miércoles, 3 de diciembre de 2025

À Rompida do dia, já cumpriu dez anos.

       

              Já cumprimos dez anos. E aquí estamos. 


Aquí há uma mistura  que não permite  dar uma sinal clarificadora do que é o que há. É uma loja, humilde,  que tem um pouco de  todo o quase todo; é bazar, é mercearia, é tasca e taberna. É uma mistura de cores, de sons. É uma caldeirada de informações variadas e expostas à vontade do  patrão da barca, eu. Mais parece que estiver feito para o consumo proprio que para, o que é normal, o  consumo do público que por acaso aquí chegue e goste.  

 Nestes dez anos passarom moitas cousas na vida de um, coma na de quase todos.Só felicidade, nada que lamentar,  moito que agradeçer a vida, de forma especial  a chegada, nos últimos seis anos,  de  cinco adoraveis  seres,  chaman-se: 

 XIAN, MARTIÑO, ROI, XELA E GAIA. 

Porque  seja como for, quer se queira quer  não,    navegar é preciso .

 

          À Rompida do dia. Esta pequena nau, un dezassete de setembro de 2015,  saiu a navegar sem dizer a ninguém a onde ia e que ia fazer, saiu, só saiu e seguiu, vagando pelo mar, sem mais.  O patrão da barca, aquele día, não soube que dizer e hoje depois de dez anos , segue a divagar e a falar e a dar voltas arredor de si, mas não diz realmente  o porquê  anda a navegar esta  nau . Ele sabe o porquê, mas gosta de criar mistério, gosta de que sejam os outros os que digam o que quiserem, os que opinem. Assim pois,  não está muito preocupado pelo o que se diga. Sempre teve a ideia de  berrar para  os outros e dizer , olhai  ando neste mar para isto ou aquilo,  mas nunca  este  bateleiro encontrou o momento para dar esa explicação.       E se tal vez não houver um porquê?. Ou melhor dito um porquê formal como podia ser algo assim como exprimir que este  blogue vai falar da história dos reis godos, ou vai falar todos os días de química cuántica, ou vai a fazer comentarios da situação política e social etc. É difícil dar un conteúdo formal ou dar uma finalidade clara, quando é tão pessoal. No meu pensamento, o lugar deste blogue, é uma cousa  lá na rede no que vale tudo  em quanto a conteudos a expor. É um incentivo cultural , un lugar de trabalho, um cofre pra gardar recordos, uma forma de recreo particular. Não está feito para alumiar a ninguém, nem têm pretensões de fazer adeptos-seguidores, está feito para mim, ainda que pareça tudo surrealista. Aquí há uma mistura de coisas que não permitem  dar uma sinal clarificadora do que é o que há. É uma loja, humilde,  que tem um pouco de  tudo o quase tudo; é bazar, é mercearia, é tasca e taberna. É uma mistura de cores, de sons. É uma caldeirada de informações variadas e expostas à vontade do  patrão da barca, eu. Mais parece que estiver feito para o consumo proprio que para, o que é normal, o  consumo do público que por acaso aquí chegue e goste. 
      Aquí há relato literario pessoal, muita música do youtube, crítica política e social, retalhos da  historia, curiosidades apanhadas na rede ou nas media. Resumo de livros ou capítulos de livros que  são considerados interesantes, em fim de tudo. Uma mistura entre um falso diario e um caderno de papel no que  se anotam coisas variadas, que um quissera recordar. 
      
      E de fondo um vídeo que adoro e que me acompanhou, não sei se os dez anos, pero cerca andaria. Este sonho meu, que numca nos deve faltar. 
   

 
https://www.youtube.com/watch?v=0f9PBsnFmmc&list=RDCwppKJjYReA&index=2

sábado, 29 de noviembre de 2025

Lendas da minha aldeia: De quando fum sacristám, lá polos meados dos anos 60, e falava em latím.

 Imaxe

.....A missa ainda era em latim pelo o que só se ouvia falar o presbítero celebrante e mais o seu sacristám. Este posto de ajuda nos oficios divinos no altar era para um rapaz ou moçote, com preparação em escritura e leitura o qual não era o mais comúm, já que tinha de aprender a contestar de memoria os rezos em latim. Isto era assim porque o sacristám oficial era um homem adulto que tocava as campás, fechava e abria a igrexa etc.  e não dava aprendido o latim, salvo excepções. A escolha e a preparação do rapaz ou rapazes no seu caso, era feita  pelo mestre da escola que era o que melhor conhecia as faculdades e sobre todo o tempo que tinha o mocinho para mergulhar-se naquela aventura do latim. Se os pais, como era o mais comúm, eram labradores o neno à saida da escola tinha o tempo ocupado para ir coas vacas os prados ou o monte, então o candidato tinha que ser por força filho dum cabaneiro que tinha as tardes livres pra folgar e andar à solta de tunante rua arriba rua abaixo. O eleito latinista adicava días a estudar e a repetir coma um papagaio aquelas preces num  palavreiro que não entendia. Assim cumprindo, eu filho de cabaneiro,  cos requisitos enunciados o mestre decidiu prepar-me para o posto de sacristam imitador de Cicerón e Tito Livio. Quando a visita chegou eu andava já  de recem sacristám-ajudante do culto e tivera que aprender aquele librinho numa linguagem bem diferente do castelhano, que se lia na escola, mas imprecindível para falar com  Deus na celebração da missa.  Dende o "Intro altare Dei", o  "confiteor", o "Dominus vobiscum", o  "pater noster qui est in celis",o "credo in unum Dei", até  chegarmos o  desejado ite missa est, pra rematar e sair. Esta geringonça, com perdão, acabou  tendo para mim um som familiar que  mais tarde passaria a ser, no seminario ,posteriormente , companhia de viagem  da minha vida. Ainda que o passo do tempo e o desuso do latím, incluso dentro da Igreja, faça parecer que tudo aquel estudio quedou em fumo e que ficou no olvido. Não obstante,  nada é o que parece pois iste  posso cultural fica no profundo do homem de hoje e jovem de então. Enfim,  quer se queira quer não,  tudo , seja bom seja mau, contribue na propria formacão e toda  experiência sempre deixa uma pegadaNo meu caso pode ser o  gosto pelas   palavras,  as etimologías das mesmas e o  respeito e curiosidade pelas diferentes falas ou formas de falar. Seja como for calha bem o dito popular cando diz  que o saber não ocupa lugar, ou seja que não me fixo mal nenhum o aprender aquela  missa em latim. No obstante, o meu caso co latím não tem mérito nenhum  se o comparades co caso do "Pepe do paxarinho". Era iste naquela altura um moçote que gostava de contar anedotas, brincadeiras e historias picantes que ele ouvia e gostava de expor a grupos de adeptos que arredor dele escutavam o que ele dizia. Mais ou menos  como se de um cómico do " club da comedia" se tratasse", o Pepe repetia os responsos dos enterros completos,  a sua maneira, numa especie de idioma inventado que era o latim que ele percevia daqueles coros de curas cantando-lhe o defunto dende a casa até o templo. Quanto  mais rico fosse o  defunto, mais responsos tinha. A mais dinheiro por responso mais longo era o cántico latino. Ou seja a oferta e demanda de toda a vida. Assim pois, eu escoitei o Pepe,  por vezes, naquelas assembleias espontáneas  recitar, a peticião daquela clã, um concerto completo responsorial. 

- Pepe mandalhe   um responso de cem pesetas, despois um  de duascentas e incluso algum de quinientas. Eu ficava abraiado ou anonadado (que bem sendo o mesmo diga-se como se diga), co canto  gregoriano do Pepe . Nos meus miolos quedaron sempre fixos aqueles responsos inventados e ainda hoje podia recitar parte deles. Quando já supem latím e comprobei o que queríam dizer aqueles preces auténticas e o que eu aprendera do  Pepe, não podia conter a gargalhada. O que aquel homem fabricou na sua mente era uma obra de arte da linguagem. Algo assim tivemos nós que fazer coas canções em inglês para cantâ-las, nem em Inglês nem espanhol senão numa lingua nova inventada.

     Tudo isto do latím litúrxico  estava ainda no seu apogeu, embora a este zénit de popularidade quedavam-lhe catro días, ainda que nós nada sabíamos nem intuíamos. Estava pronto a chegarem os resultados do Concilio Vaticano II.  Estava-se a prepar-se uma grande mudança na Igrexa, especialmente,  e não só,  na liturgia. O  latím sería um daqueles cambios. Diziam que havia que falar-lhe a Deus na lingua vernácula ( iste palabrão sonava-me mais a erótico que outra cousa), que os curas traduzirom por castelhano.  Assim pois, o  Vaticano II andava já no seu  remate,  ainda que nós pouco disso sabíamos. Pouco ou quase nada  nos falarom nem na catequese nem na  escola nem na predicação dominical  diste assunto  do Concilio, no entanto sim foi moi comentada a morte do papa  João XXIII  que foi em pleno Concilio.  Recordo a foto do papa no jornal fumando um charuto, coisa que pra figura que eu tinha dum papa já me fazia destaque, hoxe seria inimaginável. Todos choramos a morte daquel papa e sentiama-nos orfos e desamparados, ou iso era o que a minha virginal empatía  sentia. 

      Fazia pouco mataram a Kennedy, agora isto do Concilio, Franco celebra 25 anos de paz, os americanos andam artelhando uma guerra em Vietnam. O mundo está revolucionado, onde chegaremos.  

jueves, 20 de noviembre de 2025

Tal dia coma hoje morreu Franco.

  Lá polos 1950, um fictício guerrilheiro antifranquista remite uma longa carta póstuma a um filho seu do que viveu separado pola guerra e a post-guerra. O filho descovre por esta carta quem é o seu pai . O silêncio foi lei para os perdedores. 

 Velaquí um extracto da mesma.  

 

 

.......Eu e a tua mãe fomos felices, o tempo que namoramos e estivemos juntos e despois como um agasalho  chega-ches tu. Mas cando as bestas se  desatarom de pronto  na nossa vida  todo mudou . Um novo mundo de dor, violência e miseria humana engoliu-nos numa nuvem cinzenta da que não demos saido.  Chegarom  daquela tempos moi dificeis e duros. Fugim coa tua imagen no coração.Despois tuvem a  oportunidade de que gente boa me salvasse a vida. A esperança de que a tua mãe estuvesse viva dava-me folgos para seguir na loita pola  minha supervivência e poder  cumprirmos o desejo de que algum dia nos juntaríamos os três  em Portugal e que aquela tolemia durasse tão pouco que nos deija-se voltar o nosso fogar, como se todo fosse um mal sono. Nada disto  pudo fazer-se  real. Esta odiosa guerra e esta terrível persecução  destrui-nos por completo. Eu já  passado um tempo e a salvo em Portugal enterei-me da morte de Estrela,  nossa esposa e mãe. Foi este grande amigo Miguel Morgado que me trouxe a noticia de que ela fora assassinada  na provincia de  Zamora dende onde ele  vinha fugindo da morte segura, até encontrar-nos os dous nas contornas das terras de Montalegre.  

.Na minha nova vida de guerrilheiro,  andei asentado onde pude. No monte entre  covas e chouzos; acubilhado em  casas secretas  nas aldeias; durmindo em cortes de gando, em palheiros e  combarros de lenha,em  alpendres  e cando podia no acougo da  minha casa de Pitões das Junas. O lobo e nós tinhamos conversas, saudos e intereses comúns. O lobo era a nossa metáfora de vida: ele representa a natureza indómita o espirito de supervivência e a pureza de quem não se submete. Eu, guerrilheiro, via-me reflectido nesse ser perseguido que parece partilhar com nós um mesmo destino:  a solidão e a morte como preço pola liberdade.

 Dende o Larouco até Castro Laboreiro  dum lado e do outro da raia, andavam as nossas partilhas guerrilheiras  a procurar refugios, marcar e asegurar rutas seguras de escape, proporcionar uma mínima atenção médica, proporcionar  roupas e manutenção, obter informações dos destacamentos de falange e Garda Civil que tratavam de fechar a saída dos fugidos galegos.  Nós iamos  fronteira arriba e abaixo, entrando na  Galiza e voltando os nossos  de segurança nos montes e aldeias de Trás os Montes e o Gêres. A minha vida consistiu em ajudar a salvar-se a todos quantos fugidos podíamos  para cruzarem a fronteira e proporcionar-lhe forma de chegar a Porto normalmente, ou a outras zonas de Portugal. Ainda que Portual era  um régime dictatorial, da época de Salazar, eramos aceites  ou polo menos eram  tolerantes  coa nossa presença. Cando podiam olhavam para outro lado e permitiam em parte a nossa vida, sempre e quando não nos mostrarámos demasiado,  nem figese-mos  ostentação da nossa actividade, ainda que de nada servia o nosso comportamento no caso de  o Governo de Franco dar  queijas da nossa presença, então era quando a Pûde, a Garda Fiscal, e a Garda Nacional atuavam forte comtra  a nossa gente. Ou seja eles, normalmente,   permitiam  ou toleravam os  nossos movementos. Seja como for o que sim é verdade e que  a sociedade em geral,  apoiava-nos moito e sim,  havia organizações sociais e voluntarios civis que nos davam ajuda logística indispensável para mantermos eficaces. Tinhamos colaboradorestanto  nas aldeias fronteiriças da Galiza como nas de Portugal . Eu aceitei o alcume de guerrilheiro, para prestigio social,  e assim eramos considerados eu e os meus colegas para identificar-nos ante os paisanos e os fugidos, pois o nome de guerrilheiro é polissémico, pois há quem nos queira chamar "atracadores", "ateos" "fugidos" ,"salteadores", todos nomes despreciativos feitos pola propaganda para minusvalorar a nossa ação. No entanto eramos uns guerrilheiros forzosos e  “pacíficos”, pois não estavamos preparados, nem tinhamos meios para sermos uma força combatente. Não, nós eramos uma organização logística  para ajudar a supervivencia de homes e mulheres que fugiam para embarcar dende Porto para América ou  passar a parte republicana de Espanha. Salvámos e ajudamos  moitas vidas. Eu adotei  para ser identificado na zona o alcume guerrilheiro  de  o “Quintairos”  como recordo a nossa aldeia  de origem. Entre a guerrilha  conheci a homens solidários, companheiros afastados da familia, mestres fugidos  coma mim, convertidos em líderes guerrilheiros que loitavam pela sua supervivencia, pois o apressamento era o mesmo que a morte rápida. Nós não tinhamos ínfulas de atacar as forças de Franco, se cruzavamos a fronteira era para curar, dar acougo e sobre todo guiar e ajudar a fugir a  persoas perseguidas por serem  republicanas ou nazonalistas. Incluso desertores do ejército de Franco, que de todo havia.   O meu trabalho organizativo era comandar os grupos de  guerrilha nesta cordilheira que ia, mais ou  ou menos, dende  Montalegre a  Castro Laboreiro, ou visto dende a outra banda das serras, digamos que  dende Baltar a Entrimo.....

......Aquí em Pitões tivem o meu acubilho e acougo em todos estes anos. Um fugido que está morto oficialmente que não tem papeis tem de buscar um sitio onde ninguém vai vir a fisgar e guichar. Aquí  figem vida coa minha companheira Maria Do carmo Henriques Freitas, e com ela tenho  um filho que tem o nome de Luis. Eles são a minha vida e quem me  derom moita  felicidade  e ajuda para sair adiante. Luis tem agora dezasete anos, e moi bo moço e  dize-me Miguel que se parece  moito a ti. Aquí tens a tua casa, se alguma vez queres visitâ-los. Eles sabem de ti e são o minha memoria e recordo e sempre estarão esperando-te.

Toma o teu tempo, deixa pasar o que precises  para asimilar todo isto. Se alguma vez quiseres ser parte da minha historia e conhecer a Maria e o Luis pois bom, aliás se todo isto che incomoda ou  che-amola, pido-che desculpas e compreder-te-ia. O meu amor por ti segue vivo no meu coração e vem-se  comigo, agora que está próxima a longa viagem. Sei que vens comigo e, seja o que for, passe o que pasar, es e seras o meu querido filho.

       O mais grande abraço do mundo para ti, querido Manuel.

                               O teu pai.

 

 

miércoles, 19 de noviembre de 2025

FALANTES OCULTOS.

Pois não sei que dizer, pode que sim, tal vez seja verdade, tal vez não. Um otimista encontra sempre uma ração donde seja. Sim vemê-lo e vivi-mô-lo no dia a dia. Assim e tudo  moitos dos falantes-esclarecidos pasamos moitas vezes por falantes-ocultos, pois se queira quer não, ninguém fai a sua vida num só idioma na Galiza  , normalmente.  Que sejamos moitos, assim seja.E assim logo, saiamos a luz,  de jeito que nos vejamos  uns  òs outros e não sejamos já os ocultos falantes, e nos convirta-mos em   os falantes- faladores. Ainda a  risco de que nos chamem falantes-falabartos,  ou falantes-aborrecidos co galego, não nos importaria.   Desejos.

 

domingo, 9 de noviembre de 2025

Portugaliza 112. Bieito Romero, Luar na lubre.

 

[ Unha vez máis volvín de visita a Portugal e de novo quedei abraiado coas similitudes existentes coa nosa Galicia. Con razón o imperio romano delimitou ate o Douro ou quizais un pouco máis a fronteira sur da antiga Gallaecia, e se o fixeron así por algo sería. Estiven de novo por Valença do Minho, Viana do Castelo, Porto e desta volta achegueime ate a histórica Barcelos nun día de feira.
Calquera destas poboacións son exemplo claro de que os parecidos son moito maiores que as diferenzas. Quizais entre as que nomeei, Porto como gran cidade teña algunhas características máis diferenciadas que as outras pero depende por que parte da cidade se transite.
Xa se sabe que determinadas fronteiras están trazadas por cuestións políticas puntuais que ás veces raian claramente co inconcibible pero que trocan con claridade o trazo da historia e este é un deses exemplos. O parecido nas paisaxes é tan grande que semella unha prolongación na que non hai diferenza algunha. O clima é tamén factor clave no que o océano Atlántico define esa similitude.
A pedra granítica é a predominante e condiciona tanto a paisaxe como a propia arquitectura construída de tal xeito que calquera das partes antigas dun lado e do outro da fronteira son indistinguibles.
O carácter das xentes lembra o mesmo xeito de facer as cousas, de comportamentos similares e de vivir a vida dunha maneira que aínda se pode percibir na Galicia máis auténtica.
Tamén a gran relixiosidade mesturada con ritos ancestrais de orixe pagá amosados de forma ininterrompida. E como di o cantor Fausto Bordalo: «E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal», frase á que non lle falta razón.
Mais a miña percepción, despois de diferentes visitas en distintos tempos, é a de ver un país que avanza, que mellora, que sinte orgullo de seu, e que non lle dá as costas ás súas tradicións e costumes proxectándoas ao mundo.]
* Xaneiro 2024.
[ Sen querer meterme en polémicas ou en fonduras de carácter pasional, eu estou de acordo na irmandade galaico portuguesa con todo o significado histórico que ten e o que supón.
Particularmente cada vez que vou a Portugal, síntome como se estivese na casa por moitos motivos que para min son obvios. O idioma é un deles e mesmo pasar varios días alí, sérveme para perfeccionar o meu propio galego.
A paisaxe e a cultura son semellantes en moitos aspectos, a gastronomía é marabillosa, variada, abundante e aquí xa temos outro grande parecido con nós.
O comportamento social e o carácter hospitalario dos portugueses é semellante ao noso, así como tamén as súas músicas tan directamente conexionadas coas nosas tanto en ritmos coma en instrumentos.
Así pois, resulta difícil trazar fronteiras, en realidade, tampouco estou seguro de que as haxa.
Sentímonos queridos falando o mesmo idioma, compartindo momentos marabillosos intensos e entrañables con músicas e xantares nesta terra irmán da que eu xa teño saudades e gañas de volver o antes posible.]