texto  tenta estar  escrito em galego internacional , seguindo a norma do dicionário Estraviz.)
     
      

Un mensaje de confianza