Neste blog há sempre um
post borrador, ainda que todo o blog pudesse parecer um borrador. Este
post que numca se publica chamo-lhe "a celeira", porque humildemente
não chega a ser celeiro. Pois a celeira é um Celeiro muito pequeno, ao lado da corte, onde se guarda a comida dos animais.
Palavras já olvidadas o quase não usadas e novedosas para novas
gerações. Como tantas outras ligadas a um idioma desenvolvido no rural
agrícola galego que já não está a mudar, senão que está desaparecido.Porque o que sustentava o seu uso desapareceu.
Nesta celeira virtual gardo eu de vez em quando fotos, comentarios,
ou cousas curiosas que apanho pela rede principalmente e rapinho-as pra usarem cando o
tema ou as circunstâncias propiciarem darlhes luz. O caso na
realidade é que moitas das cousas alí depositadas com certa ilusão
poucas vezes saem do seu esconderijo. E por um pouco de justiça hoje saem
algumas ainda que seja em tropel, pois se até de agora não tenhem encontrado um lugar ajeitadinho pra calharem e realçarem um post qualquer, hoje constroem elas mesmas o seu post.
Não esperem tesouros escondidos, joias desconhecidas da internet.
Não é todo vulgar e simples, embora tê-las tanto tempo escondidas,
depois de adoptâ-las como amigas,não parece elegante. Pois por isso vou
partilhar e se o tempo da adubarei-nas com um pequeno comentário. É o
xusto.
Esta primeira imagem é uma estampa típica da
Galiza rural dos anos sesenta e ainda os setenta. Um carro de vacas e
uma familia a trabalhar na lavoura, neste caso parece que estão a fazer a carrexa. Esta consistía em trazer pra eira o que estava nas searas segado, atado em molhose amontoado em medouchos que despois co carro de vacas traia-se pra eira onde posteriormente se faria a malha. Esta pode ser
qualquer familia das moitas que faziam estes trabalhos em Galiza.
Esta foto pode pensar-se que é minha familiar, mais não ainda que poderia ser. . Tenho-a também colada no blog como um símbolo de indentificação
de que das moitas infoluências culturais que a vida me deu, uma delas é nacer no rural lábrego de familia de aldeia , que tem para mim uma forte influência igual que outras moi distintas, na conformação do meu "eu". Quase
todos, por não dizer todos, os galegos vimos duns antergos e antergas que passaram a
vida turrando dum carro de bois. Sexa pois isso uma pequena simplicação e
homenagem antropolóxico-cultural.
Este pequeno cartaz sobre o galego e a expansião galega cara o Sur é uma boa síntese de informação e valorização, sem mitos nem mentiras, do que é o galego e do português. Convêm recordar, mais uma vez, que estes galegos não somos os herdeiros do gentilicio galego hoje, ou seja os que vivemos acima do Minho e Trâs-os- Montes, não estes galegos eram os que vivíam emtre MInho e Douro e incluso até Coimbra os quais com Afonso Henriques comenzaram uma nova historia. Mas eram galegos. Incluso dize-se que foi nesse territorio onde nasceu o gentilicio Kalikoi que despois os romanos geneeralizaram como galegos na sua expansão.Seja como for o idioma que eles estenderam pra baixo era o galego que despois coas suas misturas varias, incluida a dos muçulmanos, deu como resultado o Português.
Rosalía é a manifestação súbita da historia longiqua duma identidad cultural e nacional de Galiza. E como o fruto da historia do que foi. Sem uma Galiza histórica vital e eal numca houvera habido uma Rosalía de Castro.
Franco e Mussolini. Eles ocuparam um longo momento histórico no que estava a mudar a Europa que rematou na segunda guerra mundial. Uma época de contrastes e roturas sociais inevitáveis. Mussolini que dominou de cabo a rabo Italia não tive o azar de Franco que depois duma guerra encontrou o ar americano e anti-comunista a seu favor. Eso deulhe folgos pra durar muito tempo sempre coidando a mistura entre a espada e o altar. Como eleito de Deus a Igrexa concede-lhe o privilegio e a imagem pública de entrar nos templos baixo palio. Daquela sim que estava todo atado e bem atado.
Voltando neste caso o altar, esta imagem a branco e preto é atual. Da campanha pras eleições andaluzas. A cor, tal vez seja isso, dalhe um ar a Espanha de Franco.
Saimos
à rompida do dia. Som as oito da manhã quando começamos a subir o
caminho da serra, Castinheira em riba já no pleno Larouco . O céu
acordou desanuviado. A esquerda alá pola banda de Ninhodáguia está
començando a sair o sol.
Conto o que sei por ter vivido e não por ouvir dizer.Conto de acontecidos verdadeiros.....Quem não quiser ouvir pode ir embora, minha fala é simples e sem pretensão. ( Jorge Amado)
Esta é
uma loja, humilde, que tem um pouco de tudo o quase tudo; é bazar, é
mercearia, é tasca e taberna. É uma mistura de cores, de sons. É uma
caldeirada de informações variadas e expostas à vontade do patrão da
barca, eu.
Es bueno repetir el año. 1974. En el 75 murió Franco.
Hoy me he topado con ellos de nuevo, por causalidad, aunque hay otro post en el blog con este mismo vídeo. Mi cara de asombro y alegría sigue igual que siempre. Su estilo, la performance como se dice ahora y sobre todo esa melodía. Incluso hoy parece rompedor, imaginemos en 1974.
Es cierto el mundo, europeo, estaba frenéticamente mostrando un nuevo estilo. Aún duraba el movimiento hipiie, el mayo del 68 había influenciado una nueva generación, la televisión estaba en auge, los beatles habían ya cambiado las melodías musicales. Un nuevo estilo estaba ya presente.
Aquella España del 74, era engañosa. Era una España surrealista y esquizofrénica. Salía al balcón del Palacio de Oriente un anciano con parkinson que era generalísimo mandamás político y la gente le aplaudía. Por otro lado había turistas, minifaldas, un nuevo estilo de música, curas comunistas, manifestaciones. Una parte de la sociedad bailaba en las fiestas con Manolo Escobar y Lola Flores y otra en las discotecas con un nuevo estilo y un nuevo look. Aún en Semana Santa estaba prohibido que las discotecas pusiesen música rockera o de baile, podían abrir para escuchar a Jesucrito Super Star o música melódica. ¿ Era o no era aquella una sociedad esquizofrénica?.
Como dijo Jacinto Benavente en la obra teatral de " los intereses creados", "dos ciudades hay Leandro". En este caso dos Españas había, tal vez como hubo siempre, sólo que ahora parecía que se veían más y eran más distintas que nunca la una de la otra. Todo estaba comenzando. Dentro de poco a España, como dice el castizo, no la habría de conocer ni la madre que la parió. Aquél hombrecillo del balcón ya no se enteraba de nada, pero el símbolo o el jarrón chino que estaba allí y significaba todo. El solito saludando con su manecita al pueblo evitaba el cambio que se presentía.
Aunque parezca que en ese momento ABBA era algo normal, al menos para los corrientuchos, o mayoría silenciosa (cursi expresión de la transicisón), no lo era. Fue un flash que de repente parecía iluminar el escenario. Era la transgresión institucionalizada. Un sin miedo al miedo. Aún Eurovisión estaba llena de representantes con canciones románticas tipo balada clásica e intérpretes con corbata tipo festival de San Remo. Abbba se adelanta , es rompedora y gana. El que gana escribe la historia y Abba es reconocido en su estilo al ganar y comienza a escribir una nueva historia de la música pop. El mundo estaba cambiando para nosotros y nos venía de Suecia, sin miedo, y con atrevimiento una nueva forma de estar. Nuestra capacidad de sorpresa hoy es menor, ya hemos visto las movidas nacionales, las miles de performances provocadoras de los años 80. Hoy es difícil sorprender o cabrear al español bien "pensante". En el 74 aquello era más difícil de entender, un aire de libertinaje y promiscuidad aparecía en el horizonte del español amante de la fé y las costumbres.
Con nostalgia recuerdo aquel Eurovisión y la nueva música tan alegre y bailable que había ganado. Fue el comienzo de nuevas canciones movidas y alegres que romperían en las repletas discotecas de aquellos años.