jueves, 10 de agosto de 2023

Nin atraso, nin illamento: así era Galicia antes da romanización. Unha visita o Castro de San cibrão de Las.

 Barrio oeste Las lado sur.JPG

"Galicia sempre navegou nas marxes do mundo, vestida con este traxe da fin da terra. Aínda non foi quen de sacar o dengue do illamento e a camisa do atraso. Pero aos poucos, vaise espindo de tópicos. Non. Galicia non é a fin do mundo. Xa era o centro mesmo antes de ser Gallaecia. O noroeste funcionaba como unha rótula cultural, articulación entre o mundo atlántico e o mediterráneo. Un pobo entre dous mundos. Os galaicos que habitaban o castro da Lanzada estaban a catro días de navegación de Cádiz e a outros catro de Cardiff. Era máis doado ir de Sanxenxo a Andalucía que a Madrid. Alá vai o mantelo: nin illamento, nin atraso, nin economía de subsistencia. «Esas influencias que chegan primeiro do norte e logo do sur conflúen aquí e dan lugar a que se desenvolva unha cultura máis avanzada do que pensabamos» en contacto directo con altas culturas, como o mundo púnico, «que teñen moita influencia no desenvolvemento dunha expresión cultural propia como é o mundo dos castros»".

Fonte da cita, La voz de Galicia.  

    Ia falar simplemente duma visita recente, ainda não fai moito tempo,  o Castro de San Cibrao de Lás, nos concelhos de Punxim e San Amaro, na comarca e bisbarra do Carbalhinho. No meio disso encontrei-me con esta cita da "Voz", na que me gustou por sintetizar e expressar moi bem o que eu queria expressar despois da minha visita. 

      Em primeiro de todo recomendo e mais ainda aconselho a tomarem como obriga o irem  o Castro de San Cibrao. Creio que qualquer galego com uma cultura mínima, ou qualquer cidadão que tenha posibilidade,  seja de onde for, não deveria de adiar esta visita, se for posível. A entrada é gratis, de graça como diriam os nossos galegos do sul, além Minho. Por outro lado o castro  está situado num enclave moi bem situado em quanto a facilidade para  achegar-se pois fica  moi perto, a vinte kilómetros,  da cidade de Ourense,  por ponher um claro referente. 

      Já no castro  encontramo-nos com um bem aproveitado e apresentado centro de interpretação atendido dum persoal jovem, moi preparado,  que fai de tudo uma  agradável visita. Alí naquela mestura da grande história duma cidade castrexa cuns jovens galegos a explicarem e a saberem tanto e bem dessa história, sente-se o peso vivo duma identidade cultural e política que e um dos alicerces da etnoformação da futura Gallaecia e do Reino da Galiza. Bem gastos estão os cartos que aquí se hajam invertido, o pôr em valor esta história fai parte da propia conciencia e autoestima como povo.

        A citânia de Briteiros em Braga que recentemente visitei seja tal vez o povoado galaico mais grande, mehlhor conservado e que  reflicte a estarmos alí a imagem das costumes usos e cultura do povo dos galaicos que alí habitavam. É sem duvida uma visita interessantísima e gratificante. 

         Poucas diferenças se podem encontrar entre uma e outra. Em troques o que sim clarifica e uma mesma cultura occidental  no noroeste peninsular atlántico. É racha o mito de que por este lares não havia nada antes de chegar os romanos. Havía e moito e moita cultura já avançada e en nada isolada.

      Em resumo tanto na visita a San Cibrãao de Lás, como a Briterios, como a Santa Tegra etc.  tomados como grandes reagrupamentos de população que vivía na altura da cultura dos castros, tiramos varias conclusões.

       Galiza, a Galiza histórica que abrange tanto a hoje Galiza norte além do Minho, como a Galiza Sur dende o Minho até o Douro, está enchida de citânias e castros. E a região da Península com mais vestigios de cultura prerromana, salientando por exemplo a diferençã com o que hoje e Castilla-León que  não tem apenas restos de cultura prerománica. 

       Destaca sobremaneira a elevada cultura destes galaicos que ainda não tiveram contacto com Roma, que supostamente trouxe-lhes todos os conhecimentos e que eles ainda viviam em culturas prehistóricas. Sempre temos vulgarmente o conhecimento de que antes de Roma aquí vivia-se nas covas de Altamira. Despois de estas visitas e bem distinta a imagem que percebemos dos nossos antepasados. A tendência a sincretizar a historia, cousa evidente na historiografía feita para nós os vulgares, produz em nós uma memoría cativa de sobrevalorar por vezes os mitos imperiais das grandes conquistas e a influência de determinados personaxes para explicarmos os movementos sociais e as culturas dos pobos case sempre feitas por pobo chan coas élites locais. Os romanos trouxerom moita tecnologia nova, moita organização social, novas arquitecturas e a influência dum imperio que percorría oriente e occidente, innegável. 

      Mas os galaicos neste caso, ou outros povos indígenas dum territorio, não tinham nada que oferecer, tudo é novo em eles a partires, neste caso, da conquista romana?.  A resposta e simples, os romanos vinham a buscar as materias primas e a explotar o territorio, de não haver nada que apanhar por cá, iriam-se pronto,  como fizerom nas ilhas británicas num momento determinado. Encontrarom uma cultura, umas riquezas e uma organização social que supo mergulhar-se nos adiantos que os romanos traziam, e dando um salto na história inaugurar uma nova época mais romanizada que foi a organização política da Gallaecia.