lunes, 17 de octubre de 2022

Notas soltas. 16.10.2022

Assubios, "abucheos", "boos", vaias, apupos, zombarias. Boa ou má educacão?. Depende, se o presidente é amigo ou não.

      Em Castelhano utilizamos  a palavra "abucheo" últimamente de forma moi habitual, está na moda. Por tal queremos expressar a  manifestação  contra alguém em concreto, para reivindicarmos direitos, expressar contrariedades contra autoridades ou responsaveis, para pormos de manifesto que se está contra uma ação que contraria a um grupo de gente etc. Realmente é um comodim pra muitas mais cousas em geral. Tem que ser feito em grupo, que por vezes atua como  manada,  pois individualmente não teria o efeito buscado. Já para mais precissão o mesmo "abucheo" se é feito diante da casa particular duma pessoa, normalmente político ou cidadão  relevante, ou interferindo na rua a sua vida privada então o castelhano pediu prestada o francès a palavra,  já internacional,   "escrache". O escrache derivada do francês escracher, ou em galego escachar e em castelhano escrachar, significa en todos os casos romper, rachar, fazer cachos.... A utilização, ou invenção-popularidade,  da palavra "escrache" tem origem  nos países hispanoamericanos (especialmente Argentina) pra definirem a chamada "protesta de acción direta" lá pelos anos 1995.  Na procura de palavras populares que,   no âmbito da liberade de expressão,  servam como expressão de descontento ou reproboação sobre pessoas, instituções, coletivos etc., o  galego  (tanto na Galiza, como em Portugal e no Brasil) usa palavras como assubios , a vaia (especialmente no Brasil), os apupos, a chacota, o motejo,  a zombaria, o aturujo. O inglês usa  "boo, para  dizer o mesmo. 

      Sejam como forem este tipo de berros e sons varios  normalmente vão misturados  com palavrões, insultos  e frases curtas reivindicativas. Estas lindas frases e palavras estão sempre ataviadas pelo    halo do anonimato e coa certeza  de que quantos mais forem os berrões e mais forte seja o ruido,  maior será o sucesso  da reivindicação. Este tipo de ações, como manifestações humanas existem dende  o home de atapuerca provavelmente, e foi e é uma  maneira de chamar a atenção; reivindicar-se ante o resto dos seus congéneres para fazerem visivéis o seu caso e os seus problemas. O mesmo tempo  pode ser um grito de ajuda ou auxilio.  Assím ocorre também  que reivindicações obreiras ou de tipo social, vecinhal ou gremial já vão preparadas com instrumentos  como bombos, bucinhas, gaitas, latas metálicas etc. que junto os seus gritos e consignas academ o objetivo de serem ouvidos pela cidadania e , pos suposto, pelos  responsáveis políticos.  Este tipo de actuações estão reguladas, como direitos fundamentais constitucionais, permitidas como expressões da liberdade de expressão e o direito de manifestação. 

      É uma conduta humana natural, e socialmente ademitida?, pois depende. 

      Se você vai fazer uma destas mixórdias, por ponher por caso, a uma residencia de velhinhos porque não tem simpatia por idosos, pois é uma conduta moi reprovável. Igualmente se uns pais fazem diante da escola dos filhos uma vaia, uma zombaria, um abucheo, para protestarem contra a direção da escola, o facto e muito mais que reprovável. Em resume  é uma apreciação cultural do momento no que se vive. A sociedade através de moitas variaveis vai trazando umas maneiras de comportamento que vão evoluindo e colisionando na suaa evolução e formação. 

      Pois bem, eu ainda não evolui o suficiente nas minhas maneiras para admitir que num acto institucional como o do 12 de outubro, Festa Nacional de Espanha, se poda dar uma famfarria de berros, asubios, zamboria, vaias, abucheos contra o Presidente do Goberno, ante o Rei, as principais autoridades e as solemnidades militares, num ato que de principio a fim está feito numa  liturgia para  representa, além de outras crenças e opiniões, uma exaltação da representação nacional ou se se quiser plurinacional de Espanha. Esto já se tem feito noutras ocasiões, na época mais recente da democracia,  e sempre com presidentes socialistas.  O presidente  Zapatero chegarom a asubiar-lhe e berrar-lhe no momento de  ele depositar uma coroa no simbólico  monólito de homenagem os mortos nacionais. 

      É de má educação. Moi grosseira conduta é  esta de gentes que , por acima de tudo,  acham darem mais valor o seu ato de raiva e odio contra o que consideram o inimigo político que o respeito a uns atos que representan  uns valores que eles dim orgulharse de defender. E tal o sectarismo e o odio que não podem refrenar os seus instintos ante a ocasião gloriosa  de verem o seu inimigo político humilhado e "abucheado" antes  câmaras de televisão. O engraçado do tema é que, para mais inri, numca ouvi líder político,  nem partido que condenasse a tal conduta, nem críticas em alguns medios de comunicação. Não, não vi numca uma mau conciliadora que tentasse fazer pedagogia, ou repartir um pouco de educação entre esses seus adeptos tão finos e bem presentados por fora. Mas bem o contrario, políticos e sesudos articulistas de fama , comprendem como lógica a atitude  porque o assubiado é um político irritante, frívolo, traidor, desleal e que não merece o respeito que se lhe deve pelo cargo que ostenta. Quanta hipocresia. A ninguém lhe gostaria que neste tipo de atos se lhe asubiasse o Rei, a Bandeira, os militares que desfilam etc. Pois bem sabem, ou debiam saber eles, que o Presidente do Goberno é uma institução representativa de todos os espanahois e é formalmente o que tem o poder ejecutivo que axerce  en nome de todos e para todos.

      O paradoxo é que moitas dessas  pessoas que acostumam irem a presenciar os actos civis e militares do evento, orgulham-se de defender a bandeira, valores de unidades nacional e orgulho patrio e co feito de berrar-lhe o contrario político o que realmente fazem e dar a imagem de que esos valores, e esos actos  são só pra sua corrente política, neste caso a direita política. Eles mesmos coa sua conduta visibilizam a intolerancia e a falta de empatia  para partilhar cos cidadans contrarios uns princípios básicos. Ou não será que isso é o que pretendem realmente?. Tal vez o franquismo sociológico siga imperante  numa parte do  subconscinte nacional e pensam  que só é deles ou são eles os detentadores de    Espanha, as Forças Armadas, a Bandeira, as Institucions. ?  Ainda será que há duas Espanhas e  só um dos bandos são os  bons espanhois?. Ojalha que o futuro não vaia por ises recantos.

       

No hay comentarios:

Publicar un comentario

Comentarios: