sábado, 3 de febrero de 2024

IRAK. 15 de diciembre de 2011, Parte final de guerra: Cem mil mortos depois

 upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2e/Iraq_W...

La guerra de Irakb​ fue un conflicto bélico que comenzó el jueves 20 de marzo de 2003 cuando una coalición de varios países encabezados por Estados Unidos invadieron Irak y finalizó el domingo 18 de diciembre de 2011 con la retirada de las tropas extranjeras.7​  

(Gardado na gaveta, do computador, atopei por acaso este fantasioso parte de guerra feito por mim, com motivo  da retirada das forças americanas e apoiantes,   do Iraque. Valeu a pena, foi necessária ou precisa tanta dor e sofrimento?. Esnaquizar um pais, por razões que os silentes-caminhantes desconhecemos?.  Naquel momento os meus sentimentos  forom transmitidos assim, com algo o moita retranca para convocar a razão onde  eu achava um vazio de justificações.) (Quando encontras algo escrito fai vintedous anos, até parece, incluso, documento histórico.)

Cem mil mortos depois


 

O pentágono:  Um dia qualquera.

    Parte de Guerra.

       Cem mil mortos depois ( ou mais):

-Com a destrução das forças inimigas iraquis e o controlo político do país,  Iraque,  fica instaurada a “nossa democracia”, 

-Com a desfeita total da vida organizada e á destrução da industria e economía do Iraque,

       Alcançamos   o grande obxectivo da guerra: O CONTROLO DO PETRÔLEO Iraqui.

         Com iste obxectivo atingido, temos  o controlo duma parte importante do petrôleo do mundo, o qual ameaçava com  levar os mercados  à solta e que  fosse pago parte do mercado de petróleo no mundo en Euros. Uma desgraça.

 

   Aliás  também:

-       Cinguimos  o controlo duma faixa de terra  importante e estratégica no mundo, perto do  Irão e Israel.

-       Tiramos dos stocks de armamento que ja fazia um tempo que não se gastavam o que dificulava  manter ativa a produção da industria  armamentística .

-       Treinamos  e tiramos da ociosidade o exército mais grande do mundo no que gastamos o 5 por cento do nosso PIB. Agora  o seu adestramento e muito melhor que antes.

 

Com tudo iste sucesso podemos dizer ao mundo :

A  guerra rematou.

Asinado:

   Nos:

George W. Bush,  presidente.

Condoleza Rice.petroleira

Richard Chehey. Petroleiro.

 

     ANEXO:

-Os mortos são poucos para tão grande façanha. Não temos em conta os iraquis. Recordemos o que disse Napoleão em Austerliz quando lhe dixeram que morreram 50000 franceses, que eses tantos fazia-os París numa noite.

- O petrôleo iraqui  não está de  tudo contrôlado pois tem de sair pela Siria e não está de tudo a favor nosso. Haverá que tê-lo em comta para o futuro, ou seja fazer tremer algo na Siria. ( esto foi premonitorio pois a Siria ainda está hoje em guerra. Via-se vir)

-O Afganistão foi uma  armadilha justificativa , não interessa já. (O Afganistão foi abandonado de maneira incomprensível e fica  hoje em maus dos Talibans)

- Se a crise económica  segue assim haverá, tal vez ,  uma terceira guerra mundial. O lugar de inicio  podia ser esta zona  perfeitamente, para o qual ja estamos preparados. Que se prepare Israel e olho que o Irão tem a bomba atómica.

- Não atopamos as tais armas de destrução, mas  à quem lhe importa isso agora.

    AGRADEÇE-MOS moito.

·         Tony Blair, engraçado amigo. Fez grandes serviços pela causa.

·         Jose María Aznar. Mui  útil na propaganda que nos fez  pelo mundo, comtra a velha Europa e na ONU.Fez muito bem os recados, só tivemos  que dizer—lhe que era alto e guapo e ele ja se sentia a escrever uma paxina na história da humanidade.

·         O Durão Barroso, bom moço de fretes.Ele foi  bem pago com um bom posto na burocracia do governo de Europa.

·         O Berlusconi, obrigado  pela música e às dançarinas.

 

NOJO.

Os  nojentos  governos da UE,a velha Europa oposta a intevenção,  agás os amigos citados.

O nojento Rodriguez Zapatero de Espanha que o día seguinte de tomar pose deu ordem de retirada para que em dous meses os mil e quinientos militares espanhois abandonassem  o Iraque. Ninguem se atreveu a tanto, foi um visionário o gajo.

lunes, 8 de enero de 2024

Galegos pela historia. Um comentario do senhor Ibn Hawqal

  



   Este senhor árabe do século X, escreve como era o mundo naquela altura. Os galegos estavamos num dos momentos do topo da historia. Asim o acredita ele. 

FONTE: "Confiruguració do mundo" de Ibn Hawqal
Pódese consultar/descagar de balde neste enlace https://www.anubar.com/.../TM%2026%20Ibn%20Hawkal...
Tamén podedes consultar/descargar de balde unha manchea de libros que recollen documentos medievais no seguinte enlace: https://www.anubar.com/coltm/index.htm
 
   rapinhado daquí.: https://www.facebook.com/groups/reinodagaliza/permalink/1487055168744974/

 "Configuración do mundo" de Ibn Hawqal 

Nenhuma descrição de foto disponível.

Pode ser uma imagem de texto

sábado, 30 de diciembre de 2023

Reino medieval Galiza. A toma de Almería.

 


Imos olhar a impressionante marcha dum grande exército galego.
     O Poema de Almería, "Praefatio Almeriae" (Prefacio de Almería) ou "Carmen de expugnatione Almariae urbis" (Cantar da conquista da cidade de Almería) é um poema épico do ano 1149 atribuído a Arnaldo Bispo de Astorga, escrito em latim medieval e narrado a jeito de crónica. Foi engadido ao final da "Chronica Adefonsi imperatoris"; umha crónica do reinado de Afonso VII. No poema nárrase a victoriosa campanha militar cristiá do ano 1147 que remataría coa conquista de Almería em Outubro desse ano.
 
Esta campanha realizada ao jeito das Cruzadas (acadou o "rango" de Cruzada otorgado polo Papa Eugenio III), na que participou umha aliança de reinos peninsulares e extrapeninsulares, foi liderada polo próprio Afonso VII.
Afonso rei de Galiza, de Leom, de Castela e de Toledo fora consagrado como monarca sendo um cativo no ano 1111 polo Bispo e militar ("baculum et ballista") Diego Gelmirez na basílica de Compostela. Com esta cerimonia, tanto o bispo como o aio de Afonso, o Conde de Traba Pedro Froilaz, procurabam que, no caso de que a súa nai Urraca ("filia Hildefonsi [Afonso VI] senioris Galliciae regis", "totius Gallecia domina” e "totius Gallecie imperatrix"), casada nesse intre em segundas nupcias co rei Afonso de Aragom e Navarra, tivesse um filho deste nom se visem afectados os dereitos do futuro Afonso VII ao trono como legítimo herdeiro do seu avó Afonso VI e, em todo caso, do seu pai Raimundo de Borgonha.
Á morte da súa nai, no 1126, herda o reino de Leom emprendendo, tamém, a recuperación do reino de Castela, que estava baixo o dominio de Afonso I de Aragom e Navarra. Coas Paces de Támara de 1127, púxose fin á disputa entre os dous monarcas e Afonso VII foi reconhecido tamén como rei de Castela e de Toledo.
Em 1135 foi corado "Imperator totius Hispaniae", mais nas crónicas tamém aparece como "Adefonsi imperatoris Yspanie et Gallecie", "Imperante Adefonsus imperator in Gallecia" ou, simplesmente, como "Adelfonsus rex Galliciae".
  Na grande força militar que atacou Almería naquela campanha de 1147, ademáis dos exércitos dos diferentes reinos de Afonso VII, participarom, entre outros, os exércitos dos reinos de Portugal, de Aragom e de Navarra, dos condados de Urgel e de Barcelona, das repúblicas de Pisa e de Génova (este último condado e repúblicas participerom com marinha de guerra), do Senhorio de Montpellier e tamém Cavaleiros Cruzados.
 
O Poema de Almería, na parte que narra o avanço dos exércitos de terra, fálanos em detalhe de cal deles é o que encabeça o contingente de tropas, abrindo o caminho polo território inimigo:
"Longa quies Crux est, bellandi gloria lux est. |
Maius est mensis. Procedit Galliciensis, |
Percepta Jacobi primo dulcedine sancti. |
Ut caeli stellae sic fulgent spicula mille. |
Mille micant scuta, sunt arma potenter acuta, |
Est plebs armata, nam cuncta manet galeata; |
Ferri tinnitus et equorum nempe rugitus; |
Surdescunt montes; exsiccant undique fontes; |
Amittit tellus pascendo florida vellus; |
Pulvere prae nimio vilescunt lumina lunae,"
Traduzido:
 "Longo descanso é a cruz e esplendorosa é a gloria de guerrear. É o mes de Maio. Adiantam-se as espadas de Galiza, percebendo primeramente as doçuras de Santiago.
Como as estrelas do ceo, assim refulgem milheiros de lanzas.
Milheiros de escudos centelham e as armas estam poderosamente afiadas.
A multitude está armada e atopa-se toda coberta de capacetes.
O tilintar dos aceiros e os relinchos dos corcéis ensurdecem os montes. Por todas os lugares deixam baleiras as fontes.
A terra entrega para o pasto as súas flores laúdas.
Coa inmensa poeira escurecem os raios da Lúa"
 
Semelha que é este um exército galego cumha imagem poderosa, moi numeroso, bem armado e cunha imponhente cavalaria (um dos corpos militares máis estimados na Idade Media). Nada que ver coa tradicional imagem dunha Galiza medieval ilhada, pobre, débil e militarmente sumisa que vende a historiografía espanhola. Mais vejamos que máis di o poema daquel exército do reino da Galiza:
"Splendor et aethereus frustratur lumine ferri. |
Strenuus hanc sequitur turbam Consul Fredinandus. |
Regali cura moderando Gallica jura. |
Imperatoris erat nati tutamine fultus. |
Hunc si vidisses fore Regem jam putavisses; |
Gloria regali fulget, simul et Comitali. |
Florida milities post hos urbis Legionis, [...]"
Traduzido: "e a claridade do ar esvaece-se á refulgência do aceiro. Acompanha a esta hoste o aguerrido Consul [significando o máis alto cargo de governo num território e no mando dum exército] Don Fernando
que governa a lei em Galiza por encargo do rei, e honrado coa tutela do filho do Emperador. Si o vírades pensaríades que el era um rei brilando á par coa súa glória de Conde e coa de Soberano.
Detrás destes, a florida milicia da cidade leonesa [...]"
Pois efectivamente; a descriçom poética que da o texto deste exército e do seu valoroso comandante (que semelhaba máis um rei que um conde) fainos pensar, pola súa dramatizaçom, que a visiom da súa marcha devia de ser algo verdadeiramente impressionante.
E quem era aquel tam importante Conde Fernando?;
     pois ninguém outro que Fernando Peres de Traba, filho do anteriormente referido Conde Pedro Froilaz de Traba. Foi Fernando o líder da nobreza galego-portuguesa e moi influente nas cortes reais (assinava nos documentos como "Comes Fernandus de Gallecie"); foi tamém Adiantado do Emperador Afonso VII e titor do filho deste, o futuro rei de Galiza e de Leom, Fernando II, um rei que estará moi apegado á Galiza (país onde chegou a contraer matrimónio coa filha do rei de Portugal Afonso Henriques e onde está soterrado por próprio desejo na Catedral de Santiago) ja que pertencía a um medio social, cultural e lingüístico galego pola súa formaçom com Fernado Peres de Traba e a súa poderosa e influínte familia. Tal era a vinculaçom dos dous Fernandos que, já antes da morte de Afonso VII, o Conde aparece coasinando documentos co Príncipe aparecendo este co título de rex. E mesmo Fernando II chegou a casar, em segundas nupcias, com Tareixa Fernandes de Traba, neta do Conde.
Crónicas da época como a 'Chronica latina regum castellae" considera que a súa influência foi determinante para que, no testamento de Afonso VII, Galiza e Leom (herdados por Fernando II) se separasem de Castela e Toledo (herdados polo tamém filho de Afonso, Sancho).
Outras crónicas destacam de Fernando Peres de Traba o seu valor na referida conquista de Almería.
Demostra-se, umha máis vez, que aquela pobre imagem da supostamente sumisa Galiza medieval da que fala a historiografía espanhola vê-se truncada pola verdadeira Galiza chea de arte e cultura dominantes que já temos visto noutros artigos, ateigada de mosteiros, castelos e catedrais, com moi importantes e influentes nobres que educavam a emperadores e a reis, e que, polo visto, dispunha duns impressionantes grandes exércitos.
 
Fonte:Grupo facebook reino medieval de Galiza. 
 https://www.facebook.com/groups/reinodagaliza/?multi_permalinks=1482076895909468%2C1483017095815448%2C1482708012513023%2C1482150315902126%2C1482516792532145%2C1481386915978466%2C1481537712630053%2C1481920742591750%2C1481521319298359%2C1481908429259648&notif_id=1703838117358140&notif_t=group_highlights&ref=notif

sábado, 23 de diciembre de 2023

Escrever na areia. II

 

 

Historias já contadas lá pelo 2010. 

      São escritas sem rumo, tal vez, sem motivo, só escrever por escrever. Estão escritas na areia e por acaso  ou por pouco nem o vento nem a agua  acabarom com elas. Embora, ainda que nascerom num  rascunho    co pouso que da o passo do tempo parecem ter algo de valor. Eis o motivo, nostálgico, pelo que lhe dou traslado aquí, cando ficavam pérdidas na arca  dos recordos.  

         No caso de não lêr isto, só dizer que não perdes nada. 

 

 

A lo menos não fazia frio aquela tarde cinzenta na estação do metro do norte de Madrid. Alí fora estava Nelson a esperar pelo seu contacto, um homem preto, alto e largo , que já deveria estar aquí. Cada homem que passava estava a ser auscultado pelo Nelson co todo interesse e ânsia propios dum espião ruso na ponte de Berlím.

     Um carro vai de pressa, o seu motor funga raivoso o passar  misturado co som  do ranger dos seus pneumáticos o rabunharem  no rugoso asfalto da rua. Bordeia a rua, vira a esquerda, e enfia a toda pressa o primeiro cruzamento. Era um Honda Accord quase seguro, achou o Nelson, o vê-lo passar.  Uma mulher  de meia idade veio e perguntou-lhe se savia por onde se ia para a Rua da Castellana, ele dixo-lhe com meia sorrisa e uma olhada indagadora  não saber  pois não   era de  Madrid, engadindo para aparentar confiança que era do norte, que assim  a forma genérica  de como os madrilenhos chamam  os de lá acima de Castela, tanto sejam vascos, galegos, asturianos ou incluso de Burgos.  Ainda que ese norte seja moi grande  na Espanha  e moi diverso  dum lugar  a outro. A policia apareceu. Dous policias andam pelos arredores de forma descontraida e vagarosa, lenta e pachorrenta. Estão a a fazer o seu servizo de rutina. A  ele não lhe preocuvava a sua presença, pois se realmente a policia estava a segui-lo não sería estes uniformados de rua. o seu expediente de existir andaría noutros patamares jerárquicos mais elevados.  Se tivessem provas já estaria detido, não sería suspeito não, estaria  a ser  um arguido mais em maus dum juiz  importante, porque não o juiz  Garzón. Estaria asegurado o manchetes dos melhores jornais de Madrid. 

     Em Vigo  na Rúa Garcia Barbón no numero dous, no segundo andar há um gabinete que na entrada está marcado com um cartaz que di:   empresa de  aquecemento, o que no antigo galego e no espanhol se chamava as calefacions e fontaneria . em gabinete pequeño, de empresa pequena, a porta estava quase aberta e dentro via-se uma mulher-a-dias limpando o pó e arrumando o local, ela tinha posta música  no radio-cassete, estava a soar uma cançom de  Status Quo ,  it`s in army now, di o título mais ou menos. Naquele gabinete , foi publicado no jornal da cidade o Faro de Vigo, foi encontrada morta uma mulher de vinte e cinco anos de nacionalidade americana. Não se davam mais datos dela.  Valupi pelas suas investigações,grazas a um amigo que trabalhava co forense soupo que ela era de essa idade, morena pelo preto, bela, e  tinha como destaque na sua face que  os seus olhos eram pretos moi fortes, era o que se di uma beleza iraniana, as suas formas eram de pessoa árabe. Não se deram mais informacões sobre ela. O seu amigo dir-lhe-á   um pouco mais tarde que da documentação que retirou a policia ele pude olhar um cartão especial indicativo da secretaria de Estado dos Estados unidos. Valupi agradeçeu a informaçao o colega, e o mesmo tempo engadiu que  se calhar não era importante, que para ele era um dado geral que talvez não tivera nenhuma ligação coa  malta na que estava a procurar informação. Coisas que se dizem mas não foi este o auténtico pensamento que rodou pela testa de Val.

       Por fim em Madrid, na porta de metro de Velazquez, Nelson  receve o menssagem. Um homem que vendía lotaria vem perto dele, e vai dizindo o de "mañana toca"

   -  Quiere comprar señor, "mañana toca", con tom de voz moi alto e  arrastrando e recalcando as "a" de mañana. 

      E num momento que Nelson nem imaginava o vendedor acercou-se e sem mirâlo diz de pressa e na lingua galega:  

     -"Amanha de manha há festa no pradal", todo dito de seguido  quase misturado coa sonoridade do seu anúncio publicitario de venda de lotaria. 

      Nelson abandonou o seu lugar naquela  saída  do metro, segiu pela rua virou a direita, subiu pelas escadas  que vão dar a  a uma pequena rua e alí apanhou  o seu carro, um  Seat  Leon. Apanhou o telemovel e ligou com Valupi.

-        Hei Val, a sinhal foi dada. Tudo está combinado , "esta meia noite estarei lá",  nas carbalheiras da lua.  O que quería dizer que aquela noite estaria  co senhor Fernández para recever o material.

-        Até logo

Val só respondeu,

   -"Brua moito vento", até logo. 

      As suas suspeitas de serem escoitados por controlo dos seus telefones fazia-lhes tomar as máximas precauções.

    Era a frase combinada para dizer que o assunto foi compreendido. Val era moi professional.   O Nelssom ficou zangado, por falar como falou pelo telemovel. Não faz falta dar  nomes, dar explicações, ainda que  Val o fizera a vezes não é causa para atuar assim. Porque o  fez?, não sei,  ele numca tivera a certeza  de serem certas as escutas tão modernas a os telemoveis, aliás o Val lhe dixera moitas vezes  que hoje tudo está a ser escutado e gravado. Ele não acreditava de verdade nisso. Nelsson sempre achava um pouco brincadeira e exagero de “profesional” todas estas cousas . As pessoas adicanse a moitas coisas, têm moito pra fazer,  porquê vão a estar a procurar a nossa informação?. Porém , por vezes,  duvidava de tudo. Ainda assim  ficava impresionado e asustado quando ouvia  dizer no jornal que alguns  os políticos estão ou forom gavados, pela polçicia,  em conversas nas que pediam ou receviam dinheiro ou regalos em claros casos de corrupção.   Que chatice para eles o  ouvirem-se gravados.   E agora está recordar o Val de pé  indo dalá para cá na sala e  narrando-lhe coa paixão  da que ele era muito capaz, a hestoria da máfia siciliana e de Toto Rina o Capo di capi, o que movia os fios todos da máfia. 

     Este homem, Toto Rina,  que esteve desaparecido perante vinte anos e a polícia ja dava por morto, ficava numa aldeia de  Sicilia, onde chegou um dia a polícia  grazas a paciência para conseguirem os  dados que perante muito tempo forom  xuntando. Quando chegarom a aldeia onde ele estava, toparom-se com uma  casa velha, sem luz, sem agua. A casa propia dum labrego miserável a quem a vida deixou abandonado esem sorriso, abofé. E assim foi, alí atopam a Toto Rina, comprovam que  é ele aquele camponês suxo e velho, e vão ainda levare mais surpressas. Naquela casa há um sistema de ficheiros postos numas caixinhas, e dentro há uns pequenos cartazes ordeados por orde alfabetica e tambem há uma Biblia. A policia olha a casa, o velho e  di ,  que  é isto?,  pra  que nos vale e que nos di?.  O caso é que aprenderom o camponês suspeito , carregarom o material e estiverom a pensar  e a ligar dados dum lado e mais do outro, até que um dia chegarom a conclusão de que dende aquel predio cheio de tralha velha, onde o res do chão morava aquele velhote que  creiam desaparecido e que era um dos capos mais buscados pelas forças de segurança não só italianas senão tambem de tuda Europa, dende alí estava-se a dirigir a organiçação  criminoso mais grande e melhor do mundo, e fazia-o dende alí mesmo aquele velho camponês.

     Ele olhava o teito o lado olha-va para nos os seus alunos, fazia silenzos, a sua tramolha o seu teatro era lindo, nos tudos estavamos  de boca aberta espeitantes na palabra que sairia de aquele sabio. Ficavamos a espera como era posível e porque  o grande capo di capi era aquele, como conseguiu, era atractivo a narraçao.

        De facto, Nelson quando ia conduzindo o carro pelas ruas de Madrid, ia pensado nos tema das escutas, mesmamente estes dias os jornais da capital  e as radios aliás as televisãos, estavan a falar  de o governo ter um novo sistema de escutas muito moderno que apanhava dende telemoveis até correios electronicos e todo tipo de comunicação pela internete. O partido da oposiçao acussa o governo de  espia-lo cos sistemas istes ditos. Assim quer voltar por terra as investigações feitas que deram na cadea e arguidos e suspeitos  individuos acussados de corrupção e que políticamente deixavam o partido en mau posto de face o eleitorado. Estava também a lembrar que em Portugal, estava en causa  o o chamado caso da “face oculta” que grazas o sistema das escutas  feitas a um suspeito de corrupçao foram feitas escutas nas que o tal arguido falava co primeiro ministro o ingenheiro Socrates. As informaçoes dizem que a conversa emtre Armando Vara, tal e o nome do arguido, e  o Socrates não  pôe em causa nada comtra o Primeiro Ministro, mas isso foi aproveitado  e ainda que o Tribunal Supremo deu ordem de que essa  conversa fosse destruida, não foi assim . Porém estava a ser utilizada tal gravação para soltar tinta  pela sua incertidume. O caso , pensou Nelsom, e que nos tempos que estão a correr está todo posto baixo escuta do  governo. Jamais  foi feito tanto control do cidadão como neste momento. Eis o problema, e se eles estiverão também  a ser escutados; se por acaso,  houver alguma suspeita sob algúm  membro da sua equipa, se  o seu telefone estivesse sometido a controlo e a polícia soupesse todo desta operação?. Todo é possivel, mas nesta vida todo  o que  tem valor tem risco. 

      A bucha é dura mais dura é a ração que a sustem, dizia o Zeca em venham mais cinco, e assim é a vida pelo geral. Tudo está a correr bem, não vou pensar doutra maneira, acho que tudo ficara resolto em pouco tempo, e recordou mais uma vez as frases do Zeca Afonso:  a gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei,  mas a quem queira tirar abaixo o que eu levantei. Seguía a correr pelas ruas de Madrid, o carro ia pela gran vía, descer-a-ele até a Praza de Espanha e  dalí chegara a  Casa de Campo  para alí  rematar o encargo feito pelo Valupi. 

  A noite era crara, fazia frio, o ceio estava cheio de estrelas e coverto por um garda-chuvas de friaxe que chegava até o chapapote da estrada  e convertia-se num fino manto de agua,  como se  houvera chovido. Estava-se a deitar naquele planalto  uma forte giada, embora  a cidade aquecia como podia e devolvía vómitos de fume contra aquele pesadelo de geo que caia do ceio.