Faz dez anos,
escrevia eu coisas assim, que achei por un acaso hoje refolhando ou mais bem clicando em arquivos. Bulia a cabeçinha por fazer ou escrever cousas. Só podo dizer que o meu galego-português, na altura andava recebendo aulas, era melhor que hoje e que a inquietude que daquela tinha, madurou e calhou neste blogue. Que faz dez anos a importância dos blogues na rede era mais importante do que é agora, e eu sou um bom testemunho disso. Ainda que o nome do blogue que se albiscava, parece que não concorda com este, pois , mais tarde como alustro de día de tormenta apareceu "À rompida do día". Contento co nome do blogue e o seu conteudo, sempre moi melhorável, até de agora foi pra mim uma maneira de tentar fala, contar ou exprimir o que passa ou do que gosto. En resumo tentar partilhar inquedanças e fazer que o meu tempo seja, um bocadinho , um tempo contado.
Como projecto dum blog, achei hoje, antes de levantarme da cama
quando ja acordara e o sonho era sobrante. É e quando melhor tambem tenho
algunas ideias, e abofé que naquele momento até semelham fáceis de fazer.
Pois bom, as boas ideias, sempre parecem fáceis de fazer
quando estamos na cama, ainda cos miolos
brandos e descansados. O zume
das ideias, pula por sair e movimentar a besta para que esta començe a jornada
com ideias para fazer, com coisas que podam cambiar o mundo. Eis assim é a vida feita esperança.Bendito seja que o pensamento descorra por estes mundos assim. Que tristura não seria, acordar e dizer : que é o que eu posso fazer hoje, não
sou capaz de fazer nada, estou numa solidão mental e numa depressão fonda. Quanto melhor é sentirmos pular a sangue mentras
poidamos; termos sonhos, e esperança de que algo novo estara a chegar. Tudo ajuda e faz-nos viver.
Loubado seja deus e os seus anjos e toda a corte celestial se podem botar uma mãocinha.
Um dia destes de manhã,
ontem para sermos exactos, achei que porque não tratar de eu têr o meu blog. Depois de ser diario leitor de
varios porque não labrar a propia leira. O Terreiro está ermo, há que decruar uma
terra dura, as eixadas estão preparadas. Embora, pensei eu para mim que não vai ser um caminho fácil,
caro amigo. As eixadas querem braços a
bater no chão para romper os terrões e esmiola-los para fazer terra peneirada e
solta que como mãe nutricia reciva e
agarime as sementes que hão de dar fruto para a primavera ou talvez o verão.
Um blog acho que pode ser como uma seara para a trabalhar. como o labrego que trabalha no dia a dia. Assim devería ser , sem duvida. Será mais doado andar coa constancia do pedreiro a colocar a pedra pequena na parede. Este trabalho de
artesano é sempre o trabalho que fica no tempo. Bem aplicado está aquó o dito de que auga mole em
pedra dura tanto da até que fura. Eis a solução e a questão de tantas e tantas
coisas.
E asim dialogavam os meus "eus".
O meu primeiro eu:
- E então como chamarias o tal bloque?
-E como quiseres que fora?, quem quiseres que te acompanhara, ou
que tu intentaras que te acompanhara cos
seus comentarios ?.
- Vai ser de adoração o propietario ou mais bem vai ser para
solaz de tudo o pessoal que por cá quiser passar ?
O meu segundo eu:
- Pois vou dizer-te que ,
-Primeiro tenho lido muitos e bons blogs e alguns não permetem
comentarios. Outros permetem mas não tenhem comentadores. Outros são muito
intimistas .Hai-nos também de temas muito especificos.
-A min gostariame fosse aberto, como um abano de posibilidades
para que o pessoal pudesse participar. Estaria escrito en galego-português,
ainda que também animaria e possibilitaria o galego normativo, e também o
castelhano, e o português padrão . Melhor dito, seria uma mistura ou melhor uma caldeira idiomática, ora essa.
O meu primeiro eu :
-Muito interessante a ideia, embora, não achas que ainda que tu não queiras o persoal vai vir quer queiras quer não?. Andam á solta pela rede paxarinhos que na sua procura de acubilho podem fazer, dando uma olhada, um descanso no teu blog. Podem ser pombas masinhas a olhar ou bandadas de pardais que andam a procura de regueifa e ficam moi ledos o encontrar andurinhas a quem se pode dar tralha e malhar em brando. Esta especie existe na rede, mas esta especie tampouco é para desprezar, pois, por vezes animam e estimulam um
blogue. Além deste persoaal, isso sim nesse blogue, tambem é importante o partilharem pessoas que aportem ideias e fundamentos. Embora só
viver dos regueifeiros é muito perigoso, pois o mais provável que aconteça e que o blogue se converta numa esterqueira
barata dum galinheiro. Assim se compreende o porqué de muitos blogueiros não
deixarem fazer caixas de comentarios.
O meu segundo eu:
-Sim, mas acho que não me preocupa, preferiría ter muita regueifa e visitantes que ser a sacristía da capela. Para isso a temática seria aberta a tudo, social, espiritual, lingua,
política, dizeres, e dicas que xurdam
cada día. Tudo sería possivel. O aspirinaB seria um modelo a seguir.
-O blog chamariase dende o alto do larouco.
-O título terá que vêr com que nele participariam galegos, e
portugueses a ser possivel.O dende darialhe o toque galego idiomáticamente.
-O título explicariase numa entradinha do blog e seria mais ou menos assim.
Dende o alto do Larouco vê-se o mundo inteiro. Tu vês e o mundo
não te vê. Se olhas para o norde estaras a ver Baltar e o seu concelho, até
Cobas, penalonga, os penedos da rainha loba, a aldeia perdida da Roussia, o
limia indo manso pelo Vale de Baltar até Garabelos. Para o oeste olhase
Montalegre,Portugal, a barragem de pitoes, os montes do Barroso, vilar de
perdizes. O sur onde nasce e quenta o sol, o val de Verin, e os pobos da beira
do larouco, São Millão, Videferre, Soutelinho da raia, Cambedo; olhando para o
leste, os montes de Serra de Meda, e ainda mais lá Manzaneda e a Limia.
Olhase todo o mundo.
E por isto que a xuntanza
niste blog gosto que seja um convivio. Dende este
alto que tem o mundo por debaixo, viemos para
falar, ascendemos até aquí para contarmos o que queiramos animado pelo silenço e a força que em nos deixa o deus Larouco. O
Larouco e galego e português, foi celta, suevo, romano, só galego. Ele viu pasar a historia mas ficou sempre nobre, ergueito e nutricio de auga e lenha e pasto para quem quiser. Ele fica aquí dende sempre e não mudou ndda. Ele é a
testemunha de todos nós. Por isso
dende aquí, ascendermos e com boa caminhata para chegarmos a fazer deste lugar uma cimeira de união, uma palestra para falarmos e
misturar as nossas linguas comuns.
Para chegareso o alto do
Larouco, não é doado. Não queremos que suba de carro, podes ascender de
caminhada, pelos caminhos de terra que tambem podem ser transitados na
bicicleta. Que quer isto dizer. Para amar a montanha há que ascender abraçado a
ela, Vè-la e o tempo tocá-la, ir devagarinho,
de paseninho, parar alguma vez e olhar para o fundo, cada vez o vale olhase
duma forma diferente, o rio fica mais pequeno, as ribeiras estão cheas de
vidos, amieiros e xestais, mais verdes que o resto da montanha, o ceu ja parece
tocar o alto do Larouco a onde ei de chegar.
No alto , na veiga, há uma grande planura, um humedal, pelo que
há vacas dum e do outro lado, alí é bom juntar-se os homens, para falar , so
para escoitar,e o que quadrar nesta cerimonia da vida.
Tudo parece uma metáfora da construção dum projecto blogueiro.
A foto corresponde o Vértice geodésico do lugar mais alto do Larouco.
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