lunes, 10 de octubre de 2022

Notas soltas. 10.10.2022

       A respeito da exibição duma performance vulgar e machista,  feita em aras da tradição, numa residencia estudantil universitaria , também chamado colégio maior, de Madrid  venho a  manifestar que:  

     Não vou a fazer menção do aspecto machista, maleducado, indecoroso, de malcriados, da dita exibição. A questão é fazer  um  comentario a outros    comentários,   de  gentes varias,    que falarom  de que  estos jovens, tendo em conta  a sua idade e o seu extrato social, serão as élites dirigentes do nosso futuro. E, esta gente ou opinadores de todo tipo,   sintem-se preocupados não pelo machismo cultural latente exibido por vinteaneiros, senão mas bem que ditas palavras não são as proprias de filhos de familias de "bem", gentes bem educadas que estão chamadas ou predestinados a serem a élite, em geral, do Estado. Doi-lhes, especialmente,  e mais que nada, a falta de estilo , de clase, de fineza a quem se lhe concede , presuntamente,  por tê-la de nação ou de cuna. Uma cousa é facê-lo em privado no te ambente e outra destapar-te assim o ar diante de todo o mundo.

      Sentim-me pacóvio , cativo e um  pouco refém  de alguém que só  são, ainda, por estarem em período de preparação académica,  umas larvas em processo ou  umas  sementes a crecer num viveiro . No obstante, pelos vistos e dacordo a vontade divina,   vão serem estes , quer se queira quer não,  os meus xefes, ou "influencers" sociais,  em cousa duns aninhos.  Ainda pior me sentim quando ouviu  enfatizar a algumas  das meninas do colegio femenino, as cuais  iam dirigidas toda a esterqueira verbal citada,  que eles/as  vão ser os futuros dirixentes do país e então e normal que a gente este preocupada por a sua formação, embora, não devem preocupar-se porque as parvalhadas ditas : " nifómanas, putas, salid de vuestras cuevas, vais todas a follar en la capea....", estão interpretadas fora de contexto e mal interpretadas. Ouvindo esto sinto-me  ainda masi simplório, idiota e parvo. A "sensu contrario", como diria o jurista de turno,  digamos que se isto mesmo fossem os berros duns "menas", ou dum colexio dum bairro obreiro, então sim que deveriamos preocupar-nos e incrementar as medidas de segurança para as nossas filhas e netas pois tais berros seriam um reclamo e uma chamada a violação e o abuso sexual.

      Tal vez esteja errado, tal vez siga a ser um iluso sonhador, aliás, seja como for,  rechama-me que alguém con vinte e dous anos,  "per se",  se considere sem mais presunto futuro dirixente e da futura  élite dum pais. Tudo isso  só por terem boas  alforxas e virem  da boa familia da que procedem. Estarei errado,mas ainda creio, ou quero crer,  no mérito, na capacidade, na democracia. Quem ainda não sabe distinguir com clareza, ou melhor confunde  entre o que é  indecoroso e delictivo duma chacota, dum escárnio, duma sátira e duma brincadeira entre jovens e o mesmo tempo arrogam-se  sem mais o título de serem a  futura  élite académica, intetual e de direção social, deixam-me moi preocupado co futuro e  a gobernanação do país no que vivo.  

      O grande cambio e o progreso deste país foi  entre outras causas  por causa de que as circunstâncias sociais permitirom que novas camadas sociais de estrato proletario, campensinho e clase baixa chegassem as universidades, tivessem as  oportunidades de ocuparem postos dirixentes  sociais, políticos, militares, judiciais, económicos, antes só constrangidos a pequenos estratos da população de clase  meia, fidalguia, e clase nobre. 

       É certo que para quem se inicia na universidae e adica uns quantos anos o estudo  tem a possibilidade,  mais clara,  de ser  élite dirixente. Embora o mundo de hoje vai moi depressa e as oportunidades podem aparecer de moitas maneiras na vida; não sabemos qual será o futuro da universidade como única forma de preparação académica das  élites.  Além de tudo isso para chegar a ser notório em qualquer faceta social, política ou económica não chega com estar alí, fazer moitos bons amigos influentes e de boas familias, e necessario uma base de humildade,  picar pedra duro na preparação inteletual, ter as capacidades suficientes e a voluntade precissa pra andar um caminho. Tal vez seja um iluso. Tal vez porque  estou neste século, de estarmos nas condições sociais e económicos do século XIX, um geração de origem caudaloso ou opulento garantizava seguro  a seguente o seu benestar. O  mundo mudou moito.

      A democracia a respeito da igualdade de oportunidades, do mérito e a capacidae, e a que pode garantir que os melhores , sejam da clase social que sejam, podam comandar os postos importantes da colectividade. Sera um desideratum utópico, pois que seja,  que os  melhores médicos, os melhores juices, os melhores economistas, os melhores militares , os melhores professores etc. sejam arrancados entre os mais qualificados. Para cousas como estas é real e útil  a democracia. Não só pra votar, que também.

      A tendência conservadora de qualquer grupo social que está rico, cómodo e establecido num sistema vai ter o obxectivo  de que as condições nas que vive sejam as mesmas  para os seus descendentes. Tal vez sem querer  os pais destes mancebos  lhe transmitam o auténtico pensamento de clase social elitista, de que pelo facto de serem os seus filhos ja tenhem asegurados os melhores postos e em todo caso partem ja duma posição adiantada como respeito a  moitos outros. A verdade é que a realidade conncorda com ese pensamento. O liberalismo económico e social será ou é  o armazém ideológico pra fazer reais istes fins. Pela contra,  a democracia dum estado social e democrático de direito , a redistribução da riqueza,  a promoção das condições favoraveis o progreso social e económico e para uma distribução da renta mais equitativa, são ideas para termos uma sociedade mais igualitaria e confiante no mérito e na capacidade. 

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