miércoles, 7 de abril de 2021

Notas Soltas. Semana Santa a posteriori.

 

      Hoje chove, é Venres Santo. Cando chegam estas datas, ainda que podemos pasar por repetitivos, voltamos a reflexão cíclica de como eramos e como somos, que coisas fazíamos antes e que cousas fazemos agora. O falar de como eramos, sempre recordo, metelhendo retranca, o Alcalde do pequeno municipio rural dos Blancos, (  Alcalde mais tarde condeado por corrupção) . Este homen lá na  primeira era Baltariana , gastava uns bons dinheiros municipais para trazer artistas importantes para  cantarem na praza para todo o público do povo e bisbarras. Este "líder" numa das ocasiões trouxe a Manolo Escobar en antes da actuação  o ver a grande massa de gente congregada  subiu o palco, tomou o microfone e dirixiuse os seus vecinhos  com esta mensagem:  "  povo dos Blancos o que nós eramos e o que hoje somos". Sempre gardei na minha retina aquel momento esperpéntico , brincalhão cheo  de populismo  burricalho.

      Mas não era de quem eu me queria  recordar agora, de aquel Alcalde ou presidente da Câmara municipal dos Blancos. Para ele os melhores desejos. Eu quería recordame do que nós eramos e o que hoje somos. Aquel nacional-catoliscismo real e vivente facianos viver uma fé, sincera para algúns nos que  me conto, além de uma atmósfera de relixiosidade, silenzo, austeridade para vivirmos a morte,  narrada nos evanxeos,  de Cristo. Hojé, o que somos, nada tem que ver com todo aquilo. Quanto melhor por ventura. 

      As novas gerações não imaxinam aquel grande teatro do adoctrinamento, os que tanto vivimos aquilo, temos pra contar. 

      Não tenham medo, nem tenham medo o medo, e desconfiem dos que lhes queiram falar do temor de Deus como  cerne ou alicerce da sua fé. Sejam livres, desfrutem da carne e o pecado, sempre respeitando a liberdade e a vida dos outros, o bem comúm e a segurança pública. E desfrutem da Semana Santa,  ainda que terá que ser já para o  dois mil vintedous. Já será sem Covid e voltaram a estar cheas as estradas, o turismo de Adegas, os restaurantes e os lugares de lecer. E se gostam das procesões, noraboa, desfrutem também, mas não intentem que todos tenhamos que caminhar o son do tambor. Seja como for,  Cristo estará contente de ver os seus salvados, felizes, melhor que turrando eles dum pau de cruceiro fingindo a dor  alhea.

 

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