Chegou o fundo da estrada, olhou o ceu grisalho, as nuvens a oscilar e banarse o ritmo do vento que fungava no planalto do Larouco.
O val de Baltar cheira a erva molhada a forragem e hortaliça. A terra bota um fuminho mol o tempo que parece espernear no despertar do sonho da noite. Um cão passa-se por diante a procura dum bocado dum algo para arranxar mais um dia. As varandas da casa do cura pingan com lentidão sobre a calçada, ao longe ouve-se o eco dos berros dum camponês, os asubios e o barulho dos pastores a juntar o fato de cabras e ovelhas, as bandadas de pardais fugem e chiam rachando o ar.
Está canso, á sua frente uma pedra grande e cinzenta olha-o e faz-lhe um convite para sentar-se. Aceita. Está fria. Sinte o cheiro do pinheiral e o fungar daqueles pinheiros altos que em verde e ouro se agitam. Voam pombos no beiral. Ao fundo os pardais gritam e fugem em bebedeiras de azul.
Lá o fundo na beira do Larouco pela Castinheira acima revelam-se os cores dos torgaes e das carqueijas. É outono .
Rompe um día mais.
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