lunes, 2 de noviembre de 2020

Notas soltas. Velhos escritos, ideas eternas.

 


Faz dez anos,

escrevia eu coisas assim, que achei por un acaso hoje refolhando ou mais bem clicando em arquivos. Bulia a cabeçinha  por fazer ou escrever cousas. Só podo dizer que o meu galego-português,  na altura andava recebendo  aulas, era melhor que  hoje e que a inquietude que daquela tinha, madurou e  calhou neste blogue. Que faz dez anos a importância dos blogues na rede era mais importante do que é agora, e eu sou um bom testemunho disso.  Ainda que o nome  do blogue que se albiscava, parece que não concorda com este,  pois , mais tarde como alustro de día de tormenta apareceu "À rompida do día". Contento co nome do blogue e o seu conteudo, sempre moi melhorável, até de agora  foi pra mim uma maneira de tentar fala, contar ou  exprimir  o que passa ou do que gosto. En resumo tentar partilhar inquedanças e  fazer  que o meu tempo seja, um  bocadinho , um tempo contado.

Como projecto dum blog, achei hoje, antes de levantarme da cama quando ja acordara e o sonho era sobrante. É e quando melhor tambem tenho algunas ideias, e abofé que naquele momento até semelham fáceis de fazer. 

Pois bom,  as boas ideias, sempre  parecem fáceis de fazer quando estamos na cama,  ainda cos miolos brandos e  descansados. O zume das ideias, pula por sair e movimentar a besta para que  esta començe a jornada com ideias  para fazer, com coisas que podam cambiar o mundo. Eis assim é a  vida feita esperança.Bendito seja que o pensamento descorra por estes mundos  assim. Que tristura não seria,  acordar e dizer : que é o que eu  posso fazer hoje,  não sou capaz de fazer nada, estou numa solidão mental e numa depressão  fonda. Quanto melhor é sentirmos pular a sangue mentras poidamos; termos  sonhos,  e esperança de que algo novo estara a chegar. Tudo ajuda e faz-nos viver. Loubado seja deus e os seus anjos e toda a corte celestial se  podem botar uma mãocinha. 

 

Um dia destes de  manhã, ontem para sermos exactos, achei que porque não tratar de eu  têr o meu blog. Depois de ser diario leitor de varios porque não labrar a propia leira.  O Terreiro está  ermo, há que decruar uma terra dura, as eixadas estão preparadas. Embora, pensei eu para mim que  não vai ser um caminho fácil, caro amigo. As eixadas querem braços  a bater no chão para romper os terrões e esmiola-los para fazer terra peneirada e solta que  como mãe nutricia reciva e agarime as sementes que hão de dar fruto para a primavera ou talvez o verão.

Um blog acho que pode ser  como uma seara  para a trabalhar. como o labrego que  trabalha no  dia a dia. Assim devería ser , sem duvida. Será mais doado andar coa constancia do pedreiro a colocar  a pedra pequena na parede. Este  trabalho de artesano é sempre o trabalho que fica no tempo. Bem aplicado está aquó o  dito de que auga  mole em pedra dura tanto da até que fura. Eis a solução e a questão de tantas e tantas coisas.

  E asim dialogavam os meus "eus".

O meu primeiro eu: 

-  E então como chamarias o tal  bloque?

-E como quiseres que fora?, quem quiseres que te acompanhara, ou que tu intentaras que te acompanhara  cos seus comentarios ?.

- Vai ser de adoração o propietario ou mais bem vai ser para solaz de tudo o pessoal que por cá quiser passar ?

O meu segundo eu:

- Pois vou dizer-te que , 

-Primeiro tenho lido muitos e bons blogs e alguns não permetem comentarios. Outros permetem mas não tenhem comentadores. Outros são muito intimistas .Hai-nos também de temas muito especificos.

-A min gostariame fosse aberto, como um abano de posibilidades para que o pessoal pudesse participar. Estaria escrito en galego-português, ainda que também animaria e possibilitaria o galego normativo, e também o castelhano, e o  português padrão . Melhor dito,  seria  uma mistura ou melhor uma caldeira idiomática,  ora essa.

O meu primeiro eu :   

-Muito interessante a ideia, embora, não achas que ainda que tu não queiras  o persoal  vai vir quer queiras quer não?. Andam á solta pela rede paxarinhos que   na sua procura de acubilho  podem fazer, dando uma olhada,  um descanso  no  teu blog. Podem ser pombas masinhas a olhar ou bandadas de pardais que andam a procura de regueifa e ficam moi ledos o encontrar  andurinhas a quem se pode dar tralha e malhar em brando. Esta especie existe na rede, mas esta especie tampouco é para desprezar, pois, por vezes animam  e estimulam um blogue. Além deste persoaal,  isso sim nesse blogue,  tambem é importante o partilharem pessoas  que aportem ideias e fundamentos. Embora só viver dos regueifeiros é muito perigoso, pois o mais provável que aconteça e que o blogue se converta  numa esterqueira barata dum  galinheiro. Assim se compreende o porqué de muitos blogueiros não deixarem fazer caixas de comentarios.  

O meu segundo eu:

-Sim, mas acho que não me preocupa, preferiría ter muita regueifa e visitantes que ser a sacristía da capela. Para isso a  temática seria aberta a tudo, social, espiritual, lingua, política, dizeres, e dicas que  xurdam cada día. Tudo sería possivel. O aspirinaB seria um modelo a seguir.

 -O blog chamariase dende o alto do larouco.

-O título terá que vêr com que nele participariam galegos, e portugueses a ser possivel.O dende darialhe o toque galego idiomáticamente.

-O título explicariase numa entradinha  do blog e seria mais ou menos assim.

Dende o alto do Larouco vê-se o mundo inteiro. Tu vês e o mundo não te vê. Se olhas para o norde estaras a ver Baltar e o seu concelho, até Cobas, penalonga, os penedos da rainha loba, a aldeia perdida da Roussia, o limia indo manso pelo Vale de Baltar até Garabelos. Para o oeste olhase Montalegre,Portugal, a barragem de pitoes, os montes do Barroso, vilar de perdizes. O sur onde nasce e quenta o sol, o val de Verin, e os pobos da beira do larouco, São Millão, Videferre, Soutelinho da raia, Cambedo; olhando para o leste, os montes de Serra de Meda, e ainda mais lá Manzaneda e a Limia.

Olhase todo o mundo.

 E por isto que a xuntanza niste blog gosto que seja um convivio. Dende  este alto que tem o mundo  por debaixo, viemos  para falar,  ascendemos  até aquí para contarmos o que queiramos  animado pelo  silenço e a força que em nos deixa o deus  Larouco. O Larouco e galego e português, foi celta, suevo, romano, só galego. Ele viu pasar a historia mas ficou sempre nobre, ergueito e nutricio de auga e lenha e pasto para quem quiser. Ele fica aquí dende sempre e não mudou ndda. Ele é a testemunha   de todos nós. Por isso dende aquí, ascendermos e com boa caminhata  para chegarmos a fazer deste lugar uma cimeira  de união, uma palestra  para falarmos e misturar as nossas linguas  comuns.

Para chegareso  o alto do Larouco, não é doado. Não queremos que suba de carro, podes ascender de caminhada, pelos caminhos de terra que tambem podem ser transitados na bicicleta. Que quer isto dizer. Para amar a montanha há que ascender abraçado a ela,  Vè-la e o tempo tocá-la, ir devagarinho, de paseninho, parar alguma vez e olhar para o fundo, cada vez o vale olhase duma forma diferente, o rio fica mais pequeno, as ribeiras estão cheas de vidos, amieiros e xestais, mais verdes que o resto da montanha, o ceu ja parece tocar o alto do Larouco a onde ei de chegar.

No alto , na veiga, há uma grande planura, um humedal, pelo que há vacas dum e do outro lado, alí é bom juntar-se os homens, para falar , so para escoitar,e o que quadrar nesta cerimonia da vida. 

Tudo parece uma metáfora  da construção dum projecto blogueiro.  

 A foto corresponde o   Vértice geodésico do lugar mais alto do Larouco.

 

No hay comentarios:

Publicar un comentario

Comentarios: