lunes, 27 de diciembre de 2021

O asassinato do chofer da "Línea". (I)

       OURENSE | Page 260 | Skyscraper City Forum

      

                           Matarom o chófer.

                      Baltar 1965

Ouvi uns estralos fortes, tal vez dous,  uns estalidos secos.  Seríam tiros? 

Seríam, se cadra, a verdade,  eu numca ouvira algo assim.  Um som na quietude da noite,  que estreme-ce o corpo dum rapacinho de nove anos que vem da taberna da Senhora Herminia de ir a buscar, por urgência , uma cuartilha de vinho.  Aquel son vinha na direção das minhas costas, da rua que vai pro Eiró, pela zona da casa grande que chamabam de Don Leopoldo,  na que vive de aluguer o Carlos o chófer da línea”. Eu  estaria coma cem  metros de onde saiu o estrondo feito pela detonação. Tremim  coma  uma vara verde,  e votei a correr cuartilha em mau, pela rua da Adreira em baixo  até chegar  o patio da nossa casa. Subim as escaleiras, de pedra, da casa  a toda  carreira. Cheguei o  comedor  no que estavam ceando o meu pai e os seus invitados. Dez  labradores que aquel dia andiveram fazendo-nos o carreto da lenha. Dez carros de lenha de carvalho que o meu pai andivera a procurar na  Serra do Larouco  lá pelo  lugar que chamam   Rei-de-Miro.  Estavam todos moi animados e contentos, falavam en tom moi alto e baralhavam.  A boa ceia que lhes fizera a minha nai,  o sopor daquela noite quente e vadia, junto do  cansaço do dia, o caso é que deram conta de todo o vinho que havia previsto  na casa pra este jantar.  Essa foi a causa da minha saida tão tardía pra taberna, pois a senhora Herminia ainda acostumava a ter aberto numa noite assim de verão. Eu era a o maior dos irmaus e por tanto devia ser o mais  responsável deles, o que me obrigava a estar  acostumado os mandados e as ajudas pra  casa. A misão encomendada era moi importante e fora-me recomendado que a fixera com rapidez e com segurança, não fora a cair coa  cuartilha de vidro no chão, no medio da rua. Aqueles homens não podíam quedar sem vinho  pra arrancadeira, que é cando sem querer caem ainda  uns  quantos copos demais.

      Cheguei, co afogo proprio da pressa e do medo, poussei a tão apreciada mercancia e sem mais encaminhei-me pro comedor.Tentei dirixir-me  aquel barulheiro parlamento tronitruante, e coa voz  abafada dixem-lhes olhando para todos:       

           -  Algo passou. Ouvim um son moi forte perto do Eiró, coma se fosse um tiro. Algo passou onda casa de don Leopoldo. Eu votei a correr, asustei-me. Pareceu-me ouvir um tiro o algo parecido.

     Mas, pelos vistos,  não supe fazer-me ouvir.  Alguém me ouviu mas não lhe deu importancia, aqueles bêbedos estavam noutro  situados noutro patamar. A palavra dum rapaz não tinha daquela moita relevancia. Eles não ouviram nada, evidentemente, pois com aquela barafunda alí não houverão ouvido nem  um bombardeio. Eu fseguia asustado e intrigado pelo que ouvira e como é natural fui buscar acougo entre a mina nai que  me prestou mais atenção que os outros, mas estava moi ocupada em que tudo fosse um bom convivío para agradecer a disponibilidade daqueles vecinhos.  Ela ouviu-me e deu-me as minhas atenções, mas  ahi ficou todo. 

      Passáriam, nem escasos  cinco minutos  quando lá chegar a casa berrando,  com lamentos e choros, a senhora Eulogia. 

          - Onde está o Pepe, ay  Deus nos valia. Matarom o Carlos o chofer da Línea. 

      A senhora Eulogia era tía do Pepe Celeiro, da familia dos celeiros,  um dos carreteiros que nos acompanha. Ela e vivia  em familia com ele a a sua esposa, alí  perto de nós e entre nós e a casa de don Leopoldo . Evidentemente aquel som no meio da  noite chamou a sua atenção  e sairam a mirar que era o que passava.  

      As palavras da senhora Eulogia paralizarom o auditorio dos carreteiros.  Um silêncio apoderou-se do comedor. Um silêncio moi breve, pois de repente,  todos a vez, comenzaram falar em voz alta e a proferir  frases soltas inátendiveis, misturadas com blasfémias e palavras de indignação. E como se tivessem a obriga de vingar ou solucionar uma conducta indecente.Figerom ademan de se  levantarem como pra sair diretos o enfrontamento cos assassinos.Embora não sei que prudência ou medo lhes entrou que ficaram na estância.Tal vez lhes entrara a lucidez de pensarem que os tales assassinos não ficariam alí esperando à descoverta que viera qualquera.   

      Eu naquel instante  comprendi que fora testigo de algo importante e não queria deixar  escapar a minha oportunidade de aproveitar o protagonismo que da ser testemunha directo de algo tão interesante. Já me vía o centro das escoitas nas pandilhas, na turma e ainda na propia casa. Ninguém ia poder contar nada como o que eu vivim.  Não o  pensei duaz vezes, aproveitei aquela barafunda de duvidosos e  prudentes, saim correndo da estancia para chegar  antes que ninguém o lugar dos feitos, a   casa de Don Leopoldo que era onde vivía o Carlos. A curiosidade pudo em mim sobre o medo e só recordo que subim por as escaleiras de fora que conduce a uma varanda que remata num pequeno corredor.Havia  pouca luz na varanda ainda que a corredor e a estância estavam bem iluminadas. Alí naquel intre não vi a ninguém, ouviam-se choros e frases no interior, cando eu cheguei a porta da entrada  e ali no chão estava morto, o chófer da línea.   O Carlos estava imóbil, boca arriba cos olhos abertos olhando para o infinito e um relogio roto no pulso. Lá dentro estariam a sua joven mulher e um meninho de apenas tres anos. Juntos vinham de dar o seu paseio habitual das noites do verão.

 Tivem sempre essa imagem na minha vida.  Recordo que alguém me votou de alí e marchei correndo de novo para a casa, e contei-lhe os meus pais que eu o vira tirado no chão, e estava boca arriba. De noite em sonhos comencei a berrar num ataque de ansiedade e recordo o meu pai calmando-me  e espertando-me daquel mal sono. 

        Esta historia é real, ainda que pudesse parezer fantástica. Era lá pelo 1965. O Carlos era  uma pessoa joven, que aparecerá fazia pouco tempo no pobo como chófer da Línea do Auto Industrial.  Era o chofer da Línea. Era assim como chamava-mos o transporte coletivo da Empresa "Auto Industrial" que fazia o trajecto de Baltar até Ourense por Celanova. A Línea saia de Baltar as sete da manhá e voltaba a Baltar as oito da tarde ou noite. Já fosse Verão, já fosse inverno isse era o seu horário. 

      Quem pudo e porqué fazer tal cousa, alí diante da mulher e o filho ainda pequenote, num povo tranquilo onde passavam moi poucas cousas? No día seguinte só se falava da morte do Carlos por um tiro de escopeta. Eu ouvia aqui e ali, e ia fazendo o meu reportagem mental. Em conclusão, dos ditos que iam de esquina em esquina, eu tirei  a historia de  que dous homens portugueses, ou tal vez um só,  de Padornelo ou Sendim apostados no combarro que está o frente da casa de don Leopoldo dispararam-lhe o chofer e matarono. Dizem que foi por um assunto de cartos de contrabando. Que o chofer utilizava a Línea para levar contrabando variado até Ourense. Dizíam que ele ja fazia temo que não lhe pagara o valor do suministrado o seu provedor de Portugal.  Alguém já os vira discutir por este assunto e que a actitude do chofer era arrogante co português, incluso dando a entender que não lhe ia pagar ou que nada lhe devia. Que alguém aquela noite despois de ouvir os tiros vira como dos homens fuxiam aproveitando a noite caminho da  serra coa intenção provável de acadar  fronteira quanto antes. 

      Tudo eram informações apanhadas por un rapacinho, eu,  moito desperto e que gostava ja de aquela de historias de intriga e trhiller. E neste caso sentia-se protagonista da historia, pois ele foi un dos primerinhos que viu o morto e ainda mais estava moi perto do momento que aqueles homens do outro lado da raia dispararam a arma ou as armas. 

            ....... continuará.   

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martes, 21 de diciembre de 2021

AVE, AVE, AVE MARIA.

DESPUES DE MUCHOS AÑOS, EL AVE HA LLEGADO A GALICIA. DE MOMENTO HASTA OURENSE, QUE QUEDA A DOS HORA Y CUARTO DE MADRID. 

      Una magnífica noticia de la que nos alegramos mucho. Lástima que no se haya visto completado con el plan de llegar hasta Ourense mismo, soterrado y con una nueva estación que urbanizaria una parte de la ciudad, cambiándole la cara. Ahora llega a  Taboadela, muy cerca, falta por completar la vía hasta  la ciudad. El plan era magnífico, incluso Foster diseño  una estación muy bonita y allá se llevó la pasta del trabajo del proyecto que nunca se hará. Cambiaron los tiempos económicos, vino la crisis, y los polítiocos catalanes, muy preocupados de como se gasta el dinero en España, se preguntaban en público de porqué el AVE a Galicia. Bueno, puede que tengan su punto de razón en el sentido  en la ratio del excesivo gasto y el número de habitantes a los que va a dar servicio, ese era su razonamiento. El caso es que el AVE no es sólo para Galicia, pasa por Castilla y León y comunica o vertebra territorios que necesitan impulso y  modernización. Y como dijo el Presidente es tan necesario para España como para Galicia.  Eso ya son políticas públicas.  

La expresividad de la foto nos deja con la duda de si irán las dos o cuatro horas  los cuatro juntos, de que hablarán, especialmente el Rey y Yolanda Díaz. Me imagino a Feijoo sacando temas banales hciendo de intermediario y realzando los mangíficos paisajes que van a ver, especialmene al entrar en Galicia.  Si fuese la época del Rey Campechano estaba claro que él llevaría la batuta de la conversación  y la cosa iría entre jocosa y normal. En este caso, queda la duda.

domingo, 19 de diciembre de 2021

Galego.

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"O Reino da Galiza desaparece así da historiografía espanhola por unha cuestión política no empenho por eliminar a súa existencia da memoria, co apoio da Igrexa que desenvolve un papel ideoloxizador para utilizarse coma instrumento político", sinala o historiador López Carreira

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Arrastrado hasta que se me vean los huesos por hablar en gallego

viernes, 17 de diciembre de 2021

O ofício de deturpar o relato.

     


 Andando pola rua, nesta  manhã fría com  mestura de néboa e giada , adianto a dous homens, já  maduros pela  sua aparência. Vão ,com fatos deportivos , em animada conversação  depois de dar uma caminhada manhaneira. O seu tono de voz é o suficintemente alto para eu ouvir a sua conversa,  no pouco tempo que me da o ir diante deles  e  com dissimulação  para que eles não notarem o meu interesse no que estão a dizer. 

      Falão em castelhano com forte sotaque do  castelhano  ourensám.  "Es que esto se está poniendo muy mal, " "Es que ayer sabes lo que dicen que dijo la ministra de trabajo en el Congreso. Le dijo a Vox que ellos nunca gobernarían y que si llegan a gobernar iban a tener las calles llenas de gente". O outro parecia  apanhar o mensaxe,  mas nem dixo nada. No entanto  o tema  parecia estava  aberto e a sua conversa  parecia seguir co mesmo guião. E eu só puidem , de forma disimulada, escutar esta parte tão sustanciosa do  relato. O meu talento e habilidade como espia já não me dava pra mais.

      Senti pena. Tal vez não seja tão  importante , ou podemos vê-lo como habitual, que o é. Mas não me gusta viver num pais enchido de sectarismo. O corpo daba-me para deter-me e dizer-lhe: o desculpe,  senhor, mas ouvi o debate o que está  a referir-se, embora o relato  acho está um bocado ou um moito deturpado.  Pois ela, a ministra,  pareceu-me que dixo, depois de expôr pontos do programa económico e social de Vox: "   Con este  programa si vds. gobiernan si que  tendran manifestaciones en la calle". No contexto tanto da pergunta como da resposta en ningúm momento se deu a impressão que estava a ouvir que a ministra fixera uma exaltação a revolução e a toma das ruas pelas masas proletarias. Ela estava a dizer que naquel programa, que exhibia e lia  varias vezes, era tão lesivo para os dereitos laborais dos trabalhadores que  não poderiam  impedir as manifestações na rua dos trabalhadores. Na prensa, especialmente de dereitas, nada se dixo o respeito de esa intencionalidade sobre as palavras de Iolanda Díaz em resposta a Macarena Olona de Vox. E já  seria raro que não fosse manchete  (ou titular) de varios jornais, radios e televisões.

     O relato, trasladado mal de forma intencionada, ou mal compreendido, foi , a sua vez, divulgado até chegar a este homem que a sua vez probablemente deulhe um embrulho sectario que ele a sua vez estava lançando qual bola de neve. Uma mentira , um fake, sim. Embora  um monte  mais de falsos mitos, têm a inteção de forma sucinta  de fazerem  acreditar     que neste momento há umas forças organizadas que não permitirian governar a dereita se ganha-se as eleções. Salvando as distancias  ( que são moitas)  parece uma analogia daquelas divulgacións , lendas e relatos que se foram fazendo antes do 1936, de que  estava-se a organizar  um contrapoder dictatorial  ruso-comunista para governar Espanha.   Relato utilizado naquela altura, para xustificarem uma sublevação contra a República, e que durante muitos anos foi a explicação mais resumida do porqué daquela guerrra. Lendo hoje entre outros a Angel Viñas demostra documentalmente a falsedade, mas foi uma mensagem que calhaou moitos anos na população em geral, sem mais. 

      E difícil ser objectivo ou quase imposível ser objectivo no relato  de contar a historia. Mas, ainda que não seja posivel, acho que sim pode ser  intentar não deturpar a mensagem, sermos honestos simplesmente nos factos  além de ideologias, ou maneiras  diferentes de vermos a realidade.

     Seremos capazes, oh que lindo sería. 

 

 P.S.    22-12-2017. 

     Esto pasou quince días despois da controversia do relato anterior. No Parlamento Macarena Olona voltou a pedir contas pois não quedou contenta ou mais bem , a juzgar pelo tono um pouco adoecida. 

    

La portavoz adjunta de Vox, Macarena Olona, ha interpelado este miércoles a la vicepresidenta segunda, Yolanda Díaz, de la que ha dicho que "hay que ser muy fea para atreverse a amenazar a millones de españoles en el templo de la palabra", para amenazar: "Cuando Vox gobierne, sus perros rabiosos, los sindicatos de clase, no van a recibir ni un solo euro de financiación pública. Y cuando Vox gobierne y al frente del Ministerio del Interior esté una persona de ley y orden, nuestros agentes podrán actuar con absoluta libertad y criterios operativos sin injerencia política".

Olona ha llevado a la sesión de control en el Congreso una copia del documento de Vox Agenda España, con una "dedicatoria personal" para la también ministra de Trabajo, que ha leído en el Hemiciclo: "Para Yoli, que aspiró a lideresa mundial y no pasó de Fashionaria. Que la Agenda España, el programa de Vox, sea el recuerdo permanente de su traición a la clase obrera española. Con cariño, Maca, que cada miércoles disfruta despojándole del falso hábito que muestra y enseñándole la fealdad que esconde".

La vicepresidenta segunda ha respondido en su turno: "La política no es esto que usted hace aquí. La política no consiste en insultar ni difamar al adversario. La política es algo noble. Deberían aprender de la lección de Chile: las mentiras y el odio tienen las patas muy cortas".

Como ya hiciera la semana pasada, Díaz ha desgranado parte del programa de Vox y ha mencionado tres medidas, la 26, la 33 y la 70. "Proponen levantar un muro en Ceuta y Melilla. Proponen salir del espacio Schengen, que es como salir de la UE. Y quieren derogar la Ley de Violencia de Género", ha apuntado. Y ha añadido: "No solo eso, en plena pandemia quieren salir de la OMS".

"Los españoles tienen derecho a saber lo que defienden", ha replicado. "Su intervención ha sido muy clara, pero España es mejor de lo que ustedes proponen".

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martes, 14 de diciembre de 2021

Notas soltas.

     


       Leo una entrevista al nuevo jefe del PSG, o Psoe gallego, Valentín Formoso, que  cuenta como al óido Touriño le dijo que  debía tener dos líneas prevalentes en su liderazgo del partido:  El galleguismo y dar importancia a la relación con el Norte de Portugal. 

     Que buenos consejos le dan. Sin duda, fundamentales para un futuro y un progreso político y económico de Galicia. Sin duda Touriño es de las personas más preparadas para conocer y profundizar en el intramundo socio-político de Galicia. Como diría un portugués, aunque sea anglicismo, "deu na mouche".


   Leo a Puigcercós entrevistado por Sostres en el ABC. Interesante entrevista del antiguo y brillante dirigente de ERC. Entre otras cosas y en titular dice que ni la CUP se cree lo de que volverán a intentarlo. Se refiere a la declaración unilateral de independencia. Eso dicho por un independentista es bastante clarificador.

     En un momento de la entrevista le preguntan por Sánchez.En su respuesta,   me  ha gustado mucho el análisis que hace sobre Zapatero y Sánchez. Especialmente Sánchez.  Como coincido con su análisis me doy el autopego de decir que vengo diciendo eso mismo desde que apareció  la figura de Sánchez. Aunque  en un principio fué niguneado y combatido por tierra mar, aire y prensa, siemre me pareció que en él se atisbaban unas condiciones suficientes para ser un buen gobernante. Creo que tenía la calma y el cinismo necesario para conciliar  las muchas diferencias de su partido  con personalidad y mando. No olvidemos que casi todos le estaba en contra, incluídos los  pesos pesados del partido como  Vara,Page,  Bono, Felipe etc. le atizaban todo lo que no está escrito. Pues bien,  el hombre se puso, hizo un gobierno y de coalición. Y  sin venganzas los ha traído a todos al redil , o al  pesebre.  Pues bien,  Puigcercós dice  que Zapatero de cándido que era , al final parecía frívolo. Sánchez es otra cosa dice : Es Rubalcabismo,puro  Sistema, Estado. Maniobrero, educado pero con jugarreta por debajo. Añade Puigcercos que quién frena a a Zapatero en Cataluña, es Rubalcaba. 

      Un poco se me antoja que Puigcercós  no quería realmente la independencia y un tipo como Zapatero que le facilitara las cosas, tampoco le interesaba. Me recuerda cuando en la vida de Bryan el vendedor del mercado no le vende el producto a Bryan porque no le regatea, él no estaba preparado para vender así, sin más. A Puigcercós le  atraía en frente un  peso pesado, un hueso duro de roer que se lo pusiese difícil o imposible y mantenerse como el guerrero mantenedor del fuego sagrado de la lucha. Algo de esto si que hay en esta visión del mundo independentista.  

               Este texto.    Tive a ajuda do

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lunes, 13 de diciembre de 2021

Recordarán tu nombre. De Lorenzo Silva. (De vez em quando um livro)

   Guerra Civil, Tercera Vía, Catalunya, Barcelona

   Como casí siempre ocurre, por un acaso,  me encontré la publicidad del  último libro del escritor,  famoso, Lorenzo Silva. Especialmente me gustó su video de promoción en la Televisión Andaluza, que dejo pegado al final  del post. Viendo alguna sinopsis y sus entrevistas me  entré el gusto de lanzarme a una lectura del libro. Como el tema me atrae o me apasiona aveces, me entró en ansia de entregarme a su lectura. 

      Una vez finalizada esta, en un santiamén para lo lento que soy, me es grato poder divulgar que ha valido la pena. Que disfruté, aprendí y gocé con el libro. Este  está trabajado, documentado y magníficamente relatado, de tal forma que ni te enteras de  su lectura al meterte en el intenso mundo de la preguerra y el fatídico trienio guerra-civilista. No había leído a Silva, pero tengo que reconocer que su reconocimiento  público como escritor de éxito no es gratuito, está bien  ganado.  En esta obra se muestra como un escritor con mayúsculas.

      Andava y ando estos días y anteriores con temas de la guerra civil. De forma circunstancial me envolví en el asunto por la búsqueda de antecedentes del familiar de un amigo del que conserva ciertas relaciones con la falange en Ourense en el período de represión. No encontré de momento nada, pero el hecho de empezar a meterme en materia me ha hecho más fácil leer más libros y empaparme más del ambiente. Aunque uno cree que sabe mucho del tema, del que tal vez más se haya escrito, pues no es así. Esta puesta a punto, en la madurez, de lo que fué la España del XIX mitad del XX me  está ayudando más que nunca a intentar comprender más la situación de la época, los motivos, las causas, intentar ser un poco objetivo etc. Este libro es una reflexión equilibrada contra  mitos y relatos tendenciosos. Es más que nada una reflexión profunda desde  los orígenes del escritor, la guerra de África y el dilema ético ante la sublevación ante la República de un militar con mucho honor y dignidad.

     Tengo que añadir que realmente a partir de vídeos y lecturas sobre el desastre de Anual me metí un poco en el tema de la guerra colonical en el Rif. De ese tema si que tocaba de oído y realmente no sabía nada. Es  muy  importante empezar por ahí, porque de ahí surge todo lo demás. La guerra en Africa nos trajo mucha desgracia. Nos trajo a un Ejército africanista que después fué el Ejército que se subleva. Nos trajo muerte y desgracias para el pueblo que pagaba con la vida de sus hijos un servicio militar largo e injusto, pues sólo los pobres iban a la guerra. Nos trajo una dictadura y la caída de una monarquía de un Rey que estaba inmbuido en esa guerra. 

       la novela empieza y termina casi con la misma escena.

Goded  acaba de llegar de Mallorca para hacerse cargo de la sublevación de Cataluña desde Barcelona, llama dos veces a Aranguren para cominarle e influenciarle para que se una con toda la Guardia Civil de Cataluña a la Sublevación. Aranguren contesta al telefóno delante del Director de Seguridad de la Generalitat de quién depende funcionalmente, otro militar el Capitán de Caballería Escofet. Aranguren le dice a Goded ante la amenaza de este de fusilamiento que si le fusilan habrán fusilado a un militar que ha cumplido con su deber; por el contrario si le fusilan a él será un militar sublevado contra el Gobierno. De forma paralela, Silva nos va a hablar de sus abuelos. Uno por influencia de Goded, que es su Teniente Coronel,  en el Rif se hará militar; el otro, conoce en Alhucemas a Aranguren y más tarde como polícia en Madrid  está a las órdenes de Aranguren que es jefe de la Policía en Madrid. Este nexo es el que conduce a narrar la historia desde la guerra colonial en Marruecos hasta la sublevación que termina primero con el sufilamiento de Goded y más tarde con la entrada de los "nacionales! en Barcelona, con el fusilamiento de Aranguren.


     Pues bien, como ya hemos dicho, Silva arranca para hablar de la vida de Aranguren y la guerra civil, de Anual, Desembarco de Alhucemas, en fin la desgraciada  guerra colonial con el Rif que tantos males trajo. Todo se inicia en África y sus abuelos participantes en esa guerra conocen a los principales actores de la novela (Franco, Goded, San jurjo, el propio Aranguren, Pozas, Varela etc. etc. ). Ese vínculo de la historia de sus abuelos es la historia de la España de a pie que malvive y sufre aquellos acontecimientos. Su vida es consecuencia de todos aquellos avatares que culminan en Barcelona con la heróica actuación de Aranguren con la Guardia Civil, el fusilamiento del General Goded ante el fracaso de la sublevación. Después vendrá el dominio de las masas anarquistas y revolucionarias de la gestión del ejército de la República que abocan a un fracaso anunciado como así fué. Con este fracaso llegó el juicio y fusilamiento de Aranguren. 

      Triste el papel de aquellos militares que permaneciendo fieles a la República se encontraron con la mala gestión, falta de autoridad,  anarquismo y desorganización, viéndose frustrados o ninguneados. La derrota estaba cantada y el gran misterio es como tardó tanto en terminar aquél infierno de tres años de lucha fratricida.  

 Algunos párrafos del libro. 

Africanistas. Batet. 

.....Durante la investigación que se llevó a cabo acerca del derrumbamiento de la comandancia de Melilla en 1912 y los desastres de Anual y Monte Arruit, dirigida por el general Picasso como fiscal instructor, un muy reputado coronel, Domingo Batet, héroe conderocado de la guerra de Cuba, se despachaba en crudos términos respecto de Franco en uno de los informes elevados a sus superior, luego oportunamente desaparecido, pero conservado por la familia en vesión manuscrita y recuperado en fin por su biógrafo, el monje de Monserrat e historiador Hilari Raguer: " El Comandante Franco, del Teercio, tan traído y llevado por su valor, tiene poco de militar, no siente satisfación de estar con sus soldados, pues se pasó cuatro meses en la plaza para curarse enfermedad voluntaria, que muy bien pudiera haberlo hecho en el campo, explotando vergonzosa y desacaradamente una enfermedad que no le impedía estar todo el día en bares y círculos. Oficial como este, que pide la Laureada y no se le concede, donde con tanta facilidad se ha dado, porque sólo realizó el cumplimiento de su deber, ya está militarmente calificado". 
     No es el único retrato demoledor que ofrece Batet de aquella oficialidad tan glorificada por periodistas afectos, y políticamente utilizada para mantener el cuestionable sacrificio de la guerra africana: 
     "Algunos oficiales del Tercio y de Regulares se sienten valientes a fuerza de morfina, cocaína y alcohol; se baten, sobre todo los primeros, en camelo: mucha teatralidad, muhco poderar los hechos y mucho echarse para atrás la desbandada cuando encuentra verdadera resitencia. El teatro payaso Millán Astray, que tiembla cuando oye el silbido de las balas ( el coronel Serrano Orive del 60 y el general don Fedeerico Berenguer pueden dar fe de ello, si quieren estar bien con su honor y su conciencia) y rehuye su puesto y explota de la manera más inicua una herida que en cualqueir otro habría sido leve y, por condescendencia de un médico, llega a ser grave y le cuesta al Estado 9.135.000pesetas. El comandante Sánchez Recio puede hablar de esto, pues fue testigo presencial de escenas verdaderamente cómicas". 
      Tampoco es  muy halagueña, aunque resulta algo más respetuosa, su opinicón acerca del general José Sanjurjo, llamado a liderar finalmente ala campaña, y de quien dice: "Se bate, es valiente y nada más; disposición como organizador y ejericio de sus deberes como militar, completamente nulo, y el mando sin dotes organizadores". Y como  resumen de sus apreciaciones, concluye: "Los milites de verdad, los que sienten la profesión alharacas, sin teatralidad, cumpliendo sus dweberes, seriamente, amantes del soldado, posponiendo su propio bien al de los demás, no buscando el aplauso pero sabiéndolo agradecer cuando es otorgado con justicia y prohibiéndolo cuando es infundadoporque no lo merece el sencillo cumplimiento del deber, hay que buscarlos en tropas peninsuales". Las palabras de Batet dejan ver algo de animadversión y un mucho de desprecio hacia aquella oficialidad joven y emergente, por lo que tal vez deban ponerse en cuarentena, pero señalan, con indicación precisa de testigos, hechos concretos y actitudes que tampoco pueden ignorarse sin más. Como habría ocasión de contar más adelante, iba a pagar por ellas un alto precio. 
      La resistencia de los jefes del ejército de África mantuvo sumido en la indicisón a Primo de Rivera, que optó por dejarles hacer como hasta entonces con nefastas consecuencias. La falta de sentido estratético y aún una estéril refriega con los cabileñós, sin lograr erosionar el núcleo de su poderío militar, unida a la poca determinación del alto mando para variar esa estrategia, iba a precipitar un desastre de proporciones similares. 

Mola.  

 En contraste con la tranquilidad y el optimismo de que hace gala Aranguren ante los periodistas mientras comparece junto al director general reién nombrado, MOLA, que continúa aún en Madrid, está escondido y temiendo seriamente por su integridad. Permanecerá oculto varios días más, hasta su entrega a las nuevas autoridades, que junto al exministro del Ejército, Berenguer, y el almirante Aznar, lo envían a prisión en tanto se instruye la causa de sus posibles responsabilidad penales por los hechos acaecidos en los últimos dás del régimen anterior; en especial, los incidentes en torno a a facultad de Medicina. Despuués de padecer durante varios meses un encierro cuyas condiciones, según su testimonio, fueron vejatorias, tanto para él como para sus compañeros, quedó en libertad pendiente de juicico. Tras decretarse su pase a la reserva en agosto de 1932, se vió  obligado a malvivir fabricando juguetes, al tiempo que  escribiía las memorias que dió a la imprenta en 1933, merced a los oficios del librero editor Jun Bautista Bergua, un personaje de veras extrordinrio, de quién es imposible resistirse a ofrecer una mínima reseña.   

San Jurjo. Goded 

....Las consecuencias de aquellos hechos es que Azaña decide cesar a Sanjurjo al frente de la Guardia Civil , lo que no causa ningún alborozo al general, aunqeu para suavizarle el trago se le permuta el puesto por el director general del cuerpo de Carabineros, el general Miguel Cabanellas, que pasa a la dirección general de la Guardia Civil. Desde eses momento, empieza a gestarse en Sanjurjo un descontento creciente contra la República, que termina desembocando en el intento  de golpe de Estado que encabezará en Sevilla el 10 de agosto de 1932. 

      En la intentona está implicado, entre otros, el general GODED, que ha cesado mes y medio antes como jefe del Estado Mayor Central. Su cese es consecuencia de un incidente en Carabanchel con el teniente coronel Mangada, uno de los conspiradores republicando destinados en Jaca en diciembre de 1930, que se le insubordina después de que Goded cierre una aolcución con las palabras Viva eSPAÑA`.... Y NADA MÁS.   oMITIENDO EL REGLAMENTARIO VIVA A LA REPÚBLICA. DE AQUELLOS HECHOS, ASÍ COMO DEL RELEVO DE gODED, DISPONEMOS DE UN JUGOSO RELTO EN LOS DIARIOS DE AZAÑA, DEL QUE NO ME RESISTO A HACER UN EXTRACTO.  

      En la anotación del 27 de junio se lee lo siguiente: 

      A las once se presenta Goded. Hemos hablado hasta la una y media. Estaba como si tal cosa, y no parecía sospechar que hubiese incurrido en nuestro desagrado. Lo más caluroso de cuanto me ha dicho es un ataque furibundo  a Mangada ( de quien ya me habló el otro día, descubriendo una prevención a la que no di importancia entonces y que es un dato muy significativo, después del susceso de hoy); le tacha de loco, de comunista, de falso y desleal etc. Hace larga historia de sus relaciones personales: son de la misma  promoción se tutean. Psee cartas de Mangada que no quiere publicar por no perderlo en concepto de sus compañeros. Le ha hecho muchos favores. Mangada estuvo comprometido en lo de Jaca, pero es un cobarde- dice Goded-, y el día de la rebelión estuvo en mi despacho del ministerio para probar la coartada. ( Goded era entonces subsecretario). En una ocasión, habiéndole protegido para que pudiera atender a al curacón de una hija, Manga le basó la mano. Cree que es un envidioso. Lo de esta mañana ha sido una provocación, que llevaban preparada. Cuando se entera de que he destituido a los otros dos generales, pide que se le releve a él también, porque si no le dejo en mala postura. 

     -¿Con quien ?

      -Con mis compañeros. 

     - He destituido a los otros porque tenían allí mando y han producido una situación de la que deben responder. Usted estaba allí invitado, y no tiene mando. ¿Ha hecho usted algo malo ? 

     -Yo creo que no, señor ministro.   

GODED Y AZAÑA.    

   .....A continuación, Azaña indaga sobre lo ocurrido y, en particular, le pregunta a Goded por qué no ha dado el viva a la República. Goded le dice que porque creía que casi nadie lo habría contestado. A lo que Azaña le pregunta si no es republicano. Le responde el general : 

     -Siempre lo he sido. Yo he sido el único genral que le dijo al rey la verdad, antes de marcharse. Y yo fue quién le dijo a Berenguer, cuando lo de Jaca, que el país no estaba para fusilamientos. 

     Goded empieza a hablar de su persona, y me traza el cuadro de sus méritos y servicios( bien recompensados, creo yo, por grandes que sean, pues mientras sus compañeros son comandantes, o tenientes coroneles, él es general de división), de su gran prestigio en el ejército, de la enfermedd que contrajo en Marruecos, de su carrera truncada. etc. 

      Le hago notar cómo no  lo he desconocido, colocándolo en el puesto más importante. Entonces me da un poco de jabón, declara que me está agradecido, me elogia mucho, y dice que si al principio no me conocía, ahora sí, y lo proclama por todas partes. 

      Finalmente, volvió a rogarme que le quitase del cargo. Naturalmente pienso quitarle, y he de hacerlo antes de la sesión de Cortes de mañana, para que cuando me interpelen sobre lo de hoy, estén impuestas las sanciones. Pero lo que no puedo explicar es que conviene proceder con Goded de modo distintos que con los tros dos. 

     y a renglón seguido, se despacha Azaña con este suculento retrato del personaje al que durante meses ha tenido a sus órdenes, y al que en otra anotación inmisericorde ha motejado de "pedantuelo": 

      Goded es listo , inquieto y ambicioso, aunque muy cauto, y por cautela no se comprometerá abiertamente en nada; de precavido que es, no está bien con casi nadie. Sería una torpeza que yo le empujase, por la violencia, a ponerse entre los que conspiran contra la República o contra el Gobierno. Esta razón.... es la que me mueve a llevar con él las cosas de otro modo. Goded tiene amigos en el ejército, aunque  no tantos como él se imagina; en África por lo mismo, es quizás el general que tiene más enemigos en el ejército. Le acusan de intrigante, de autoritario, de cacique. Por eso él ve de ran mala gana que se revisen los ascensos por méritos de guerra; dice que ese propósito es transigir con el espíritu de las antiguas juntas de defensa ( juntas de oficiales que se opusieron al ascenso por méritos de guerra de los militares africanistas). Yo he procurado  reconciliar a ÇGoded con el régimen y con la política general de la República, empresa que no habría intentado con otros, que son simples mamotretos.  Con este hombre pequeñillo, avistpado y algo cascarrabias , el intento me parecía útil, y para mí, personalmente,de buen juego. Creía haber conseguido bastante,  me ha dejado decir por ahí el propio Goded.  Mas, por lo visto, lleva dentro reconceres inextinguibles. Lo siento porque me habría gustado utilizarlo en cuanto hubiese depuesto sus últimas reservas. De todos modos, dado el carácter del generl, no quiero desahuciarlo, ni darle un pretexto para levantar bandera, ni forzarlo, por amor propio, a que la levante. 

      .....Tenía que acabar hoy lo de Goded, y para acabarlo deseaba yo saber a fondo cómo está su ánimo. no se imaginará él nada de esto. Le avisé  sus despacho para que viniese a verme en la mañana. Procuré ponerle a sus anchas, le traté afectuosamente, le recordé cómo he procurado que me ayudase en mi trabajo y en mis planes, etctera.; el hombre se ha confesado, no sé si a pesar suyo. Estaba nervioso, un poco sofocado, a veces emocionado, procuraba ccominar las pasiones que se le salían por la boca. Mi impresión de conjunto es que lleva dentro un escorpión. Rencor, despecho, envidia, ambición frustrada, mierdo: de todo tiene. Gran descubirimiento. Le he dicho: "General, con ese ánimo no se puede vivir". 

     REncor a sus émulos o rivales, a quienes ve en candelero, y a la situación en genral, que ha siminuido el papel que antes tenían los militares. Miedo a la indisciplina de la tropa. Una vez más me ha recordado las atrocidades de los soldados rusos con sus jefes cuando triungó el bolchevismo: " Crucificaron a los coroneles", me dice con espanto. Despecho, porque si  su carrera hasta ahora es singular, ya no será teniente general, ni capitán general ( empleos suprimidos por la República), ni probablemente ministro, ni presidente del Consejo Supremo, etc. y los generales del antiguo régimen ( es decir, todos) no se resignan a que un divisionario no tenga más importancia social o política que un magistrado del Tribunal Supremo o un inspector de caminos; todos, desde la Academia, soñaban con ser virreyes. Odio contra los "extremistas" del ejército ( que suelen ser unos pobres diablos); me ha hablado también de mangada: "le corresponden seis años de prisión", ha dicho. Enconado por la revisión de empleos, que si se hiciera rajatabla le costaría descender a coronel, según dicen. Soberbia por la importancia se se atribuye: "Muchos han venido a proponerme locuras, pero gracias a Sanjurjo y a mi, no ha ocurrido ya una barbaridad en el ejército"   

Notas soltas. Florentino Pérez y la murmuración.

 

 

FLORENTINO PÉREZ. 

      La murmuración es una actividad humana que consiste en hablar de alguien o algo, tan bien como mal, aunque generalmente de forma desfavorable , sin que la persona en cuestión esté presente. Algunos sinónimos de murmuración son habladuría, comadreo, rumor, chisme o cotilleo, siendo este último del ámbito coloquial.

      Han sacado unos audios de hace quince años sobre Florentino Pérez, murmurando, o cotilleando en compadreo con gente de confianza. Es lo de siempre, Florentino y cualquier mortal, tiene sus momentos en que se nos dispara la boca y depende del auditorio y la situación, a veces puede que nos pasemos o exageremos. Es perdonable, igual que lo es que la persona cambie de opinión. Aparecen los justicieros de siempre y aplican las tablas de la ley y condenan al personaje. 

     Primero :  si son coversaciones privadas, o sea que él no hable para los medios, oiga, puede decir lo que quiera, incluso contradecirse más tarde porque te llegan nuevas informaciones, o las que había eran dudosas etc. 

     Segundo :  Florentino tiene mucho ámbito de decir eso en público. Es evidente que haría daño al comentar ciertas negligencias o comportamientos de sus jugadores o compañeros. No es lo mismo decir que Mourinho no está bien de la cabeza en privado que en una rueda de prensa. Se entiende claro. Una persona pública, que es tan comedida en sus comentarios, no es Jesús Gil, necesita una vía de escape necesaria para desahogar, a veces, tanta imbecilidad o ineptitud que ve a su alrededor. Todos precisamos de una vía de escape, si es en el ámbito íntimo o familiar pues ahí queda. No obstante si se hace en grupo o uno que sabes que lo va a comentar con el otro, estás expuesto, al corre ve y dile, o como decimos los galaicos, al dixome, dixome. Es ley de vida y algo natural.  Y sino dense una vuelta por Twiter.

     Descontado o defendiendo a Florentino, que de paso diré que me cae bien, porque  nadie es perfecto y comentarios similares a los de Florentino en otros ámbitos de la vida se producen a miles.  Pues bien Florentino me ha dado un alegrón  y una vez más alguién me da la razón. Cuando andas contra corriente muchas veces y dices cosas que aunque intuyes  que van a sentar mal, pero vas y las dices.

      En descargo de Florentino hay que decir que los audios robados correspondían al ámbito privado. ¿Quién es el guapo que aguanta que le graben en su vida ordinaria, hablando ante gente de cofianza y después lo suelten sin más al viento?. 

      La segunda interrogante que nos planteamos es la grabación. El periodista Abellán la ha sacado en la COPE. Hay que cubrirse de gloria para grabar y sacar eso, cogido a traición. Más allá del riesgo de la consiguiente querella, que no sé si Florentino ha tomado ese camino. Por lo que tengo entendido, no. Seguramente pensó que el daño sería mucho mayor cuánto más se airee. Que se deje de hablar del tema cuanto antes es la mayor venganza, en medio utlizará sus influencias para silenciarlo en los medios. Este señor, que dicho sea de paso nunca me gustó, se ha cubierto de gloria todo por "ad maiorem gloriam audienciam". No todo vale.

      Esto ha ocurrido  por el verano, concretamente su publicación en julio, hoy a final de año habrá mucha gente que ni se abrá enterado y otra lo habrá olvidado. Ha sido lo más eficaz. El silencio en estos casos es la mejor cura. Y la  venganza engorda pero no alimenta.