lunes, 24 de octubre de 2022

Notas soltas. 24.10.2022

       Tempus fugit. A vida é um bucle. Tudo se repete. Eu escrevia neste blog o texto que vem  de seguido. Era disto o  ano 2017,  já faz cinco anos. Hoje tal vez escreveria o mesmo, até creo que não melhor na escrita, tal vez os mesmos erros o  mesmo estilo. Chove igual que faz cinco anos, brua o vento, tudo igual. Por uma banda parece  todo aquietar-se,  nada parece mudar.  Embora não é verdade. O mundo pula e avança. Os outonos serão sempre iguais mas esto não quer dizer que a pessoa sinta igual a chuva, o vento e a vida. Hoje, não é o mesmo outono que faz cinco anos, pois hoje chove e brua o vento mas eu estou  acompanhado de  tres  netos, tres milagres da natureza de  tres, um e meio ano, parecem persoeiros chegados a ocupar um posto importante nesta gira de relevo vital.  Neles descubro  cada dia no seu percurso vital, o seu brio, a sua energía, a sua força e vigor.  Em cinco anos algumas visões do mundo  amadurecem , um reformado, como no meu caso,  olha diferente, um adolescente distinto dum miudo. Vejo o meu  lado outros  coa responsabilidade  e o relevo do que acontece. Eu já figem o que figem, agora corresponde  ajudar e compreender.  Os egos abrandam, só  importa sonhar uma longa  felicidade  pra estes pequenos deuses nos que se alvisca e avista uma continuidade do que é e do que foi.   A vida é um dom maravilhoso, um tesouro a coidar  e a desfrutrar sempre,  seja qual for o momento. A felicidade está mais dentro de nós do que nos puder vir de  fora.

      A madurez  iremediável que chega a força cos anos, quita cousas  mas também da uma visão mais tranquila e sereia. Uma época esta não menos  interessante como qualquer outra. A vida é movimento e mudança constante,  numca se para. Já dizem que de tal cousa falou Heráclito o dizer que  "panta rei", todo esta a fluir e a mudar, e assim parece ensinar-nos a natureza.

         O tempo é inverno. Inverno de chuva, misturado co frío. O ceu escoa  chuveiros, corisco,trevoãdas, e um vento  revoltado e zangado,  por vezes,  funga coa força do furacão.  É tempo  de oscuro, de  casa  na  fogueira  da lareira, de partilhar a conversa ou  reflectir   nesta lentidão de vida.     

          A chuva fugira  daquí ,  chegou depois de tempo de espera e  fez-se dona de searas, regatos, ribeiros, rios. A natureza ficava resseca, agora  a  floresta pinga toda cheia de humidade. O ceu anda todo revoltado, e  a vida ainda que parece chocada por à incomodidade agradeçe este tempinho que tinha de chegarmos para que a  natureza siga a ser a nossa . Para que  inze  dentro dela  a vida  coa agua do ceu  e que na explosão da  primavera  esta agua seja alimento nutricio o mato,  os arbores e os primeiros frutos da horta. 
        É tempo de inverno e chuva molhada e gelada  a bater-nos nos rostos já afeitos os frios das geadas que antes nos visitaram. 
      Este inverno, como os outros invernos, há de passar e  pronto o nosso tempo contado falará de mansidão do romper do día, dos primeiros calores e  do chiar ,  nos ninos,  dos primeiros paxaros nascidos na primavera. A vida vai e vem, muda de cor e volta o que era, mas sempre está ahí. Tudo está en movimento porque somos da natureza que está  sempre  a nascer, a crescer, a morrer e de novo a brotar.

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