jueves, 31 de octubre de 2019

Notas soltas. Os blogs já não contam.

  

Eu já escrevi sobre isto, ainda que na minha reflexão  misturava  mais  sentimentos. 

    Os blogs tiveram numa altura grande presença como força de comunicação  e foram aproveitados também pela propaganda política que não perde ocasião para estar lá ou cá onde puder encontrar uma fenda para estar e fazer-se ver.  Hoje a coisa anda mais  pela frase curta e a mensagem fresquinha da manha que já se fai caduca de noite.  Tudo anda muito depressa.

    Para quem não tem  mais pretensões, com um blog,  de  falar  mais aló da  janela da casa para  que se por um acaso anda alguém na  rua, não é problema que o sentir geral não se sinta seduzido pelos blogs. Eu berro ou canto para fora ainda que não haja ningúem, embora sabendo que sempre alguém há. De maneira mais  clarinha e curta, o maestro Rentes de Carvalho reflexiona numa nótula no seu "Tempo contado" sobre a relevancia ou não dos blogs. Faço minhas as suas palavras, e resalto que um blog é , além de outras particularidades, uma benção e saúde para o proprio blogueiro.

      O objectivo não é convencer a ningúem, coisa por outro lado imposível normalmente. Tal vez seja o objectivo falar, divertir-se, ir o ginásio do espíritu,  dizer coisas, guardar outras que aparecem, escutar, dar ouvidos o que anda por ahí. Em resumo comunicar por si há alguém alguma vez doutro lado e sentir num instante  a constância  e a persistência do pedreiro e o prazer do lavrador na sementeira. 

  Imagen

  (fornecedores)

Do tempo contado. 

 

sexta-feira, outubro 25


Nótulas (17)


Li que os blogs já não contam, são uma velharia inútil, e mesmo que haja por aí à volta ou mais de quinhentos milhões nada justifica que de maneira activa ou passiva se perca tempo com eles. Assim será, cada um sabe de si e Deus sabe de todos, mas no que me toca este blog tem sido uma bênção, pois me tira da rua, e da mesma maneira que alguns vão para o ginásio treinar o corpo fico eu por aqui na doce ilusão de que treino o cérebro, apuro a prosa, ainda por cima com o benefício de que há gente que por acaso ou razões suas entra por esta porta e se dá ao trabalho de espreitar.

Saibam esses que do coração lho agradeço, e que quando me sinto em baixo venho dar-me a ilusão de com eles converso. Certo é que alguns sintomas nada auguram de bom, e creio que já noutra altura escrevi algo parecido com isto, mas também é verdade que enquanto o pau vai e vem folgam as costas.

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PS. Felizmente nunca bebi em excesso, mas ultimamente tenho andado a ler sobre a síndrome de Korsakov e pergunto-me se a curiosidade pode levar ao contágio.

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