O porque desta procura que me levou até alí foi um pouco obrigado pelo desconhecimento de quanto podía valer o prezado material. Também a vergonha de perguntar antes e dar explicações por andar eu brincando com coisas tão serias como esta. Além disso também não gostava de dar contas os fiscais do balcão da loja que veriam em mim um inexperto aprendiz ou um friki no mundo da lavoura e a agricultura. Nem tampouco queria passar o juizo dos fregueses compradores, camponeses da contorna que ja tão cedo enchiam a zona do balcão da loja onde ficava o nosso juri de empregados e chefes dispostos a impartir sabidurìa sobre todo tipo de trebelhos de ferramentas e vender tudo o que for possível.
Seja o que for, houvesse quem houver eu tinha que render contas a alguém se de verdade queria tentar convencer-me se era ou não do meu interesse comprar a gadanha, pois é instrumento para a agricultura ja pasado de moda e que leva consigo o mito de que só um bom gadanheiro é capaz de saber dar-lhe jeito técnico e bom uso. Além disso o esforço físico da gadanha não é para todos e hoje em dia bem se sabe que não concebermos fazer nada na lavoura que não seja mecanizado. Ainda bem se escuta entre os camponêses a frase de que "trabalhe o gasóleo".
Seja o que for, houvesse quem houver eu tinha que render contas a alguém se de verdade queria tentar convencer-me se era ou não do meu interesse comprar a gadanha, pois é instrumento para a agricultura ja pasado de moda e que leva consigo o mito de que só um bom gadanheiro é capaz de saber dar-lhe jeito técnico e bom uso. Além disso o esforço físico da gadanha não é para todos e hoje em dia bem se sabe que não concebermos fazer nada na lavoura que não seja mecanizado. Ainda bem se escuta entre os camponêses a frase de que "trabalhe o gasóleo".
Quando vi a gadanha esta não tinha preço colado e tive que pasar pela consulta dos funcionarios do balcão. Tocou-me o velho, o suposto chefe idoso, que estava a ajudar e a vigiar o seu negocio familiar que ele seguramente levantou depois de uns começos muitos difíceis etc etc.
- Desculpe, que preço tem esta gadanha. Pois não tem o preço colado e , de forma tímida dise-lhe, gostaria de ter uma referencia.
O homem olhou-me, com retranca e de maneira entre desconfiante e incrédulo, sendo consciente de achar que perdia o seu prezado tempinho dum dia que prometia cheinho de vendas e dinheiro . Então tirou do seu caderno plastificado, velho e sujo de andar envolto naquele palacio industrial, reflolhou-o e disse-me com tona severa, e engadiu
-Vamos lá ver.
-Vamos lá ver.
- A gadanha, só o fío vale cincuenta euros. O braço que engarza na mesma vale trinta euros. Também há que engadir que os utéis para crabunha e afiar, martelo, ferro etc. são trinta euros. Ou seja estamos a falar de cem euros e olhava-me dizendo-me, para que quererás tu uma gadanha. E no seu pensamento pareceume lêr, se não vis-te nenhuma , bem seguro.
Então respondi
- Assim é para mim muito cara. E disculpei-me dizendo que realmente para o que eu a preciso tem um preço muito alto.
Ele respondeu com muita sorna
Isso ja o sabia eu , isso já o sabia eu. Depois em tona amigável continuo a dizer que compreendia a minha actitude pois aquilo era muito caro e por isso ha faz tempo que não se vendiam muitas, mas bem vendiam-se poucas.
A mulher, mais joven e que atendia a tudo o que fazia o idoso, também falou, e para solidarzar-se comigo, diz que ainda eran mais caros os aparelhos de crunhar que a gadanha mesma, magoando-se de tal situação. E os camponeses que seguían com as suas perguntas , consultas e compras e o mesmo tempo olhavam curiosos para a situação , perguntavam-se porque ou para que um tipo como eu , com aparência de gente de cidade, andava a interesar-me em comprar uma gadanha. Eles ficaram com a duvida e seguirão assim porque não lêem, provavelmente, este blog onde no seu momento explicarei outro día porque eu quero comprar uma gadanha.
Agradeci o trato e despedi-me da loja de ferramentas, e ja pelo caminho reflectí que para um aprendiz de hortelão estas lojas de ferramentas clásicas são como a faculdade universitaria da lavoura. O pessoal aprende, conhece, da e amplia conhecementos sobre coisas e materiais que um nem imagina.
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