viernes, 29 de julio de 2022
miércoles, 27 de julio de 2022
Umas achegas de linguística.
Andam estes días alguns nas redes a falar de que o ñ, pertence o galego tradicional e medieval, assim pois se justifica que o galego escrita na grafia espanhola está fundamentado na tradição e os que utilizam a grafia portuguesa são uns ideolóxicos deturpadores do idioma, ou algo assim. E incluso ponhem o exemplo de que Castelao escrivia como ñ. Pequeno argumentario linguístico e ise e pena utilizar a Castelao pra isto. Castelao foi um homem do seu tempo igual que Rosalía do seu, e cada caso há que mirâ-lo cos óculos do tempo histórico de cada um. E ahí quedam já as explicações dadas.
Pois bem, o respeito, traem a conto um documento medieval do burgo de Castro Caldelas no qual malamente se ve como a palavra senhor está escrita como "señor". Já está, matei uma mosca e já me chamam matamoscas. Um bocado de rigor e de paso honestidade inteletual numca vem de mais. Não vou argumentar mais porque não vale a pena, creio que o melhor argumento e o apanhado no twiter onde o twiteiro "cascarelo", retranqueiro professional, cita que Karta está escrita con K. Assim pois o linguagem dos okupas que enchem e tizanam as paredes com moitas "K" pode ser argumento de investigação para que no castelhano e no galego se utilice a K, mais a miudo, vamos que sustituia a "c" porque pelos vistos a c é uma deturpação da historia linguistica do galego.
É como um mantra bem estendido asociarem escrita em galego com grafía portuguesa com independentismo, esquerda radical e antiespanholismo.Na TVG não lhes gusta que haja quem possa pensar que estão a fazer proselitismo de tanta mistura de "tolémias". E nesta polémica, que como bem dizia uma persoa, acabara por aparecer um amanhado historiador da linguística a dizer-nos que o ñ nasceu no medievo na Galiza e daquí passou o espanhol. Tal vez seja moito esticar a corda, mas ò tempo, todo é posível. O galego pode ser todo independente que se queira, mas está agora tremendamente contaminado por palavaras castelhanas e expresões gramaticais, e ainda que queira ser moi independente a sua cerne e raiz e o galego-português. Quer se queira quer não quem procure orixens e palavras perdidas terá que ir o Português a recuperâ-las e não a Salamanca ou Palencia. A honestidade intelectual e o bem moi importante pra tudo e também pra sermos sinceiros coa memoria da nossa lingua. Tudo o demais e fume de caroço e política rasteira. Para amarmos a lingua galega temos de liberar-nos de prexuizos ideológicos e tendeciais, que o único que fazem e magoar e niste caso afundir algo tão universal e bem a conservar como é a lingua coa sua memória .
Aquí alguém que sabe mais que um da uns dados sobre o lh e o nh no galego histórico e medieval que podem pechar uma falsa polémica.