22 de febreiro de 1939 morre Antonio Machado no exilio, en Collioure. No seu peto atopan un verso: "Estos días azules y este sol de la infancia".
Faz sete anos diziam-se cousas assim.
22 de febreiro de 1939 morre Antonio Machado no exilio, en Collioure. No seu peto atopan un verso: "Estos días azules y este sol de la infancia".
Faz sete anos diziam-se cousas assim.
A ler: O desvio do Santa Maria e o princípio da Guerra do Ultramar.
Fonte a Wkipedia. 👇
o Directorio Revolucionario Ibérico de Liberación
en 1959. Velo foi o cosecretario xeral xunto a Humberto Delgado dende
xaneiro de 1960, e participou con outros membros galegos e portugueses
desta organización na toma do navío portugués Santa María o 22 de xaneiro de 1961, en ruta entre Curaçao e San Xoán de Porto Rico, na coñecida como Operación Dulcinea,[1]
co obxectivo de dirixirse a África e iniciar unha revolta
antisalazarista, ao tempo que pretendía chamar a atención internacional
sobre os réximes ditatoriais da Península Ibérica. Fracasada a operación por diversos motivos, o 4 de febreiro de 1961
acordouse co goberno brasileiro recoñecer a Velo e ao resto dos
secuestradores como refuxiados políticos. Asentouse co seu fillo Víctor,
que tamén participou na toma do navío, na cidade de São Paulo.
Comenzo por dizer que eu não tinha pensado ver o filme, porque lí nas redes que era uma clara mostra de galegofobia, e que era uma mostra mais da propaganda actual sobre dar uma imagem de Galiza como terra isolada, ritual, ancestral e violenta, tal como parece darem a entender os citados comentários. Em resumo que o que monstram não é a Galiza etc. Está claro que não é bom fiar-se moito das opiniões alheas, aliás tampouco nega-las de príncipio. Pois bem, o filme pra mim é moi bom. Excelente engadiria. Pois pra mim manter a atenção do espectador duas horas e quarto numa historia conhecida na que sabes o final, numa paisagem concreta e limitada, com poucos actores e pouco presuposto, já de por sim já é um arte como tal , que é do que se trata. O filme mais que utilizar a galegofobia em troques acho que utiliza a galegofilia. Vejo moi bem reflexado um rural afastado numa zona de Galiza, que é real. Mostra galegos bons, tíbios alguns num lugar moi pequeno e vaciado e com pouco xente e que está a esmorecer. Que esperamos deses poucos e tristes habitantes, como devem ser as velhas, pobres persoas que moram nessa aldeia. Tal vez esperam alguns que sejam uns defensores-lutadores da utopía?. A realidade é que isto ocurriría em Galiza ou qualquer parte do mundo, não é contra Galiza o que aquí se narra, outra cousa sería que se inventara uma realidade mnítica como em tantos filmes dos anos cinquenta ou sesenta. Aquí, niste caso não se inventa nada, narra-se o que qualquera de nós vería se estivese alí. Digo que há galegofilia porque no filme vem-se galegos que acolhem a familia com agarimo, o Pepinho é o seu amigo e representa a acolhida e a integração, nas feiras compram-lhe a produção e gabam-lhe que produz os melhores tomates da zona. Em fim mostra-se a um povo acolhedor, aberto e sem conplicações, todo virtudes que falam bem de nós. Eles, os franceses, vivem arroupados pela paisagem, a xente, e o seu amor pelo cultivo da terra e a ecoloxía. Se a xente lhe fosse hostil não houvessem vindo a viver a um lugar assim. Ninguém se enamora só da terra a secas, normalmente vai tudo misturado, a xente coas suas costumes, a paisagem, a cultura etc. E eles enamorarom-se da Galiza rural, e iso não tem moitas explicacions. Até aquí eu vexo galegofilia evidente. Não é galegofobia narrar a realidade do que é uma aldeia galega que está morrendo e a que chegam uns tipos extranjeiros a dizer-lhes que alí há posibilidades de vida, outra forma de vida. E dizem-lho trabalhando alí, ainda que não há nenos, nen jovens, nem vida mais alá deles e o seu ánimo. Entram num mundo que foi e está em derribo. Ficam os cabalos ceibes, as vacas dos irmans dos que falaremos, as ovelhas dum homem que vai morrer pronto e moitas casas abandonadas. Mostra que há posibilidades de vida, pois na vila próxima há feiras, comercio de gando, aparece o novo negocio das eólicas que será um dos motivos da discordia entre uma nova forma de ver o rural e a destrução do mesmo. Em fim, nada diferente o que passa em moitos lugares de Galiza, de Espanha e de Europa. Conflictos sociais que houve em toda a historia e a luta pelo territorio e a sua xestión foi em toda a historia motivos de guerras, mudanças etc. Na época actual vivemos o conflicto do abandono do rural histórico e tradicional por uma mudança no seu habitat e na forma de relação do homem e a terra. O filme mima a paisagem, e reflexa as formas de vida reales duma aldeia olvidada. Os seus diálogos são maravilhosos no tratamento diste problema como o será mais tarde nos problemas persoais e afectivos da protagonista e a sua filha.
Neste lugar afastado e sem esperança vive uma mãe com dous filhos solteiros, um deles com certo retraso psíquico. Eles vão ser os outros protagonistas do filme o enfrontar-se a presença do matrimonio francés.
O que pasa nesta relação é pra ver no filme e é aquí no trato destes personaxens avessos,perversos, atravessados, cabrons, violentos ancestrais e todo o que queiramos engadir. E e é aquí no tratamento que se fai destes personaxens onde moitos opinam que há uma evidente galegofobia. Os personaxens, caíns como os define Manolo Rivas, são universais, não são proprios em exclusiva do universo galego. O odio ò extranxeiro, ò diferente de mim , o que chega, de supeto, a ocupar a terra secularmente coidada por a familia mais cercana e os antergos de séculos ( repetesem varias vezes nos diálogos, esta teima a recordar que eles estão fora de sitio, incluso fala-se dos franceses como históricos ocupadores de terras de fora, assim como a invasião francesa 1808 da península lá pelos 1808. ). A violência implícita de alguns tipos de xente não é exclusiva de galegos. Nem os galegos do filme, com ser malvados, não são mais violentos e assassinos que os iguais que há em qualquer sociedade do mundo. Pois os assasinatos de Puerto Hurraco são do mais visceral, fechado e turbio do mundo rural e esto está em Extremadura. Camilo José Cela escreveu com duro realismo a familia de Pascual Duarte, também em Extremadura. E o realismo de Zola, e da literatura rusa; e de certos filmes americanos.
Os galegos em geral estamos em garda em quanto o tratamento do relato histórico sobre Galiza, o nosso idioma, as nossas costumes etc. e fazemos moi bem. Porque a autoestima propria tem moito que ver coa autoestima do grupo humano do que te sintes parte. O relato sobre todo o galego, mudou moito no tempo a favor da ideia de Galiza, iso não quita que e um tema perigoso e a ninguém lhe gusta estar refém de estereotipos como Galiza-Sicilia, mafia, contrabando, violência, oscurantismo de carácter, galegos dubitativos etc. isso pode ser verdade e e bom oponher-se sempre da maneira mais culta que se poida. Dito isto, não é o bom confundir alhos com bugalhos, "churras com merinas", e negar a evidência do que é . E é moi bom vermos que alguém de fora de Galiza produça e dirixa um filme sobre o cerne e o fundo escondido da nossa forma profunda de ser; do que queda das nossas aldeias afastadas e esmorrecentes, que tenhem um fundo significado para nós pois é onde se moldeou a nossa forma de ser como galegos que até quatro días eram no oitenta por cento, rurais e continuadores duma cultura secular. Por certo como em moitas outras partes do mundo.
Os irmans do filme não representam a todos os galegos, mas formam parte dos galegos também.
Por certo os actores, excepto os dous franceses são todos galegos, incluidos os secundarios. E todos moi bons, porque realmente aquí há moi bons actores. O director e o productor son de fora e tem capital de TVE, TVC, etc. e ningúm da TVG nem da Xunta. Tal vez estos pensarom que o filme tem galegofobia ou tamém porque tratava o tema das eólica. Non sabemos.
Quedoume por falar do bem que trata os idiomas com subtítulos e respeta moito o galego. Por certo a disglósia ou a mistura de galego e castelã, que as vezes se reflictem no filme, não há inventou o director do mesmo, é real, e vivemos com ela, ou levamô-la como companheira de viagem. Algo que também alguns criticam.
Castelao tinha liderança política tanto no exilio como no interior. Manifesta-se, que assim era considerado como tal, nesta circular do franquismo dando ordem de como deve a prensa manifestar-se em prol da noticia da sua morte. Que se faga mingua ou ignorancia da sua fáceta de político, ministro no exilio, escapado despois da guerra e activista nacionalista galego. Que só era um pintor que andava por aquí, assim mais ou menos.