domingo, 9 de noviembre de 2025

Aquele Sacramento da Confirmação

 

......Num momento saiu da sacristía o senhor bispo para dirigir-se  òs fieis com frases carinhosas e paternalistas o tempo que baixava  os tres degraus duma pequena escada que limitava o recinto do altar co resto da Igrexa. Já posto na altura dos fieis dirigiu-se a nós, os demandantes do Sacramento. Meninos, rapaçes e incluso homes feitos, os quais estavamos preparados para recevermos a nossa  confirmação. Saudou-nos em geral com ise saudo beatífico e sorridente que só sabem fazer os bispos e os papas. Andava a caminhar lentamente dum lado para o outro  diante dos bancos da primeira fila na que estavamos os candidatos a sermos os  novos cabaleiros da fé. Ò tempo que caminhava ia dando singelas dicas explicativas do que era o Sacramento da confirmação e o que Deus esperava de nós e todas esas cousinhas, as quais,   nós já estavamos sabidos dabondo pelo mestre e mai-lo cura , pois os dous  matraquearom-nos nas suas charlas doctrinais. Dalí a um pouco já començou a perguntar pequenas cousas da doctrina e do catecismo, era todo moi fácil. Començou pelas rapazas e ia duma pergunta tirando as conclusões para a seguinte e assim pouco a pouco. Num momento na fila dos rapazes perguntoulhe o Silvio  o  dos Torneiros que pensava ele que era fazer o mal. 

    - ¿ Como te llamas y cuantos años tienes?

     -Chamo-me Silvio Torneiro do Baceiro e tenho quince anos. 

      -Silvio, ¿ aquél  niño dijo que Dios nos enseña a no hacer el mal? ¿Que crees tu que es hacer el mal?. 

         Naquel intre  o Silvio sentiu-se cheio de gloria e respondeu  rotundo no seu castelhano . 

      _ Hacer el mal es  tornar-lhe el  auga òs vecinhos de sus lameiros para que vaya para el mío. 

       O bispo entendeu perfeitamente  o que Silvio quis dizer, e asentiu coa cabeça e repetiu a afirmação do Silvio. 

      -Muy bien explicado hacer obras que dañen a nuestro prójimo es como hacerselo a nuestro Señor pues el mandamiento nos dice que "amarás al prójimo como a ti mismo" y si haces una acción mala contra otro vecino estás pecando, sin duda. Muy bien. 

      No momento que Silvio diz o do tornadoiro da agua dos lameiros, um leve sorriso e olhadas cómplies percorreram a igrexa toda.  O Silvio era considerado, tal como se dizia na quela altura, um rapaz não de todo completo, ou que lhe faltava um fervor  e, obviamente,  era tratado com reserva e certa atitude burlesca ou infântil .  Tal vez o dito vinha porque o  Silvio era um bocado extravagante e afeito a fazer tolerias e a dizer expresões raras, isso   fazia que todos consideravam que não estava moi bem de todo dos miolos. No obstante pela sua resposta tampouco parecia que ainda assim fosse tanto. O que passa e naquela altura nas aldeias era moi fácil ponher  tachas de tolo ou deficiente mental e manter esa sinal pública "in eternum". Incluso as vezes as pessoas con deficiéncias físicas eram também consideradas com alguma anomalia psíquica e receviam um trato diferente. O mundo rural não era um paraiso e havia mais violência em todos os aspectos da que hoje podamos imaginar. Tal  vez o Silvio fosse tão competente como qualquera mas a pouca dedicação que se lhe prestava na escola além da pouca dedicação familiar recevida,  e as suas particulariedades  de personalidade, tudo misturado, faziam que o pobrinho fosse alvo duma etiqueta ou  rótulo difícil de arrincar e que era:

      " a iste falta-lhe algo, tem alguma tacha ainda que não sabemos qual é". 

     E quando a gente te trata distinto tu acabas pensando que eres distinto.

     Tal vez o Silvio aquele día ficase contento e reconhecido no seu interior e numca olvidasse que num día o senhor Bispo de Ourense fez-lhe uma pergunta e ele soupo resolvê-la coa linguagem e os conceitos que lhe eram familiares; o seu mundo o que ele olhava e tinha diante eram emtre outros,  o monte, o gando, os prados, as searas, as hortas, o toxo, os carrouchos a solidaridade das malhas e das colheitas e a maldade traicioeira de irem de noite as caladas a tornar a auga dum prado do vicinho para outro. ...

jueves, 23 de octubre de 2025

1957, uma viagem o Couto Mixto. III

 Em julho do 1957, o capitam Folgoso, recem graduado de Tenente,  tivo uma importante reunião perto do Couto Mixto. 


.......-Se você prefere chamar-me André não me importo mas todo o mundo me conhece como o “Lameiro” por formar parte da família Lameiro, do qual orgulho-me.

   -Seguirei chamando-lhe Lameiro como você prefere, só era curiosidade. Acho que o seu alcume tem moito sentimento e isso é o que conta.

   Não me perguntou nada sobre mim, por respeito, evidentemente. Mas intuía eu  que já o seu patrão lhe daria alguma ideia de mim, e não era momento tampouco para estragar a sua informação, mas tratando de estar ali com tanto sigilo, quanto menos se falasse moito melhor.


   Chegou o momento de partirmos de novo. E montamos nas nossas cavalerias e iniciamos a marcha.


   -Depois de virarmos a esquerda nesse outeiro , já estaremos quase no povo. Dixo ele o tempo que as cavalerias já tinham colhido o passo coa cadência da marcha.


   Depois dum tempo de caminhada, num momento o caminho converteu-se num chão batido e de seguido uma calçada romana, que nos ia conduzindo a entrada de Meaus. O povo parecia estar escondido entre uma floresta espessa de velhas touças de carvalhos, amieiros, vidos e castinheiros. Estava o abrigo do vento norte, pois estava abeirado a um monte que ia ascendendo desde as beiras do povo. Dava-lhe o sol desde o nascente até o sol-pôr, cara o sur olha-se uma extensa e nutrícia veiga pela que passa o Salas, ainda incipiente. O frente passada a chaira da veiga vê-se um povo maior é Sampaio de Abades.Já pronto paramos diante duma casa de pedra com um corredor de arcadas também de pedra e uma escaleira rústica que leva a entrada principal. Debaixo duas cortes com amplas portas carrais, por detrás adivinha-se um pátio redundado por uma alta tapada de pedra.


   Em quanto paramos as bestas, um homem alto, forte, de pelo negro e comprido baixava sorrindo a escada dende o corredor até onde já estávamos nós. Era o senhor Miguel Morgado Avedillo. Nos descavalgamos e fixemos os saúdo de rigor.....

martes, 21 de octubre de 2025

1957, uma viagem o Couto Mixto. II

             Em julho do 1957, o capitam Folgoso, recem graduado de Tenente, tivo uma importante reunião perto do Couto MIxto. 


......Num momento de mais confiança, atrevem-me a pergunta-lhe pela sua vida. Ainda que pressentia que ele não gostava de ter confiança com um desconhecido a quem considerava de outra casta.

-Mas, senhor lameiro o seu nome qual é. Pois Lameiro é alcume ou apelido?

-Sim senhor, Lameiro é alcume. Pois eu chamo-me André Regueiro Pousada, nasci na aldeia de Castro Laboreiro em Portugal, mas na fronteira perto de Entrimo. Não sei se conhece o ou tem ouvido falar.?

-Sinto, pois não tenho nem ideia do lugar. Respondi.

-Mas diga-me como chegou a viver em Entrimo?.

Ele passou a mão suavemente pela cumprida cabeleira branca, sorrio levemente e engadiu.

-Pois a minha vida é fácil de contar. Por tanto, olhe, a idade de dez anos os meus paizinhos, com seis filhos, buscarom para nós um pequeno porvir e assim também deixar liberada a casinha de tantas bocas. A mim a sorte levou-me a um lugar perto de Entrimo, chamado a Ilha, como criado de servir numa rica casa de labrança, chamada dos Lameiros. Por isso eu sou conhecido como Lameiro na contorna de Entrimo. Bom, no entanto ali ajudava nos trabalhos da casa, ia co gado o monte, arava, sachava, segava, estercava, mumguia vacas e cabras, em fim todo o que tinha de ser feito numa casa de labrança. Sempre fui bem tratado e ali botei dez anos até que chegou a guerra civil e voltei para Castro Laboreiro não fora que me mandassem como soldado também a mim o frente. Neste tempo que durou a guerra estava em contacto co meu patrão o senhor Eleutério Lameiro e coa sua filha, pois a mulher morrera-lhe por então. Neste tempo da guerra apareceu por cá, escapado, o senhor Miguel Morgado que mais tarde casaria coa filha do senhor Lameiro. Quando a guerra rematou voltei com eles . Passados cinco anos depois do final da guerra morreu o senhor Eleutério e o jefe da casa passou a ser o senhor Miguel. Passados uns anos os meus senhores estabelecerom-se em Entrimo mesmo . Puseram um negócio e eu trabalho o capital das terras da Ilha e ajudo também no negocio a segum calhar . Em fim um pouco de todo. E esta é um pouco a minha história.....

lunes, 20 de octubre de 2025

1957, uma viagem o Couto Mixto. I

                  Em julho do 1957, o capitam Folgoso, recem graduado de Tenente,  tivo uma importante reunião perto do Couto MIxto. 

Assim pois no dia combinado moi cedo, apareceu o senhor Berceiro o taxista para irmos de viagem  visitar a umas tías do meu pai.Sería um día enteiro para a ida, fariamos noite em Calvos e  ele esperar-me-ia no povo de Calvos mentras eu me deslocaria a uma aldeia pertinho dalí na que não se podía chegar de automóvel.   Arramcamos  de Celanova para Calvos de Randim. Um calor rachante, o ceu limpo, o sol entrava peneirado nas fragas de carbalhos e  pinheiros e invitavam o descanso e a deixar-se acarinhar daquelas sombras verdosas. Uma travessia incómoda e cansativa  foi-nos levando dende  Celanova até Bande e despois avançamos  costa acima, serpenteando por uma estrada de terra batida e colhos. O fim chegamos até Couso de Salas e asím  alcanzamos o planalto dominante sobre o val de Salas e o val do Limia.  A partires dalí o rio Salas  vai descendo e começa a cair veloz monte em baixo até morrer no Limia. Pela banda do Sud-oeste os ergueitos castelos das montanhas da esfíngica e tutelar silueta do  Gêres presidiam a paisagem   e olhavam-nos dende longe. Uma paisagem de diferentes cores, saudosa e viva acompanhava o nosso trilho até chegar a cimeira. Uma parada no alto e o marivilhoso mundo se abria os nossos olhares. Cara o  norte albiscabam-se as terras de Bande, Lovios, Entrimo e o alto do Vieiro que nos tapava as de Celanova.

Calvos, encostado cara o sur numa pequena montanha, ofrece o chegar dende o norte uma terra chá até os montes próximos. Lá no fondo estaba o paço dos Tejada que abrangia um amplo terreiro todo pechado com uma grande e antiga  tapada de pedra. A entrada uma nobre fronteira co escudo da casa  presentase-nos despois de pasar um souto de castinheiros, diante de todo um castinheiro centenario encorva o tronco o peso dos séculos. Ia petar na porta principal mas aparesceu de repente a receverme o senhor “lameiro” pois estava-me esperando.

-Bom día. É o senhor Folgoso?. Perguntou-me.

-Sim, sou eu.

-Estava a sua espera, tal como me ordenou o senhor Miguel. Pois cando você queira, podemos ir para fazermos o caminho a Meaus.  Se o senhor quiser demorar um pouco para descansar.?

-Não, não estou canso, será melhor chegar-mos quanto antes e despois já descansaremos  em Meaus.

-À vontade, senhor Folgoso. Pois não se fale mais. Vamos lá.

Saimos da entrada do pazo e entramos nas cortes dos cabalos e alí subim o cabalo que ele me tinha preparado e ele subiu também numa besta marela de bom porte.

- Imos ir polo  caminho de cara Paradela. Eu acho que duas horas estaremos no nosso destinho.  Diz o Sr. Lameiro.

Despois  deu-me uma rápida informação cum vista de olhos das terras nas que estavamos.

-A nossa direita ficava o rio Salas, mais aló temos Tourem, Randim, e o fundo Vilar, e Vilarinho, e mais adiante Santiago e Rubias, que junto com Meaus compoêm os povos do Couto Mixto. Lá o fundo na direção de Tourem está o alto da Mourela que nos leva a Pitões das Junas. Aquela serra tão alta que fica detrás de Vilar chamanlhe serra de Pena e Monteagudo. A nossa esquerda lá no alto fica o povo de Feás.

Com estas dicas o senhor “Lameiro” parecía sentir-se satisfeito de haver cumprido  o seu deber de anfitrião e parceiro de viagem.  O caminho era plano em general, nalguns tramos descendente. Nuns lugares era corgo, noutros aberto e à ventestate. As vezes  térreo e  noutros puro pedrogulho, incluso  zonas de penedas, algunas  lambidas nas esquinhas por os moitos carros de vacas que  teriam circulado secularmente  por alí. Quando  calhar,  iamos abeirados as sombras dos carbalhos das moitas touças do caminho, moito se agradeçia aquel refrigerio entre aquel sol abafante. Quando tocava  caminhar entre as terras de labradio quer fosse pelo pó, quer polas  moscas quer polo calor sufocante, ou por todo a vez,   as cavalerias  faziam pequenos protestos ressoprando como desabafo até chegarmos a encontrar  outro solaz que a natureza nos deparar. Ao longe  olhamos Meaus e então figemos um alto para  descansar, tanto  as acémilas coma nós. Sentamos numas penedas a sombra duns castinheiros a beira do ribeiro formado por um bulideiro regueiro de agua cristalina que corría cantareira em direção o Salas. Aproveitamos para dar de beber os animais e nós . Mesmo deveciamos por  estombalhar-nos à vontade  naquela ínsua saudosa. Alí,naquela tranquilidade, trocamos umas conversas. O Lameiro parecía um homem reservado, tranquilo, de fala lenta e prudente que conhece o vento e o tempo melhor do que os livros. Mostrava essa  imagen das gentes adicadas  toda a vida a servir algúm amo de casa rica de labrança. Tinha esa lentura no escoitar e no falar, propria dos homens do povo anónimo que permanecem calados entre o medo e a sabedoría antiga. Mostrava-se como se fosse um ninguém que  só quer escoitar, que não tem opinião ou a sua não é importante. Além disso  se for precisso,  oferecer-se-ia por gardar um segredo do seu amo. Fidelidade e lealdade que revelaba no seu limpo olhar.  Era  de meia estatura, fivroso e delgado, moreno cetrino de labrança, pelo branco cumprido, andaría polos cinquenta anos. Tinha um sorriso natural e a sua presença infundia confiança. No falar adivinava-se um certo sotaque portugués, ainda que eu não distinguiría moi bem os falantes da raia  acostumados o contacto cos vecinhos da outra banda, dos falantes portugueses nativos. Não o interroguei o respeito. Dixo-me que leva moitos anos trabalhando para o senhor Miguel, que é um bom amo e que tem  no convivio com ele um  trato moi bom, para ele a casa do seu patrão e coma se fosse sua. Engadiu-me, com certa solenidade, que ele estaría disposto a fazer o que fixe-se falta por as causas  do senhor Miguel. Engadiu que moravam em Entrimo, e que o senhor Miguel  tinha moitas e boas terras de labrança e um negocio de comestiveis ou como dizem também agora tenda de ultramarinos ,  na vila de Entrimo. 

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viernes, 5 de septiembre de 2025

“A Casa grande de Romarigães”. ( De vez em quando um livro)

 

         Faz já um tempinho lim com moito agrado o romance de Aquilino Ribeiro “A Casa  grande de Romarigães”. Gostei moito da historia em si, mas também  da  forma increível de narrar de Aquilino Ribeiro.Ainda que o seu português seja  requintado as vezes e sementada a narração  com palavras, locais e rurais,   moi difíciles para um galego, e incluso um português medio de hoje. Estou a falar como um vulgar leitor que não é dado para  fazer, por falta de conhecimentos, crítica literaria.Já outros mais qualificados tenhe-na feito e ninguém nega o nível literario de Aquilino, que fica como um dos mais grandes da literatura portuguesa. 

 Há historias bem contadas, nas que por alguma causa o leitor mistura-se  num halo fantástico provocado por un escritor e então, tudo conflue num disfrute intelectual. Embora, iso ocorre,   algumas vezes e de forma misteriosa surge. Para, surgir,   é precisso se conjugarem ou confluirem  varias circunstâncias, tais como  que o tema a tratar seja estimulante para o leitor; que este esteja em boa  predisposição pra mergulhar-se na historia;  e sem esqucermos, tal vez o mais importante o génio do escritor. Este  na sua forma de narrar vai ser o fermento estimulante da obra . Neste caso lermos o português culto e popular que maneja Aquilino Ribeiro e um prazer.

Eu recomendaria esta obra a qualquera que estivesse disposto a lê-la com calma e carinho . Eu li-na duaz vezes e a sua leitura vai ser  lenta por o já dito do português culto e popular utilizado, mas pracenteira. Também para quem  não  tiver certa familiariedade co idioma,  tal vez se faga um pouco cascuda e dura. No obstante há traducions para o galego e para o espanhol, mas para mim tem um valor a sua leitura no idioma original. 

  Além disto, a recomendação podia ser feita, aunque seja  só por  percorrer uma historia que começa no secúlo XVII e remata lá pelo XIX, e o tempo que narra a vida da casa grande de Romarigães e dos seus diferentes personagens vai  percorrendo a historia de Portugal e de paso de Galiza e Espanha, pois tenhem  moita pressencia a dinastía filipina, a Galiza com laços familiares, a conquista da Guarda e  a comarca do Rosal pelos portugueses na guerra da independência de Portugal da monarquia hispánica, a luta contra os franceses e os aconteceres portugueses do finais do XIX, rematando a familia senhorial protagonista do romance deslocando-se para  Lisboa, ficando a casa baleira e abandonada.

Uma historia da hegemonia das nobrezas e senhorios eclesiásticos e os dominios de ambos sobre a classe labrega rural, todo no norte entre o Minho e o Lima.

Tive o prazer de ir persoalmente a ver a casa grande de Romarigães, pois ainda alí está olhando para os séculos. Uma tapada secular ainda  lhe faz proteção mas já  o abandono e o deterioro é evidente. O mato e o bosque alto  tentam  escondê-la nas brumas  da memória. No obstante despois de tê-la imaginado no próprio magim a beira da leitura, vê-la  frente a frente um sinte algo especial com um chisco de subtil complicidade  o perceber na realidade a fantasia vivida na leitura .

Todo iste preâmbulo  chegou pra dar justificação e entrada a umas notinhas que encontrei por acaso num rascunho feito  à pressa  num caderno olvidado a um tempo que lia por segunda vez  o romance. Pois  bem, assim, de súpeto pareceu-me boa ideia darlhe vida ao pequeno esforço de tomar umas notas  da historia contada e  deijâ-las eiqui. Vamos lá.

O MORGADO: é o neto do padre Cunha. Estamos no 1650. A casa foi criada polo padre  Cunha no 1580, mais ou menos. Recordemos que a dinástia Filipina reina em Portugal a prtir de Felipe II dende 1581 até 1641.

GONÇALO DA CUNHA, e o padre que faz e inicia a vida da casa grande, para o que tem o apoio do Visconde de Vilanova de Cerveira que é o propietário real da casa.

Dom Diogo de Lima, visconde de Vilanova de Cerveira, Pendão e Caldeira, tinha um poder igual a el Rei em quanto a nomear  oficiais em todo o couto de Fraião no que estava a casa. Era este  o fidalgo mais temido entre Douro e Minho.

 senhor  don Baltasar Cavedo de Frois da casa do Freixeiro e primo de Gonçalo Da Cunha.

Alguns topónimos  da zona que são familiares  na historia da casa grande. La Bruja, Rubiães, Portela, Coura, Fraião, Romarigães,Agualonga, Serra da Arga, Nossa Senhora do  Amparo,, Meijoeiro, Sam Paio, Cabraçeo.

1.-Dom Gonçalo Dacunha 1580, padre,  de familia fidalga tem um filho de solteira com Maria Roriga. O filho Domingos Dacunha  nasce no 1610 e morre no 1680, já na dinastia dos Braganças. Domingos o morgado vai  herdar a Casa Grande  e vai a chegr a ser considerado o homem mais rico entre Minho e Lima.

2.-Domingos casa coa sua prima Francisca de Antas de Sam Paio de Agualonga. Pertece a casa de Antas de Fraião e Bustaranga, nobreza minhota (jogo de tronos).  Francisca tem familia na Galiza na casa do Soutomaior. Casam no ano1680 e tenhem cinco filhos  .

3.- Luis de Antas morgado de Domingos Dacunha casa con Joana que era uma freira da familia dos Antas e que está no convento na Guarda na Galiza. Na guerra contra a dinastia filipina conhece-a   na toma da Guarda pelo ejército português. 

 link para ver algo mais. 

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/a-casa-grande-de-romarigaes/  

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/aquilino-ribeiro-2/